Hemifacial spasm is a neurovascular compression syndrome. These consist in a contacting vessel (most often an artery) to a cranial nerve in cerebelar-pontine angle. The most common is trigeminal neuralgia caused by contact between the superior cerebellar artery and the trigeminal nerve, and less commonly hemifacial spasm, vertiginous syndrome by contact of the antero inferior cerebelar artery with the eighth cranial nerve, glossopharyngeal neuralgia by contact of the postero inferior cerebelar artery and the IX cranial nerve, etc. These syndromes typically occur after the fifth decade of life, when the arterial tortuosity increases due to the arteriosclerosis process. They are however associated anatomical variations of the origin and course of the arteries, which facilitate contact with the nerves of the cerebellar-pontine angle. In hemifacial spasm, the vessel most often related is antero inferior cerebelar and the authors describe a case of a rare anatomical variant in the course of the artery that motivated the development of the disease, which was identified intraoperatively on a surgical approach to the cerebellar-pontine for vascular microdescompression.
O espasmo hemifacial é uma síndrome compressiva neurovascular. Estes consistem no contacto de um vaso (mais frequentemente uma artéria) e um nervo craniano no ângulo ponto-cerebeloso. O mais comum é a nevralgia do trigémio provocada pelo contacto entre a artéria cerebelosa superior e o nervo trigémio, sendo menos comuns o espasmo hemifacial, o síndrome vertiginoso por contacto da artéria cerebelosa ântero-inferior com o VIII par craniano, a nevralgia do glossofaríngeo por contacto da artéria cerebelosa posteroinferior com o IX par craniano, etc. Estas síndromes surgem normalmente a partir da quinta década de vida, altura em que a tortuosidade das artérias aumenta devido ao processo de arterioesclerose. Estão contudo associadas variações anatómicas da origem e percurso das artérias, que facilitam o contacto com os nervos do ângulo ponto-cerebeloso. No espasmo hemifacial, o vaso mais frequentemente relacionado é a artéria cerebelosa ântero-inferior e os autores descrevem um caso de uma variante anatómica rara no percurso da artéria cerebelosa ântero-inferior que motivou o desenvolvimento da patologia, e que foi identificada intra-operatóriamente numa abordagem cirúrgica ao ângulo ponto-cerebeloso para microdescompressão vascular.