Introduction: Cardiac surgeons stress may impair their quality of life and professional practice.
Objective: To assess perceived chronic stress and coping strategies among cardiac surgeons.
Methods: Twenty-two cardiac surgeons answered two self-assessment questionnaires, the Trier Inventory for Chronic Stress and the German SGV for coping strategies.
Results: Participants mean age was 40±14.1 years and 13 were male; eight were senior physicians and 14 were residents. Mean values for the Trier Inventory for Chronic Stress were within the normal range. Unexperienced physicians had significantly higher levels of dissatisfaction at work, lack of social recognition, and isolation (P<0.05). Coping strategies such as play down, distraction from situation, and substitutional satisfaction were also significantly more frequent among unexperienced surgeons. "Negative" stress-coping strategies occur more often in experienced than in younger colleagues (P=0.029). Female surgeons felt more exposed to overwork (P=0.04) and social stress (P=0.03).
Conclusion: Cardiac surgeons show a tendency to high perception of chronic stress phenomena and vulnerability for negative coping strategies.
Introdução: O estresse em cirurgiões cardíacos pode prejudicar sua qualidade de vida e prática profissional.
Objetivo: Avaliar a percepção de estresse crônico e as estratégias de enfrentamento entre os cirurgiões cardíacos.
Métodos: Vinte e dois cirurgiões cardíacos responderam a dois questionários de autoavaliação, o Inventário de Trier sobre estresse crônico (Trier Inventory for Chronic Stress - TICS) e o German SVF sobre estratégias de enfrentamento do estresse.
Resultados: Os participantes tinham idade média de 40±14,1 anos; sendo 13 do sexo masculino. Oito participantes eram médicos seniores e 14 eram residentes. Os valores médios do Inventário de Trier sobre Estresse Crônico estavam dentro da faixa normal. Médicos inexperientes tinham níveis significativamente mais elevados de insatisfação no trabalho, isolamento e falta de reconhecimento social (P<0,05). As estratégias de enfrentamento, como minimização, distração da situação e satisfação substituta, também foram significativamente mais frequentes entre os cirurgiões inexperientes. Estratégias "negativas" de enfrentamento do estresse ocorrem mais frequentemente em cirurgiões experientes do que em colegas mais jovens (P=0,029). As cirurgiãs sentem-se mais expostas ao excesso de trabalho (P=0,04) e estresse social (P=0,03).
Conclusão: Cirurgiões cardíacos mostram tendência para alta percepção de fenômenos de estresse crônico e vulnerabilidade para estratégias de enfrentamento negativas.