Introduction: The outcomes of cardiovascular disease are consistently worse among women, regardless of age or disease severity. Such trend might arise from psychosocial factors, which should be examined in this population. Obective: To evaluate the influence of type-D personality on anxiety and depression symptoms reported by female patients after a first acute coronary syndrome.
Material and methods: As part of a larger study, 34 female patients with a first acute coronary syndrome were compared with 43 controls on psychosocial measures (Hospital Anxiety and Depression Scale; type-D personality, DS - 14).
Results: Hypertension (p < 0.001), diabetes (p < 0.05), dyslipidemia (p < 0.05), type-D personality (p = 0.001) and anxiety (p < 0.001) were more prevalent among patients. Exercise (p < 0.05) and antidepressant use (p < 0.05) were more common among controls. Logistic regression analysis confirmed that higher prevalence of hypertension (p < 0.05), dyslipidemia (p < 0.05), type-D personality (p < 0.05), anxiety (p < 0.05) and less antidepressant use (p < 0.05), were independently associated with acute coronary syndrome. Type-D personality was associated with higher Hospital Anxiety and Depression Scale scores in controls (anxiety: p = 0.001; depression: p < 0.001) but not in patients.
Discussion: High anxiety after an acute coronary syndrome might reflect a short-term adaptive response, albeit worsening the disease long-term prognosis. The lack of differences in some group comparisons (patients versus controls for depression scores; type-D 'positive' versus type-D 'negative' for anxiety and depression scores within patients) is discussed.
Conclusion: Type-D personality, high anxiety, hypertension and dyslipidemia seem to cluster among female acute coronary syndrome patients. Nevertheless, type-D personality itself was not associated with higher anxiety and depressive scores during the post-acute period.
Introdução: As consequências da doença cardiovascular são consistentemente piores em mulheres, independentemente da idade ou gravidade da doença. Esta tendência pode resultar de factores psicossociais que devem ser examinados nesta população. Objectivo: Avaliar a influência da personalidade tipo-D nos sintomas de ansiedade e depressão reportados por mulheres após uma primeira síndrome coronária aguda. Material e Métodos: Como parte de um estudo mais alargado, compararam-se 34 mulheres com uma primeira síndrome coronária aguda com 43 controlos em medidas psicossociais (Hospital Anxiety and Depression Scale; Personalidade tipo-D, escala DS - 14). Resultados: Hipertensão (p < 0,001), diabetes (p < 0,05), dislipidemia (p < 0,05), personalidade tipo-D (p = 0,001) e ansiedade (p < 0,001) foram mais prevalentes nas doentes. A prática de exercício (p < 0,05) e a toma de antidepressivos (p < 0,05) foram mais comuns entre controlos. A análise de regressão logística confirmou que uma maior prevalência de hipertensão (p < 0,05), dislipidemia (p < 0,05), personalidade tipo-D (p < 0,05), ansiedade (p < 0,05) e uma menor utilização de antidepressivos (p < 0,05), estavam independentemente associados à síndrome coronária aguda. A personalidade tipo-D associou-se a maiores pontuações Hospital Anxiety and Depression Scale nos controlos (ansiedade: p = 0,001; depressão: p < 0,001), mas não nas doentes. Discussão: Ansiedade elevada após uma síndroma coronária aguda pode traduzir uma resposta adaptativa a curto-prazo, embora agrave o prognóstico da doença a longo-prazo. A ausência de diferenças em algumas comparações (doentes versus controlos para pontuações de depressão; tipo-D ‘positivos’ versus tipo-D ‘negativos’ para pontuações de ansiedade e depressão entre doentes) é discutida. Conclusão: A personalidade tipo-D, ansiedade, hipertensão e dislipidemia parecem associar-se nas doentes com síndroma coronária aguda. Apesar disso, a personalidade tipo-D não se associou a maiores pontuações de ansiedade e depressão no período pós-agudo.
Keywords: Acute Coronary Syndrome; Adaptation, Psychological; Anxiety Disorders; Depressive Disorder; Female.