Objectives: To analyze the influence of surgical myocardial revascularization on early and late mortality in octogenarians and compare the survival rates with age adjusted general population.
Methods: Between 2007 and 2014, 182 octogenarian patients underwent elective or urgent coronary artery bypass grafting surgery. Logistic regression was performed to evaluate the in-hospital mortality predictors. The comparison of long term survival between our population and age adjusted general population was made using one-sample log-rank test.
Results: The in-hospital mortality was 4,4% and its predictors on univariable analysis were non sinus rhythm (p=0,001), acute coronary syndrome less than 7 days prior to surgery (p=0,021), ejection fraction less than 50% (p=0,04) and the need for conversion to on pump surgery (p=0,04). On multivariate logistic regression non sinus rhythm and acute myocardial infarction less than 7 days before surgery were independent predictors of in-hospital mortality. Follow-up at one-year showed survival rate of 86,2% and at five years 58,4%. There was no significant difference in survival rates between the study group and the age adjusted standard population (p=0,96). The group was divided in two groups: (1) complete revascularization and (2) incomplete revascularization. There was no significant difference in survival (p=0,32 and p=0,19, respectively) compared to the age adjusted standard population.
Conclusions: Coronary artery bypass grafting in octogenarians is safe and has an important impact on long term survival, with five-year survival being similar to the age adjusted standard population.
Objetivos: Analisar o impacto da revascularização miocárdica cirúrgica na mortalidade precoce e tardia em octogená- rios e comparar a sobrevida com a população geral ajustada para a idade. Métodos: Entre 2007 e 2014, 182 octogenários foram submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica eletiva ou urgente. Utilizou-se regressão logística para avaliar os preditores de mortalidade intra-hospitalar. A comparação da sobre- vivência a longo prazo entre a população em estudo e a população ajustada para a idade efetuou-se com o teste one sample log-rank. Resultados: A mortalidade intra-hospitalar foi 4,4% e os seus preditores, na análise univariável, foram ritmo não sinusal (p=0,001), síndrome coronário agudo menos de 7 dias antes da cirurgia (p=0,021), fração de ejeção menos de 50% (p=0,04) e conversão em cirurgia on pump (p=0,04). Na análise multivariada, o ritmo não sinusal e síndrome coronário agudo menos de 7 dias antes da cirurgia foram preditores independentes de mortalidade intra-hospitalar. No seguimento a um ano a sobrevivência foi de 86,2% e a cinco anos de 58,4%. Não se verificou diferença significativa na sobrevivência entre o grupo de estudo e a população geral ajustada para a idade (p=0,96). A população em estudo foi dividida em dois grupos: (1) revascula- rização completa e (2) revascularização incompleta. Não se verificou diferença significativa (p=0,32 e p=0,19, respetivamente) quando comparados com a população geral ajustada para a idade. Conclusão: A cirurgia de revascularização miocárdica em octogenários é segura e tem um importante impacto na sobrevida a longo prazo, com sobrevivência a cinco anos semelhante à população geral ajustada para a idade.