Background: The Montreal Cognitive Assessment (MoCA) is a short global cognitive scale, and some studies suggest it is useful for evaluating cognition in patients with Parkinson's disease (PD). However, its accuracy has been questioned in studies involving patients with low education.
Objective: We sought to assess whether some of the MoCA subtests contribute to the low accuracy of the test.
Methods: We performed a cross-sectional retrospective analysis of clinical data in a cohort of 71 patients with PD, most with less than 8 years of education. Patients were examined using the MDS-UPDRS, Hoehn and Yahr and the MoCA. The data were analyzed using mainly descriptive statistics.
Results: We analyzed the data of 66 patients that were not demented according to the clinical evaluation and classified them using the proposed cut-off MoCA scores for diagnosis of MCI and dementia. Thirteen patients (19.7%) were classified as having normal cognition, 24 (36.3%) MCI and 29 (43.9%) dementia. Patients with dementia had longer disease duration (p=0.016) and lower education (p=0.0001). Total MoCA scores had a an almost normal distribution with a wide range of scores and only one maximum score. Performance on the MoCA was highly correlated with education (correlation coefficient=0.66, p=0.0001). At least five of the 10 MoCA subtests showed significant floor effects.
Conclusion: We believe that some of the MoCA subtests may be too difficult to be completed by PD patients with low educational level, thus contributing to the test's poor diagnostic accuracy.
Embasamento: A MoCA é uma escala cognitiva global breve, e alguns estudos sugerem que ela seria útil para avaliar a cognição em pacientes com doença de Parkinson (DP). No entanto, sua acurácia foi questionada em estudos em pacientes com baixa escolaridade.
Objetivo: Pretendeu-se avaliar se alguns dos subtestes da MoCA poderiam contribuir para a baixa precisão do teste.
Métodos: Foi realizada uma análise transversal e retrospectiva de dados clínicos de uma coorte de 71 pacientes com DP, a maioria com menos de 8 anos de escolaridade. Os pacientes foram examinados usando o MDS-UPDRS, a Hoehn e Yahr e a MoCA. Os dados foram principalmente analisados pela estatística descritiva.
Resultados: Foram analisados os dados de 66 pacientes que não foram diagnosticados com demência de acordo com a avaliação clínica. Eles foram em seguida classificados, usando as notas de corte MoCA propostos para diagnóstico de comprometimento cognitivo leve (CCL) e demência. Dessa forma, treze pacientes (19,7%) foram classificados como com a cognição normal, 24 pacientes (36,3%) com CCL e 29 pacientes (43,9%) como com demência. Os pacientes com demência tiveram maior duração da doença (p=0,016) e menor escolaridade (p=0,0001). A distribuição dos escores totais da MoCA apresentaram forma de distribuição normal com uma vasta gama de pontuações e apenas uma pontuação máxima. O desempenho no MoCA foi altamente correlacionado à escolaridade (coeficiente de correlação=0,66, p=0,0001). Pelo menos cinco dos 10 subtestes da MoCA mostraram efeitos piso significativos.
Conclusão: Alguns dos subtestes MoCA podem ser muito difíceis de completar por pacientes com DP com baixa escolaridade, contribuindo assim para a baixa precisão diagnóstica do teste.
Keywords: MoCA; Parkinson's disease; cognitive assessment; dementia; mild cognitive impairment; validity.