Good rate of clinical response to cholinesterase inhibitors in mild and moderate Alzheimer's disease after three months of treatment: An open-label study

Dement Neuropsychol. 2013 Apr-Jun;7(2):190-196. doi: 10.1590/S1980-57642013DN70200009.

Abstract

Life expectancy in Brazil has increased markedly over the last 30 years. Hence, age-related disorders, such as Alzheimer's disease (AD), warrant special attention due to their high prevalence in the elderly. Pharmacologic treatment of AD is based on cholinesterase inhibitors (ChEI) and memantine, leading to modest clinical benefits both in the short and long-term. However, clinical response is heterogeneous and needs further investigation.

Objective: To investigate the rate of response to ChEI in AD after three months of treatment.

Methods: Patients with mild or moderate dementia due to probable AD or to AD associated with cerebrovascular disease were included in the study. The subjects were assessed at baseline and again after three months of ChEI treatment. Subjects were submitted to the Mini-Mental State Examination (MMSE), Mattis Dementia Rating Scale, Katz Basic Activities of Daily Living, Pfeffer Functional Activities Questionnaire, Neuropsychiatric Inventory and Cornell Scale for Depression in Dementia. Good response was defined by a gain of ≥2 points on the MMSE after three months of treatment in relation to baseline.

Results: Seventy-one patients, 66 (93%) with probable AD and five (7%) with AD associated with cerebrovascular disease, were evaluated. The good response rate at three months was 31.0%, being 37.2% and 21.4% in mild and moderate dementia, respectively. There were no significant differences on most tests, except for improvement in hallucinations, agitation and dysphoria in moderate dementia patients.

Conclusion: The rate of good clinical response to ChEI was higher than usually reported. Specific behavioral features significantly improved in the subgroup of moderate dementia.

A expectativa de vida no Brasil aumentou significativamente nos últimos 30 anos. Desse modo, transtornos relacionados à idade, como a doença de Alzheimer (DA), merecem especial atenção, devido à elevada prevalência. O tratamento farmacológico da DA se baseia nos inibidores da colinesterase (IChE) e na memantina, com melhora modesta em curto e longo prazo. Entretanto, a resposta clínica é heterogênea e necessita maior investigação.

Objetivo: Investigar a taxa de resposta aos IChE em pacientes com DA após três meses de tratamento.

Métodos: Pacientes com demência leve ou moderada devida à DA ou DA com doença cerebrovascular foram avaliados antes e após três meses de uso de IChE. Todos foram submetidos ao Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Escala de Demência Mattis, avaliação das atividades básicas de vida diária de Katz, Questionário de Pfeffer, Inventário Neuropsiquiátrico e Escala de Depressão de Cornell. Boa resposta foi definida pelo ganho de ≥2 pontos no MEEM em relação à primeira consulta, após três meses.

Resultados: Setenta e um pacientes, 66 (93%) com DA provável e cinco (7%) com DA associada à doença cerebrovascular, foram avaliados. A taxa de boa resposta clínica em três meses foi de 31.0%, sendo 37,2% e 21,4% na demência leve e moderada, respectivamente. Não houve diferença significativa na maioria dos testes, exceto para melhora de alucinação, agitação e depressão em pacientes com demência moderada.

Conclusão: A taxa de boa resposta clínica aos IChE foi superior à encontrada na literatura. Observou-se melhora de alguns sintomas comportamentais em pacientes com DA moderada.

Keywords: Alzheimer disease; cholinesterase inhibitors; clinical trial; open-label; treatment.