Women's crack consumption: an analysis on the meanings constructed by the street clinics' consulting professionals of the city of Rio de Janeiro, Brazil

Cien Saude Colet. 2020 Oct;25(10):3795-3808. doi: 10.1590/1413-812320202510.05842019. Epub 2019 Mar 18.
[Article in Portuguese, English]

Abstract

This paper questions the meanings constructed by professionals of Street Clinics (eCnaR) on the consumption of crack by women and their implications to care practices. This is qualitative research carried out with four eCnaRs (eCnaR) teams working in three territories of the city of Rio de Janeiro, totaling 25 professionals. Produced from focus groups, the empirical data point to the several meanings in the understanding of crack, understood as the "death drug" or the "stone of happiness". Discussion and analysis of data reveal that gender is incorporated controversially in the daily life of services: even if the discourses indicate different patterns of crack use between men and women, access to and use of psychosocial services and in the way of obtaining the drug, women continue to be thought of because of their reproductive capacity. They also point out that even in health care network services, female crack users are stigmatized because they are women who consume crack and because they live in the streets. They indicate that the mother-woman's ideology prevails in the organization of the service network. It is advocated that the empirical-analytical reference of gender studies must be incorporated into the health care policy of crack users.

Este artigo problematiza os sentidos construídos por profissionais de Consultórios na Rua (CnaR) sobre o consumo de crack por mulheres e suas implicações às práticas de cuidado. Pesquisa qualitatitava realizada junto a quatro equipes de CnaR (eCnaR) que atuam em três territórios do município do Rio de Janeiro, totalizando 25 profissionais. Produzidos a partir de grupos focais, os dados empíricos apontam para a diversidade de sentidos na compreensão do crack, entendido como a “droga da morte” ou a ‘pedra da felicidade’.A discussão e a análise dos dados revelam que o gênero é incorporado de modo controverso no cotidiano dos serviços: mesmo que os discursos sinalizem para diferenças nos padrões de consumo de crack entre homens e mulheres, no acesso e uso dos serviços psicossociais e na forma de obtenção da droga, as mulheres continuam sendo pensadas pela sua capacidade reprodutiva. Apontam, ainda, que mesmo nos serviços da rede assistencial de saúde, usuárias de crack são estigmatizadas: por serem mulheres que consomem crack e pela situação de rua. Sinalizam que impera na organização da rede de serviços o ideário da mulher-mãe. Advoga-se pelo imperativo da incorporação do referencial empírico-analítico dos estudos de gênero na política de atenção à saúde de usuários de crack.

MeSH terms

  • Brazil
  • Cocaine-Related Disorders* / epidemiology
  • Crack Cocaine*
  • Female
  • Focus Groups
  • Health Services
  • Humans
  • Male

Substances

  • Crack Cocaine