Cognitive assessment of Brazilian patients with multiple sclerosis: weighing the impact of disability and depressive symptoms

Dement Neuropsychol. 2022 Jul-Sep;16(3):276-283. doi: 10.1590/1980-5764-DN-2021-0050. Epub 2022 May 23.

Abstract

Multiple sclerosis (MS) is the most common demyelinating disease of the central nervous system. Cognition is not routinely assessed in patients with MS though they frequently have cognitive complaints or dysfunction.

Objective: The aim of this study was to compare the cognitive status of patients with MS with age, sex, and schooling matched controls and to evaluate the potential influence of clinical parameters on cognition.

Methods: A total of 35 patients with MS (mean±SD age 37.9 years±11.44, M/F: 12/23) and 33 healthy controls (mean±SD age 38.8 years±12.6, M/F: 12/21) were enrolled in this study. All subjects underwent a structured clinical assessment and the cognitive tools are as follows: Paced Auditory Serial Addition Test (PASAT), Symbol Digit Modalities Test (SDMT), Rey Auditory Verbal Learning Test (RAVLT), Digit Span, and Verbal Fluency Tests (letters F, A, and S and animal category). Psychopathology was assessed with the Mini International Neuropsychiatric Interview and the Beck Depression Inventory (BDI). The Expanded Disability Status Scale (EDSS) was used for patients.

Results: Patients performed worse than controls in almost all tests, with approximately 70% of patients presenting cognitive impairment. The most affected cognitive domain was episodic memory (45.7%), followed by verbal fluency (42.8%) and information processing speed (22.8%). SDMT was inversely correlated with disease severity, as assessed by the EDSS. Depression did not influence cognitive performance in this cohort.

Conclusions: Cognitive dysfunction is common among patients with MS. While motor impairment was associated with information processing speed, depression did not influence cognitive performance.

A esclerose múltipla (EM) é a doença desmielinizante mais comum do sistema nervoso central. A cognição não é rotineiramente avaliada nos pacientes apesar da ocorrência frequente de queixas ou disfunção cognitivas.

Objetivo: Comparar o perfil de pacientes com EM com controles pareados por idade, sexo e escolaridade e investigar a potencial influência de parâmetros clínicos na cognição.

Métodos: Trinta e cinco pacientes com EM (idade média±desvio padrão [DP] 37,9 anos±11,44, H/M: 12/23) e 33 controles saudáveis (idade média±DP 38,8 anos±12,6, H/M: 12/21) foram incluídos neste estudo. Todos os participantes passaram por avaliação clínica estruturada e por testagem cognitiva com os seguintes instrumentos: Paced Auditory Serial Addition Test (PASAT), Symbol Digit Modalities Test (SDMT), Rey Auditory Verbal Learning Test (RAVLT), Digit Span e testes de fluências verbais (letras F, A e S e categoria-animais). A psicopatologia foi investigada com a Mini International Neuropsychiatric Interview e com o Beck Depression Inventory (BDI). A Expanded Disability Status Scale (EDSS) foi aplicada nos pacientes.

Resultados: Pacientes tiveram desempenho pior que os controles na maioria dos testes — 70% deles tiveram déficit cognitivo. A função cognitiva mais frequentemente afetada foi memória episódica (45,7%), seguida por fluência verbal (42,8%) e velocidade de processamento (22,8%). A pontuação no SDMT correlacionou-se inversamente com a gravidade da doença, medida pela EDSS. A depressão não influenciou o desempenho cognitivo nesta série de pacientes.

Conclusões: Declínio cognitivo é comum em pacientes com EM. Enquanto o déficit motor se associou com a velocidade de processamento, a depressão não influenciou o desempenho cognitivo.

Keywords: Cognition; Depression; Memory; Multiple Sclerosis; Neuropsychological Tests.