Dietary Adequacy of Individuals with Cardiovascular Disease According to Clinical Guidelines in the Brazilian Cardioprotective Nutritional (BALANCE)

Arq Bras Cardiol. 2024 Jul;121(7):e20230705. doi: 10.36660/abc.20230705.
[Article in Portuguese, English]

Abstract

Background: Achieving nutritional goals established by scientific societies is a constant challenge and not always achieved.

Objective: To investigate the dietary adequacy of individuals with cardiovascular disease (CVD), participants in the Cardioprotective Brazilian Food Program residing in the Northeast region of Brazil, according to the recommendations of the Brazilian Society of Cardiology (SBC).

Methods: Cross-sectional analysis with data from the study implementing the Brazilian Cardioprotective Diet (DICA BR), which evaluated individuals with CVD treated in specialized cardiovascular health centers in eight states in the Northeast region. Food consumption was obtained by 24-hour dietary records and dietary adequacy followed SBC recommendations. Values of p < 0.05 were considered significant.

Results: 647 patients were studied, with a mean (standard deviation) age of 63.1 (9.4) years, 50.2% of whom were female. When evaluating food intake, a low adequacy of carbohydrates (52.3%), proteins (70.9%), lipids (38.8%), and fiber (22.4%) was observed. It was observed that the majority of women consumed a low-protein diet (59.2%) and the elderly had a greater inadequacy in carbohydrate consumption (52.6%). Regarding sodium intake, men had a higher intake (72.9%), while the elderly showed a 13% reduction. Furthermore, it was shown that men ate more fiber (28.1%) and individuals with higher education had a high consumption of saturated fatty acids (70.5%).

Conclusions: Most individuals did not achieve the recommended dietary therapy goals for secondary cardiovascular prevention. The findings of the present study reinforce the need to implement structured strategies to encourage healthy eating habits in these individuals.

Fundamento: Alcançar as metas nutricionais estabelecidas pelas sociedades científicas é um desafio constante e nem sempre alcançado.

Objetivo: Investigar a adequação alimentar de indivíduos com doença cardiovascular (DCV), participantes do Programa Alimentar Brasileiro Cardioprotetor residentes da região Nordeste do Brasil, segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Métodos: Análise transversal com dados do estudo de implementação da Dieta Cardioprotetora Brasileira (DICA BR) que avaliou indivíduos com DCV, atendidos em centros especializados em saúde cardiovascular em oito estados do Nordeste. O consumo alimentar foi obtido por recordatório alimentar de 24 horas e a adequação da dieta seguiu as recomendações da SBC. Foram considerados significantes valores de p < 0,05.

Resultados: Foram estudados 647 pacientes, com média (desvio padrão) de idade de 63,1 (9,4) anos, sendo 50,2% do sexo feminino. Na avaliação da ingestão alimentar, observou-se baixa adequação de carboidratos (52,3%), proteínas (70,9%), lipídios (38,8%) e fibras (22,4%). Observou-se que a maioria das mulheres consumia dieta hipoproteica (59,2%) e idosos tinham maior inadequação no consumo de carboidratos (52,6%). Em relação a ingestão de sódio, os homens apresentaram maior ingestão (72,9%), enquanto os idosos apresentaram redução de 13%. Além disso, foi demonstrado que os homens ingeriam mais fibras (28,1%) e indivíduos com maior escolaridade tinham um consumo elevado de ácidos graxos saturados (70,5%).

Conclusões: A maioria dos indivíduos não alcançou as metas dietoterápicas preconizadas para prevenção cardiovascular secundária. Os achados do presente estudo reforçam a necessidade de implementação de estratégias estruturadas, a fim de estimular hábitos alimentares saudáveis nesses indivíduos.

MeSH terms

  • Aged
  • Brazil
  • Cardiovascular Diseases* / prevention & control
  • Cross-Sectional Studies
  • Diet / standards
  • Diet Records
  • Female
  • Humans
  • Male
  • Middle Aged
  • Nutrition Policy
  • Nutritional Status
  • Sex Factors
  • Socioeconomic Factors