Objective: To describe the clinical trajectories of patients discharged directly from a critical unit to a postacute care facility.
Methods: This was a retrospective cohort study of patients who were transferred from an intensive care unit or intermediate care unit to a postacute care facility between July 2017 and April 2023. Functional status was measured by the Functional Independence Measure score.
Results: A total of 847 patients were included in the study, and the mean age was 71 years. A total of 692 (82%) patients were admitted for rehabilitation, while 155 (18%) were admitted for palliative care. The mean length of stay in the postacute care facility was 36 days; 389 (45.9%) patients were discharged home, 173 (20.4%) were transferred to an acute hospital, and 285 (33.6%) died during hospitalization, of whom 263 (92%) had a do-not-resuscitate order. Of the patients admitted for rehabilitation purposes, 61 (9.4%) had a worsened functional status, 179 (27.6%) had no change in functional status, and 469 (63%) had an improved functional status during hospitalization. Moreover, 234 (33.8%) patients modified their care goals to palliative care, most of whom were in the group that did not improve functional status. Patients whose functional status improved during hospitalization were younger, had fewer comorbidities, had fewer previous hospitalizations, had lower rates of enteral feeding and tracheostomy, had higher Functional Independence Measure scores at admission to the postacute care facility and were more likely to be discharged home with less complex health care assistance.
Conclusion: Postacute care facilities may play a role in the care of patients after discharge from intensive care units, both for those receiving rehabilitation and palliative care, especially for those with more severe illnesses who may not be discharged directly home.
Objetivo: Descrever as trajetórias clínicas de pacientes que receberam alta diretamente de uma unidade de terapia intensiva para uma unidade de cuidados pós-agudos.
Métodos: Trata-se de estudo de coorte retrospectivo de pacientes que foram transferidos de uma unidade de terapia intensiva ou unidade de cuidados intermediários para uma unidade de cuidados pós-agudos entre julho de 2017 e abril de 2023. O estado funcional foi determinado pelo escore da Medida de Independência Funcional.
Resultados: Foram incluídos no estudo 847 pacientes, e a idade média foi de 71 anos. Foram admitidos 692 (82%) pacientes para reabilitação, enquanto 155 (18%) foram admitidos para cuidados paliativos. O tempo médio de internação na unidade de cuidados pós-agudos foi de 36 dias; 389 (45,9%) pacientes receberam alta para casa, 173 (20,4%) foram transferidos para um hospital de cuidados intensivos, e 285 (33,6%) morreram durante a internação, dos quais 263 (92%) tinham uma ordem de não ressuscitar. Dos pacientes admitidos para fins de reabilitação, 61 (9,4%) tiveram agravamento do estado funcional, 179 (27,6%) não tiveram alteração do estado funcional, e 469 (63%) tiveram melhora do estado funcional durante a hospitalização. Além disso, 234 (33,8%) pacientes tiveram suas metas de tratamento alteradas para cuidados paliativos - a maioria dos quais estava no grupo que não teve melhora no estado funcional. Os pacientes cujo estado funcional melhorou durante a hospitalização eram mais jovens, tinham menos comorbidades, menos hospitalizações anteriores, menores taxas de alimentação enteral e traqueostomia, pontuações mais altas na Medida de Independência Funcional na admissão à unidade de cuidados pós-agudos e maior probabilidade de receber alta para casa com assistência médica menos complexa.
Conclusões: As unidades de cuidados pós-agudos podem desempenhar papel importante no cuidado dos pacientes após a alta das unidades de terapia intensiva, tanto para aqueles que recebem reabilitação, quanto cuidados paliativos, especialmente para aqueles com doenças mais graves que não podem receber alta diretamente para casa.