Gay and bisexual adolescents and other men who have sex with men: intersectionality and the PrEP care continuum

Rev Saude Publica. 2024 Oct 11;58(suppl 1):11s. doi: 10.11606/s1518-8787.2024058005705. eCollection 2024.
[Article in Portuguese, English]

Abstract

Objective: To analyze the impact of intersecting systems of oppression on the continuum of PrEP care among adolescent gays, bisexuals, and other men who have sex with men (aGBMSM), and to examine how health professionals (HP) identify and address these challenges to provide sexual health care and HIV prevention.

Methods: This qualitative exploratory study was part of a cohort research project involving aGBMSM, travesties, and transgender women (aTrTW) using PrEP. Data analyzed consisted of 16 interviews with aGBMSM and eight with health professionals (HPs) in São Paulo study site. The methodological and theoretical framework for the interactive categorization of thematic analysis was based on an intersectional approach.

Results: The knowledge of aGBMSM about PrEP was influenced by the adverse effects of systems of oppression, particularly among Black adolescents, who acquired knowledge in a less technical manner compared to White adolescents. Most professionals recognized oppression and its impact on the PrEP care continuum (PrEPCC), especially noting the presence of racism. However, few articulated how different social markers compound barriers to the success of the PrEPCC.

Conclusion: Social oppression affects the success of the PrEP care continuum (PrEPCC) in multiple ways. Health professionals (HPs) play a crucial role in mitigating and not perpetuating these negative experiences within health services, as well as in PrEP access, use, and adherence.

Objetivo: Analisar os impactos dos sistemas de opressão intersectados no continuum do cuidado de profilaxia pré-exposição sexual (CCPrEP) entre gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (aGBHSH) e como estes são identificados e tratados por profissionais de saúde (PS), visando o cuidado à saúde sexual e prevenção do HIV.

Métodos: Estudo de investigação qualitativa integrado a uma pesquisa de coorte com aGBHSH e mulheres transexuais e travestis (aMTrT) em uso de PrEP. Foram analisados dados produzidos na cidade de São Paulo, integrando 16 entrevistas com aGBHSH e oito com PS. O referencial teórico metodológico se orientou pela categorização interativa de análise temática com enquadramento interseccional.

Resultados: Os conhecimentos sobre PrEP dos aGBHSH são afetados pelos efeitos negativos dos sistemas de opressão, sobretudo entre adolescentes negros que adquirem conhecimento de forma menos técnica quando comparados aos brancos. A maioria dos profissionais enxerga as opressões e as suas consequências, e confere protagonismo ao racismo, mas poucos articulam os diferentes marcadores sociais que potencializam barreiras para o sucesso do CCPrEP.

Conclusões: As opressões sociais impactam o sucesso do CCPrEP de diferentes maneiras. Os PS são centrais para mitigação e não propagação dessas experiências negativas dentro do serviço de saúde e no acesso, uso e adesão à PrEP.

OBJETIVO:: Analisar os impactos dos sistemas de opressão intersectados no continuum do cuidado de profilaxia pré-exposição sexual (CCPrEP) entre gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (aGBHSH) e como estes são identificados e tratados por profissionais de saúde (PS), visando o cuidado à saúde sexual e prevenção do HIV.

MÉTODOS:: Estudo de investigação qualitativa integrado a uma pesquisa de coorte com aGBHSH e mulheres transexuais e travestis (aMTrT) em uso de PrEP. Foram analisados dados produzidos na cidade de São Paulo, integrando 16 entrevistas com aGBHSH e oito com PS. O referencial teórico metodológico se orientou pela categorização interativa de análise temática com enquadramento interseccional.

RESULTADOS:: Os conhecimentos sobre PrEP dos aGBHSH são afetados pelos efeitos negativos dos sistemas de opressão, sobretudo entre adolescentes negros que adquirem conhecimento de forma menos técnica quando comparados aos brancos. A maioria dos profissionais enxerga as opressões e as suas consequências, e confere protagonismo ao racismo, mas poucos articulam os diferentes marcadores sociais que potencializam barreiras para o sucesso do CCPrEP.

CONCLUSÕES:: As opressões sociais impactam o sucesso do CCPrEP de diferentes maneiras. Os PS são centrais para mitigação e não propagação dessas experiências negativas dentro do serviço de saúde e no acesso, uso e adesão à PrEP.

MeSH terms

  • Adolescent
  • Adult
  • Bisexuality
  • Brazil
  • Cohort Studies
  • Continuity of Patient Care*
  • Female
  • HIV Infections* / prevention & control
  • Health Knowledge, Attitudes, Practice
  • Homosexuality, Male* / psychology
  • Homosexuality, Male* / statistics & numerical data
  • Humans
  • Interviews as Topic
  • Male
  • Pre-Exposure Prophylaxis*
  • Qualitative Research*
  • Sexual and Gender Minorities / psychology
  • Sexual and Gender Minorities / statistics & numerical data
  • Young Adult

Grants and funding

Unitaid (processo 2017-15-FiotecPrEP). Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq - processo 404055/2018-4). Ministério da Saúde do Brasil (MS - Departamento de HIV/aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis). Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Programa Municipal de Aids de São Paulo