Objective: To determine whether admission to critical care is associated with subsequent disease progression in patients with non-metastatic solid tumors.
Methods: This observational cohort study of UK Biobank participants identified those diagnosed with solid tumors and survived hospitalization. Two cohorts were identified based on critical care admission and new metastatic disease as reported at UK Biobank follow-up visits, or primary or secondary care records were compared. Cox proportional hazards analysis was used to account for potential confounders in the multivariate analysis.
Results: A total of 1,854 solid tumor patients were identified, of whom 453 (24.4%) experienced critical care admission. Unadjusted rates of metastatic disease and death were higher for the critical care cohort with lower progression-free survival. At five years, 25% of the critical care survivors and 14% of the hospitalized survivors had developed metastatic disease (p < 0.001), with a corresponding progression-free survival rate of 65% versus 81% (p < 0.001). After adjustment for confounders, the hazard ratio for progression-free survival between critical care survivors and the hospitalized cohort was 1.69 (95%CIs 1.31 - 2.18; p < 0.001).
Conclusion: Solid tumor patients admitted to the hospital within 2 years of diagnosis had poorer subsequent progression-free survival if they had experienced a critical care admission. This observation was maintained after adjustment for confounding variables.
Objetivo:: Determinar se a admissão em terapia intensiva está associada à progressão subsequente da doença em pacientes com tumores sólidos não metastáticos.
Métodos:: Trata-se de estudo de coorte observacional de participantes do Biobanco do Reino Unido que identificou aqueles diagnosticados com tumores sólidos e que sobreviveram à hospitalização. Duas coortes foram formadas a partir da admissão em terapia intensiva e de uma nova doença metastática, conforme relatado nas consultas de seguimento do Biobanco do Reino Unido, ou foram comparados os registros de Atenção Primária ou Secundária. Utilizou-se a análise de riscos proporcionais de Cox para levar em conta os possíveis fatores de confusão na análise multivariada.
Resultados:: Identificaram-se 1.854 pacientes com tumores sólidos, dos quais 453 (24,4%) foram admitidos em terapia intensiva. As taxas não ajustadas de doença metastática e morte foram maiores na coorte de terapia intensiva com menor intervalo livre de progressão. Em 5 anos, 25% dos sobreviventes da terapia intensiva e 14% dos sobreviventes hospitalizados tinham desenvolvido doença metastática (p < 0,001), com taxa de intervalo livre de progressão equivalente de 65% versus 81% (p < 0,001). Após o ajuste para fatores de confusão, a razão de risco de intervalo livre de progressão entre os sobreviventes de terapia intensiva e a coorte hospitalizada foi de 1,69 (IC95% 1,31 - 2,18; p < 0,001).
Conclusão:: Pacientes com tumores sólidos internados no hospital dentro de 2 anos após o diagnóstico teriam intervalo livre de progressão subsequente mais baixo se tivessem passado por uma internação em terapia intensiva. Essa observação se manteve após o ajuste para variáveis de confusão.