Objective: To estimate the prevalence of COVID-19 diagnosis and hospital admissions, and to evaluate their correlates in a nationwide Brazilian sample.
Methods: A cross-sectional study was carried out with secondary data from the Telephone Survey of Risk Factors for Chronic Noncommunicable Diseases in Times of Pandemic - Covitel 2022. The Covitel study uses cluster sampling, carried out through random digit dialing on landlines and cell phones, among people aged 18 years or over. The outcome of the "diagnosis of COVID-19" was based on a self-report of a confirmed case through laboratory tests or medical diagnoses. Those who reported COVID-19 were asked about the need for hospital admission due to COVID-19. Independent variables included sex, age, level of education, region, comorbidity, private health insurance plan, self-rated health, and employment status. The odds ratio was estimated using logistic regression models considering the complex sample design.
Results: From the sample of 9000 people, the prevalence of COVID-19 diagnosis was 25.4% (95%CI 23.8-27.1%), ranging from 23.0% (95%CI 20.0-26.3%) in the Northeast region to 28.5% (95%CI 25.3-31.7%) in the South region. Middle-aged adults (35-44 years old) had the highest prevalence of COVID-19 diagnosis. The higher the level of education, the higher the prevalence of COVID-19 diagnosis.
Conclusion: The prevalence of COVID-19 diagnosis is markedly different from that of SARS-CoV-2 infection at the population level. Socioeconomic differences in access to testing are the likely explanation. Older adults and people with comorbidities were more likely to be admitted to hospital due to COVID-19 in Brazil.
Objetivo:: Estimar a prevalência de diagnóstico e internações hospitalares por COVID-19 e avaliar seus correlatos entre adultos no Brasil.
Métodos:: Um estudo transversal, com dados secundários do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em tempos de Pandemia — Covitel 2022 foi realizado. O estudo Covitel utiliza amostragem por conglomerados, realizada a partir de discagem aleatória de dígitos para linhas telefônicas fixas e celulares, entre pessoas de 18 anos ou mais. O desfecho “diagnóstico de COVID-19” foi baseado no autorrelato de um caso confirmado, por meio de exames laboratoriais ou diagnósticos médicos. Para aqueles que relataram COVID-19, foi questionado sobre a necessidade de internação hospitalar devido à COVID-19. As variáveis independentes incluíram sexo, idade, escolaridade, região, comorbidade, plano de saúde privado, autoavaliação de saúde e situação profissional. A razão de chances foi estimada por regressão logística considerando o desenho amostral complexo.
Resultados:: A partir da amostra de 9000 pessoas obteve-se prevalência de diagnóstico de COVID-19 de 25,4% (IC95% 23,8–27,1%), variando de 23,0% (IC95% 20,0–26,3%) na região Nordeste a 28,5% (IC95% 25,3–31,7%) na região Sul. Adultos entre 35–44 anos tiveram a maior prevalência de diagnóstico de COVID-19. Quanto maior a escolaridade, maior foi a prevalência do diagnóstico de COVID-19.
Conclusão:: A prevalência do diagnóstico de COVID-19 é marcadamente diferente daquela da infecção por SARS-CoV-2 a nível populacional. As diferenças socioeconômicas no acesso aos testes são a explicação provável. Idosos e pessoas com comorbidades tiveram maior probabilidade de serem internados em hospital devido à COVID-19 no Brasil.