Estou extremamente impactado com minha experiência no hotel Rosewood São Paulo. Desde o momento da minha chegada até minha saída (e até agora), estou impressionado em todos os sentidos.
Eleito como um dos melhores hotéis do mundo pela The World's 50 Best Hotels, o Rosewood São Paulo merece mesmo ganhar todos os prêmios do planeta. Situado no antigo hospital Matarazzo, ícone metropolitano onde nasceram muitos paulistanos, o monumento histórico tombado foi inteiramente transformado em um complexo chamado Cidade Matarazzo.
O projeto representa um marco para a cidade de São Paulo e integra, além do Rosewood, um outro hotel, uma área de eventos, uma capela, um centro cultural e um shopping com diversos restaurantes que devem abrir no próximo ano.
Aqui encontra-se uma diversidade de arte e projetos inspiradores — e, uma vez aqui, não dá vontade nenhuma de sair. Idealizado pelo empresário francês Alexandre Allard, o empreendimento é um dos mais gigantescos e impressionantes já vistos no Brasil.
Vindo do aeroporto de Guarulhos cansado de um longo voo, chego de carro entrando diretamente no lobby que parece um museu. O curador de artes Marc Pottier e o famoso designer Philippe Starck fizeram desse hotel uma grande galeria de arte viva e imersiva.
Por cada canto que você olha, admiram-se obras de artistas brasileiros renomados. Ao chegar no meu quarto fui surpreendido por um livro aberto na cama com as letras de uma das minhas canções favoritas: Drão, de Gilberto Gil. Levanto os olhos e vejo um violão… assinado pelo próprio artista, que acaba de anunciar sua última turnê. A magia continua a acender as luzes do banheiro, me olho no espelho e uma frase aparece, “o inesperado instante do primeiro olhar.”
Além das amenidades de praxe de um hotel de alto luxo, o capricho vai além com sandálias chiques, livros, itens de autocuidado, diversos mimos deliciosos e uma sacola com a mensagem esclarecedora do fundador “não existe luxo sem cultura”.
Ao abrir a imensa janela do meu quarto situado na Torre Mata Atlântica, edifício anexo ao prédio histórico, me deparo com a própria floresta em abundância e uma vista para o restaurante principal do hotel, Le Jardin. Nessa mesma torre há apartamentos residenciais, além dos quartos de hotel, que podem ser alugados.
O sol já está raiando. Mas, antes de sair do hotel decidi voltar a minha rotina de esporte e testar a academia. Super bem equipado, o fitness do Rosewood conta um serviço de personal trainer muito atencioso e goza dos melhores equipamentos. A vontade é de treinar aqui todos os dias — e isso é possível para quem mora em São Paulo e quiser se associar como membro.
Nos vestiários, duas lindas saunas convivem com uma jacuzzi deslumbrante. Na saída, consigo sentir a elegância do spa Asaya assinado pela marca francesa Guerlain. Promessa de vitalidade cumprida, vou me revigorar com um café da manhã saudável e equilibrado. A caminho, passo pela lindíssima piscina do térreo que me lembra imediatamente o artista Gaudí.
Nas mesas externas do Le Jardin, é uma delícia iniciar o dia sendo bem acolhido e bem servido. Enquanto o omelete de clara de ovos não chega, aceito uma cesta de pães de queijo quentinhos e um pão ao chocolate para matar saudades da França. Satisfeito, decido então fazer o tour das artes com um dos concierges bem treinados para tentar entender melhor o projeto.
Quem se hospedar no Rosewood não pode deixar de fazer esse passeio, que explica em detalhes as raízes neoclássicas e italianas dos prédios, as centenas (ou milhares) de obras de arte que entregam muita cultura brasileira, as tapicerias omnipresentes, os mármores e as madeiras brasileiras, a história e conceito dos 10 prédios que integram o projeto do Cidade Matarazzo, o paisagismo e muito mais.
Enquanto estou terminando a intrigante imersão, subo as escadas da capela histórica inteiramente renovada e observo, pasmo, um vitral impressionante do Vik Muniz. Dito isso, volto ao quarto para um momento de digestão de tanta informação. Um dos pontos altos do hotel é poder vivenciar uma experiência diferente a cada estadia, pois todos os andares são diferentes e os espaços estão em constante mutações.
Voltando ao assunto gastronomia, no qual me toca muito, faz todo sentido sentar em uma das mesas em meio às oliveiras do restaurante Taraz, para provar o cardápio assinado pelo chef Felipe Bronze. Também é bom reservar uma mesa no Blaise que serve uma comida franco-brasileira baseada em ingredientes sustentáveis em um ambiente pitoresco. Mais tarde, o bar Rabo di Galo é uma sensação e muito concorrido pelos hóspedes e turistas que visitam a cidade.
Faltam poucas horas para eu sair rumo ao próximo destino, então decido desfrutar do pôr do sol na piscina situada no rooftop. Admiro, contemplativo, a cidade que tanto amo. Estava com saudades de São Paulo e minha experiência no Rosewood me preenche de alegria como nunca poderia imaginar.
O que posso afirmar é que não me senti aqui dentro de um hotel, mas sim em algo muito mais amplo e interessante. Inspirador, intrigante, extraordinário, faltam palavras para descrever a sensação de estar hospedado no Rosewood São Paulo.