Os moradores da Favela Marte recebem nesta sexta-feira as chaves das 239 casas construídas como parte de um projeto urbanístico e de transformação social promovido pela ONG Gerando Falcões, em conjunto com o governo de São Paulo e a prefeitura de SJRP.
O projeto custou mais de R$ 87,7 milhões, sendo R$ 47,7 milhões bancado pelo governo estadual, que ficou responsável pela construção das moradias e de toda infraestrutura de saneamento, asfalto e energia elétrica. Coube ao Estado também a construção de equipamentos públicos de saúde, 16 salas comerciais e da Praça da Cidadania, um centro comunitário de 386 m², com duas salas multiuso, escolas de gastronomia, informática, moda e arte, beleza e bem-estar, horta, lavanderia e um Banco do Povo.
As novas moradias da antiga Vila Itália, última favela de São José do Rio Preto, têm de 32 m² a 50 m², dependendo da configuração familiar, e serão financiadas em 30 anos pelo governo estadual.
Dos R$ 47,7 milhões investidos pelo Estado, R$ 20,1 milhões são a fundo perdido e R$ 27,6 milhões é o valor do financiamento trazido a valor presente. A projeção é que R$ 13,8 milhões entrem como subsídio, de acordo com a política habitacional de financiamento da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), que prevê apenas correção de inflação, com juro zero, para quem tem menos de 5 salários mínimos de renda familiar.
A prefeitura contribuiu com a desapropriação do terreno (R$ 20,2 milhões) e a Gerando Falcões bancou a terraplanagem e o pagamento do aluguel e de programas de geração de renda durante o período de obras, com recursos de doações que somaram R$ 19,8 milhões.
O projeto urbanístico é assinado pelo arquiteto Marcos Boldarini e as ações sociais de geração de renda estão sendo implementadas em parceria com o Instituto Valquírias World, ONG local que é apoiada pela Gerando Falcões.
A reurbanização da Vila Itália é um teste para a proposta de transformação social da Gerando Falcões — batizada de Favela 3D, de Digna, Digital e Desenvolvida —, e para os planos de mobilizar empresas e poder público para mudar a realidade de outras comunidades pelo país.
— A entrega da Favela Marte representa a concretização de uma robusta transformação social que pode ser replicável e escalável em outras localidades — disse Edu Lyra, CEO e fundador da ONG Gerando Falcões.
Além do Governo do Estado e da prefeitura de São José do Rio Preto, o projeto contou com o apoio de Aline Ferreira - Aço Cearense, American Tower, Alexandre Bettamio, Associação Mais Esperança (Citi Bank), CCR, Fabrício Bloisi, Família Baumgart, Família Botelho, Família Diniz, Família Hawilla, Família Marinho, Família Setubal, Família Villela, Família Zitelmann, Fundação Grupo Volkswagen, Fundação Lemann, Gabriel Leal, Gerdau, Humanize, Vedacit, WIT Invest, Accenture, nima, ArcelorMittal, AWS, BV Solar, Google, IFood e LIDE Noroeste Paulista.
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