Context: Cutaneous melanoma presents significant morbidity and mortality. Nowadays, about 90% of them are diagnosed by clinical examination and most are localized melanomas. Sentinel node biopsy has brought about a new and interesting approach towards localized cutaneous melanoma. The meaning of micrometastases in sentinel nodes diagnosed by the reverse transcriptase-polymerase chain reaction is not well established.
Objective: To define the real value of micrometastases diagnosed by the reverse transcriptases polymerase chain reaction in relation to melanoma recurrence.
Methods: Systematic literature review and meta-analysis. The Cochrane Library, Medline, Embase and Lilacs were the databases searched. We used the following key words: sentinel node and melanoma; sentinel node and reverse transcriptase-polymerase chain reaction; melanoma and reverse transcriptase-polymerase chain reaction. Cohort studies enrolling localized cutaneous melanoma patients who underwent sentinel node biopsy were selected. Sentinel node evaluations included hematoxylin and eosin, immunohistochemistry and reverse transcriptase-polymerase chain reaction.
Results: Out of the 1,542 studies evaluated, four were eligible. The four studies, when combined, were statistically homogeneous. The sample totaled 450 patients grouped as follows: 163 with a sentinel node negative to hematoxylin eosin and immunohistochemistry and positive to the reverse transcriptase-polymerase chain reaction; 192 with a sentinel node negative to hematoxylin eosin, immunohistochemistry and the reverse transcriptase-polymerse chain reaction and 95 patients with a sentinel node positive to hematoxylin eosin and/or immunohistochemistry. We analyzed the first two groups. The meta-analysis for the random model showed an increased effect from a positive reverse transcriptase-polymerase chain reaction on the recurrence rate. A similar result occurred in the meta-analysis for the fixed effect model.
Conclusion: Patients with a positive reverse transcriptase-polymerase chain reaction had a greater recurrence rate than those with a negative reverse transcriptase-polymerase chain reaction. This suggests an important role for the reverse transcriptase-polymerase chain reaction in sentinel node examinations. In view of the small sample, a clinical trial could better evaluate this question.
CONTEXTO:: O melanoma cutâneo apresenta importante morbidade e mortalidade. A incidência de melanoma cutâneo vem aumentando em todo o mundo nos últimos 50 anos. Atualmente, cerca de 90% dos casos são diagnosticados pelo exame clínico e, na maioria das vezes, ainda na forma de melanoma localizado. A biópsia de linfonodo sentinela trouxe uma nova e interessante abordagem para o melanoma cutâneo localizado.
OBJETIVO:: Definir o real valor de micrometástases diagnosticadas em linfonodo sentinela através da técnica de transcriptase reversa associada à reação de polimerização em cadeia (reverse transcriptase-polymerase chain reaction, PCR) na recorrência do melanoma cutâneo.
MÉTODOS:: Realizamos uma revisão sistemática da literatura com metanálise. Cochrane Library, Medline, Embase e Lilacs foram os bancos de dados pesquisados. Foram usadas as seguintes palavras-chave: sentinel node and melanoma, sentinel node and reverse transcriptase-polymerase chain reaction, melanoma and reverse transcriptase-polymerase chain reaction. Fez-se seleção de estudos prognósticos coorte, abrangendo pacientes portadores de melanoma cutâneo submetidos a biópsia de linfonodo sentinela. O exame do linfonodo sentinela incluiu análise histopatológica por hematoxilina e eosina, imunohistoquímica e reação de polimerase em cadeia. Foi realizada metanálise através do software RevMan (Review Manager 4.1-c; Cochrane Collaboration) com avaliação de odds ratio e risco relativo, utilizando modelo de efeito fixo e randômico.
RESULTADOS:: Entre 1.542 estudos identificados, quatro foram elegíveis para a revisão sistemática. Os quatro estudos combinados foram estatisticamente homogêneos (c2 = 2,66, p = 0,44 para odds ratio e c2 = 3,17, p = 0,37 para risco relativo). A casuística totalizou 450 pacientes. Esses pacientes foram distribuídos em três grupos: 163 com linfonodo sentinela negativo para hematoxilina-eosina e imunohistoquímica, sendo a reação de polimerase em cadeia positiva; 192 com linfonodo sentinela negativo para hematoxilina-eosina, imunohistoquímica e a reação de polimerase em cadeia e 95 com linfonodo sentinela positivo para hematoxilinaeosina e ou imunohistoquímica. Apenas os dois primeiros grupos foram objetos de nossa análise. A metanálise utilizando modelo de efeito randômico mostrou aumento de recorrência para o grupo com a reação de polimerase em cadeia positiva (odds ratio = 3,0 [1.16, 7.78] e risco relativo = 2.55 [1.06, 6.12]). Resultado similar foi encontrado na metanálise utilizando modelo de efeito fixo (odds ratio = 3,64 [1.51, 8.76] e risco relativo = 3.16 [1.39, 7.19]).
CONCLUSÃO:: Pacientes com reação de polimerase em cadeia positiva tiveram uma taxa de recorrência maior que aqueles com reação de polimerase em cadeia negativa. Esse resultado sugere um importante papel da reação de polimerase em cadeia no exame do linfonodo sentinela. Considerando-se a pequena casuística, um estudo clínico prospectivo poderia avaliar melhor esta questão.