Background: The presence of Cardiovascular Disease (CVD) in individuals infected with COVID-19 may imply a worse prognosis.
Objective: To describe the prevalence of Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS) by COVID-19 and to analyze the factors associated with this condition in adults and the elderly with cardiovascular disease in Brazil until the 30th Epidemiological Week of 2020.
Methods: Cross-sectional study conducted with data from the Influenza Epidemiological Surveillance Information System (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe - SIVEP-Gripe), referring to the SARS notification forms of hospitalized individuals in Brazil, between the 1st and 30th Epidemiological Week of 2020. Adults and the aged (≥ 18 years old) with CVD. The dependent variable was SRAG confirmation by COVID-19 and factors related to sociodemographic characteristics, signs and symptoms, and clinical factors were analyzed. Poisson regression with robust variance was applied. The level of significance adopted was 5%.
Results: Notifications from 116,343 individuals were analyzed. Of these, 61.9% were diagnosed with SARS by COVID-19. The prevalence of the outcome was 4% lower in women (95%CI: 0.94-0.99) and 18% lower in rural areas (95%CI: 0.77-0.87). There was a higher prevalence in the 50 to 59 age group (95%CI: 1.09-1.48) and in the northeast region (95%CI: 1.72-1.91). Fever, cough, admission to the ICU, use of ventilatory support, and nosocomial cases were also significantly associated with a higher probability of SRAS by COVID-19 in these individuals.
Conclusion: There is a high prevalence of SARS by COVID-19 in adults and aged people with CVD in Brazil. Factors associated with sociodemographic and clinical characteristics, signs, and symptoms were associated.
Fundamento: A presença de Doença Cardiovascular (DCV) em indivíduos infectados pela COVID-19 pode implicar em um pior prognóstico.
Objetivo: Descrever a prevalência da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por COVID-19 e analisar os fatores associados a essa condição em adultos e idosos com doença cardiovascular no Brasil até a 30ª Semana Epidemiológica de 2020.
Métodos: Estudo transversal realizado com dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), referente às fichas de notificação de SRAG de indivíduos hospitalizados no Brasil, entre a 1a e 30a Semana Epidemiológica de 2020. Foram incluídos adultos e idosos (≥ 18 anos) com DCV. A variável dependente foi a confirmação de SRAG por COVID-19 e foram analisados fatores relacionados a características sociodemográficas, sinais e sintomas e fatores clínicos. Aplicou-se a regressão de Poisson com variância robusta. O nível de significância adotado foi de 5%.
Resultados: Foram analisadas as notificações de 116.343 indivíduos. Destes, 61,9% obtiveram diagnóstico de SRAG por COVID-19. A prevalência do desfecho foi 4% menor nas mulheres (IC95%: 0,94–0,99) e 18% menor em zonas rurais (IC95%: 0,77–0,87). Observou-se prevalência maior na faixa etária de 50 a 59 anos (IC95%: 1,09–1,48) e na região nordeste (IC95%: 1,72–1,91). Febre, tosse, internação em UTI, uso de suporte ventilatório e caso nosocomial também foram significativamente associados a uma maior probabilidade de SRAG por COVID-19 nesses indivíduos.
Conclusão: Há alta prevalência de SRAG por COVID-19 em adultos e idosos com DCV no Brasil. Associaram-se fatores relacionados a características sociodemográficas, clínicas, sinais e sintomas.