Fighting the pandemic with collaboration at heart: Report from cardiologists in a COVID-19-dedicated Portuguese intensive care unit

Rev Port Cardiol. 2021 Dec;40(12):923-928. doi: 10.1016/j.repc.2021.01.011. Epub 2021 Aug 20.

Abstract

Introduction and objectives: The coronavirus disease 2019 (COVID-19) spread quickly around the world. Although mainly a respiratory illness, there is growing interest in non-respiratory manifestations, particularly cardiovascular ones. At our center, mobilization of cardiologists with intensive care training was needed. Our aim is to describe patients with severe COVID-19 admitted to a Portuguese intensive care unit (ICU), the cardiovascular impact of the disease and the experience of cardiologists working in a COVID-19 ICU.

Methods: Data from adult patients with COVID-19 admitted to the ICU of Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho between 16 March 2020 and 21 April 2020 were analyzed retrospectively.

Results: Thirty-five patients were admitted. Mean age was 62.6±6.0 years and 23 (65.7%) were male. Dyslipidemia was the most common cardiovascular risk factor (65.7%, n=23), followed by hypertension (57.1%, n=20). Mean ICU stay time was 15.9±10.0 days. Patients had high rates of mechanical ventilation (88.6%, n=31) and vasopressor support (88.6%, n=31). Low rates of new onset left systolic dysfunction were detected (8.5%, n=2). One patient required venoarterial extra-corporeal membrane oxygenation. Mortality was 25% (n=9). Acute myocardial injury and N-terminal pro-B-type natriuretic peptide (NT-proBNP) elevation was detected in 62.9% (n=22). Patients that died had higher NT-proBNP compared to those discharged alive (p<0.05). Care by cardiologists frequently changed decision making.

Conclusions: The cardiovascular impact of COVID-19 seems relevant but is still widely unknown. Studies are needed to clarify the role of cardiac markers in COVID-19 prognosis. Multidisciplinary care most likely results in improved patient care.

Introdução e objetivos: A doença pelo novo coronavirus (COVID-19) espalhou-se rapidamente pelo globo. Embora tenha atingimento essencialmente respiratório, existe interesse nas manifestações extrarrespiratórias, nomeadamente nas cardiovasculares. No nosso centro, foi necessária a mobilização de cardiologistas com experiência em cuidados intensivos para enfrentar este desafio. O objetivo desta investigação é descrever a população internada com COVID-19 grave numa UCI portuguesa, o impacto cardiovascular desta doença e a nossa experiência enquanto cardiologistas numa UCI COVID-19.

Métodos: Dados de adultos com COVID-19 internados na UCI do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho entre 16/03/2020 e 21/04/2020 foram analisados retrospetivamente.

Resultados: Foram internados 35 doentes. A média de idade foi 62,6±6,0 anos e 23 (65,7%) doentes eram homens. A dislipidemia foi o fator de risco cardiovascular mais prevalente (65,7%, n=23), seguida pela hipertensão (57,1%, n=20). O tempo médio de internamento em UCI foi 15,9±10,0 dias. A necessidade de ventilação mecânica (88,6%, n=31) e suporte vasopressor (88,6%, n=31) foi alta, mas poucos doentes desenvolveram disfunção sistólica de novo (n=2,85%). A mortalidade foi de 25% (n=9). Foi detetada lesão miocárdica aguda e elevação do NT-proBNP em 62,9% (n=22) dos doentes, sendo os níveis de NT-proBNP mais elevados nos doentes que faleceram (p<0,05). A participação de cardiologistas na UCI alterou frequentemente a decisão clínica.

Conclusão: O impacto cardiovascular da COVID-19 parece relevante mas é parcamente conhecido, sendo necessários mais estudos para clarificar o papel dos marcadores cardíacos no prognóstico da COVID-19. As equipas multidisciplinares provavelmente melhoram os cuidados de saúde prestados a estes doentes.

Keywords: COVID-19; Cardiology; Extra-corporeal membrane oxygenation; Intensive care; Multidisciplinary care; Takotsubo.