Introduction: Acute COVID-19 in pediatric and young adult patients tends to be milder in severity compared to adult infection. Recent studies seem to show that inflammatory bowel disease (IBD) patients are at no greater risk than the general population. We aim to describe our experience in the follow-up of pediatric and young adult patients with IBD followed in our center and determine possible risk factors of said population for severe COVID-19.
Methods: We performed a retrospective study of all patients aged under 25 years followed for IBD at the Unit of Pediatric Gastroenterology in a tertiary center between December 2019 and April 2021 evaluating the incidence of COVID-19 and characterization of positive cases.
Results: Of the 268 participants, 24 had COVID-19: the mean age was 19 years old and gender had an equal distribution; 75% (n = 18) had Crohn's disease, whereas only 25% (n = 6) had ulcerative colitis. Most patients were in clinical remission (n = 21). The majority of patients were under treatment with a tumor necrosis factor (TNF) antagonist (58%, n = 14), mainly infliximab, and most had no comorbidities other than IBD (83%). Regarding COVID-19, 17% of the patients were asymptomatic while the rest had only mild symptoms. There were no reported gastrointestinal complaints, no complications nor hospitalizations. Most patients did not require interruption of their IBD treatment.
Conclusions: Our data suggest that pediatric and young adult IBD patients have a low risk for complications and hospitalization, regardless of IBD treatment. We believe that this experience is encouraging and allows for safe counseling regarding treatment options and school attendance in pediatric and young adult IBD patients.
Introdução: Na população pediátrica e de jovens adultos a gravidade da COVID-19 tende a ser moderada quando comparada com os doentes adultos. Os estudos mais recentes sugerem que os doentes com doença inflamatória intestinal (DII) não têm risco acrescido em relação à população geral. O objetivo do presente estudo é a descrição da nossa experiência no follow-up de crianças e jovens adultos com DII a COVID-19 e determinar a existência de possíveis fatores de risco para doença grave na referida população.
Métodos: Foi realizado um estudo retrospetivo de todos os doentes com idade inferior a 25 anos, seguidos na Unidade de Gastrenterologia Pediátrico de um centro terciário por DII, com avaliação da incidência de COVID-19 entre dezembro de 2019 e abril de 2021, e caracterização dos casos postivos.
Resultados: Entre os 268 participantes, 24 tiveram COVID-19. A idade média foi de 19 anos com uma distribuição por género equiparável. Destes, 75% (n = 18) tinham doença de Crohn, enquanto 25% (6) tinham colite ulcerosa. A maior parte dos doentes apresentavam-se em remissão clínica (n = 21) e, à data da doença COVID-19. A sua maioria, os doentes encontravam-se sob tratamento com antagonistas do fator de necrose tumoral (58%, n = 14), predominantemente o infliximab, e a generalidade dos doentes (83%) não apresentava outras comorbilidades além da DII. Relativamente à COVID-19, 17% eram assintomáticos enquanto os restantes apresentavam apenas sintomas ligeiros. Não houve relato de queixas gastrointestinais, complicações ou necessidade de hospitalização. Na maioria dos casos, não houve necessidade de interromper o tratamento da DII.
Conclusão: Os nossos dados sugerem que doentes pediátricos e jovens adultos com DII apresentam um risco baixo de complicações ou hospitalização associados à COVID-19, independentemente do tratamento em curso para a DII. Este estudo apresenta resultados encorajadores e contribui para o aconselhamento adequado e fundamentado aos doentes e respetivos cuidadores, no que diz respeito às opções terapêuticas e frequência escolar dos doentes pediátricos e jovens adultos com DII.
Keywords: COVID-19; Crohn's disease; Pediatrics; SARS-CoV-2; Ulcerative colitis.
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