Background: At the beginning of the COVID-19 pandemic, patients with myocardial infarction (MI) took longer to present to hospitals because of fear of contamination and health care access difficulties.
Objectives: To assess interventional cardiology procedures performed during the COVID-19 pandemic and its implications for MI approach.
Methods: Prospective registry of 24 cardiac catheterization laboratories in Brazil, with adult patients undergoing interventional cardiology procedures between May 26 and November 30, 2020. The outcomes were cardiovascular (CV) and non-CV complications, death, and MI. Concomitant COVID-19 was confirmed using RT-PCR. Machine learning techniques were used with nonparametric Classification Trees models, and Simple Correspondence Analysis, with R statistical software package. Significance level adopted of 5%.
Results: This study included 1282 patients, 435 of whom (33.9%) had MI as follows: ST-segment elevation MI (STEMI), 239 (54.9%); and non-ST-segment elevation MI (NSTEMI), 196 (45.1%). Of the 1282 patients, 29 had CV complications, 47 had non-CV complications, and 31 died. The diagnosis of COVID-19 was confirmed in 77 patients (6%), with 15.58% mortality and non-CV complications in 6.49%. Most patients had significant coronary artery disease (63%), and an intracoronary thrombus was more often found in the presence of STEMI (3.4%) and COVID-19 (4%). A door-to-table time longer than 12 hours in NSTEMI was associated with 30.8% of complications, 25% in COVID-19 patients.
Conclusions: All deaths were preceded by CV or non-CV complications. The presence of COVID-19 was associated with death and non-fatal complications of patients undergoing interventional cardiology procedures during the pandemic.
Fundamento: No início da pandemia de COVID-19, os pacientes com infarto do miocárdio (IM) demoraram para procurar um hospital por medo de contágio ou dificuldades no acesso aos serviços de saúde.
Objetivos: Avaliar procedimentos de cardiologia intervencionista realizados durante a pandemia de COVID-19 e implicações na abordagem do IM.
Métodos: Registro prospectivo de 24 centros de hemodinâmica no Brasil, com pacientes adultos submetidos a procedimentos de cardiologia intervencionista entre 26 de maio e 30 de novembro de 2020. Os desfechos foram complicações cardiovasculares (CV) e não CV, morte e IM. A concomitância de COVID-19 foi confirmada com RT-PCR. Técnicas de machine learning foram usadas com modelos não paramétricos de árvores de classificação. Usou-se análise de correspondência simples com o software R. Adotou-se nível de significância de 5%.
Resultados: Este estudo incluiu 1.282 pacientes, 435 dos quais (33,9%) apresentaram IM: IM com supra de ST (IMCSST), 239 (54,9%); e IM sem supra de ST(IMSSST), 196 (45.1%). Dos 1.282 pacientes, 29 tiveram complicações CV, 47 tiveram complicações não CV e 31 morreram. O diagnóstico de COVID-19 foi confirmado em 77 pacientes (6%), com 15,58% de mortalidade e 6,49% de complicações não CV. A maioria dos pacientes apresentou significativa doença arterial coronariana (63%). Trombo intracoronariano foi mais frequente na presença de IMCSST (3,4%) e COVID-19 (4%). Tempo porta-mesa superior a 12 horas no IMSSST associou-se a 30,8% de complicações, 25% em pacientes com COVID-19.
Conclusões: Todos os óbitos foram precedidos por complicações CV ou não CV. A presença de COVID-19 foi associada a óbito e complicações não fatais dos pacientes submetidos a procedimentos de cardiologia intervencionista durante a pandemia.