Introduction: Health professionals face higher occupational exposure to SARS-CoV-2. We aimed to estimate the risk of COVID-19 test positivity in health professionals compared to non-health professionals.
Methods: We conducted a test-negative case-control study using Portuguese national surveillance data (January to May 2020). Cases were suspected cases who tested positive for SARS-CoV-2; controls were suspected cases who tested negative. We used multivariable logistic regression modelling to estimate the odds ratio of a positive COVID-19 test (RT-PCR; primary outcome), comparing health professionals and non-health professionals (primary exposure), and adjusting for the confounding effect of demographic, clinical, and epidemiological characteristics, and the modification effect of the self-reported epidemiological link (i.e., self-reported contact with a COVID-19 case or person with COVID-19-like symptoms).
Results: Health professionals had a 2-fold higher risk of a positive COVID-19 test result (aOR = 1.89, 95% CI 1.69-2.11). However, this association was strongly modified by the self-report of an epidemiological link such that, among cases who did report an epidemiological link, being a health professional was a protective factor (aOR = 0.90, 95% CI 0.82-0.98).
Conclusion: Our findings suggest that health professionals might be primarily infected by unknown contacts, plausibly in the healthcare setting, but also that their occupational exposure does not systematically translate into a higher risk of transmission. We suggest that this could be interpreted in light of different types and timing of exposure, and variability in risk perception and associated preventive behaviours.
Introdução: Os profissionais de saúde têm uma maior exposição profissional à SARS-CoV-2. O objetivo era estimar o risco de testar positivo para SARS-CoV-2 em profissionais de saúde.
Métodos: Foi realizado um estudo testenegativo caso-controlo utilizando os dados de vigilância epidemiológica nacional (Janeiro–Maio 2020). Casos foram definidos como casos suspeitos que testaram positivo para SARS-CoV-2 (RTPCR), e os controlos como casos suspeitos que testaram negativo. Foi aplicado um modelo de regressão logística multivariável para estimar o odds ratio de teste positivo para SARS-CoV-2, comparando profissionais de saúde e não profissionais de saúde, ajustado para as características demográficas, clínicas e epidemiológicas, e a modificação de efeito com o autorrelato duma ligação epidemiológica (i.e., contacto auto-reportado com um caso COVID-19 ou uma pessoa com sintomas semelhantes aos da COVID-19).
Resultados: Os profissionais de saúde tiveram um risco duas vezes maior de testar positivo para SARS-CoV-2 (aOR = 1.89, 95% CI 1.69–2.11). No entanto, esta associação era fortemente modificada pelo autorrelato de uma ligação epidemiológica, de tal forma que entre os casos que relataram uma ligação epidemiológica, ser profissional de saúde revelou-se fator de proteção (aOR = 0.90, 95% CI 0.82–0.98).
Conclusão: Os nossos resultados sugerem que os profissionais de saúde podem estar infetados principalmente por contactos desconhecidos, plausivelmente em instituições de saúde, e a exposição profissional não se traduz sistematicamente num maior risco de transmissão. Isto poderá ser interpretado à luz de diferentes tipos e tempos de exposição, e da variabilidade na perceção do risco e dos comportamentos preventivos associados.
Keywords: COVID-19; Health professionals; Portugal; SARS-CoV-2.
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