Malnutrition affects billions of individuals worldwide and represents a global health challenge. This study aimed to determine the prevalence of malnutrition (undernutrition or overweight) among mother-child dyads in children under 5 years old in Brazil in 2019 and to estimate changes in this prevalence from 2006 to 2019. Individual-level data from the Brazilian National Survey on Child Nutrition (ENANI-2019) and the Brazilian National Survey of Demography and Health of Women and Children carried out in 2006 (PNDS 2006) were analyzed. Malnutrition outcomes in mother-child dyads included overweight mother and child, undernourished mother and child, and the double burden of malnutrition, i.e., overweight mother and child having any form of undernourishment (stunting, wasting, or underweight). Prevalence and 95% confidence intervals (95%CI) were estimated. Most women (58.2%) and 9.7% of the children were overweight, 6.9% were stunted, and 3.1% of mothers and 2.9% of the children were underweight. The prevalence of overweight in the mother-child dyad was 7.8% and was statistically higher in Southern Brazil (9.7%; 95%CI: 7.5; 11.9) than in the Central-West (5.4%; 95%CI: 4.3; 6.6). The prevalence of overweight mother and stunted child was 3.5%, with statistically significant difference between the extremes of the mother's education [0-7 vs. ≥ 12 years, 4.8% (95%CI: 3.2; 6.5) and 2.1%, (95%CI: 1.2; 3.0), respectively]. Overweight in the dyad increased from 5.2% to 7.8%, and the double burden of malnutrition increased from 2.7% to 5.2% since 2006. Malnutrition in Brazilian mother-child dyads seems to be a growing problem, and dyads with lower formal education, higher maternal age, and from the South Region of Brazil were more vulnerable.
A má nutrição afeta bilhões de indivíduos em todo o mundo e representa um desafio de saúde global. Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência de má nutrição (desnutrição ou excesso de peso) entre díades mãe-filho em crianças menores de cinco anos no Brasil em 2019 e estimar as mudanças nessa prevalência de 2006 a 2019. Foram analisados dados individuais do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019) e da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher realizada em 2006 (PNDS 2006). Os desfechos de má nutrição incluíram mãe e filho com excesso de peso, mãe e filho desnutridos e a dupla carga de má nutrição, ou seja, mãe com excesso de peso e filho com qualquer forma de desnutrição (défict de crescimento, magreza ou baixo peso). Foram estimadas a prevalência e os intervalos de 95% de confiança (IC95%). A maioria das mulheres (58,2%) e 9,7% das crianças estavam acima do peso, 6,9% apresentaram déficit de crescimento e 3,1% das mães e 2,9% das crianças estavam abaixo do peso. A prevalência de excesso de peso na díade mãe-filho foi de 7,8% e foi estatisticamente maior no Sul do Brasil (9,7%; IC95%: 7,5; 11,9) do que no Centro-oeste (5,4%; IC95%: 4,3; 6,6). A prevalência de mãe com sobrepeso e filho com déficit de crescimento foi de 3,5%, com uma diferença estatisticamente significante entre os extremos de escolaridade materna [(0-7 vs. ≥ 12 anos de estudo), 4,8% (IC95%: 3,2; 6,5) and 2,1% (IC95%: 1,2; 3,0), respectivamente]. O excesso de peso na díade aumentou de 5,2% para 7,8% e a dupla carga de má nutrição aumentou de 2,7% para 5,2% desde 2006. A má nutrição nas díades mãe-filho brasileiras parece ser um problema crescente, sendo as mais vulneráveis aquelas com menor escolaridade e maior idade materna e residentes na Região Sul do Brasil.
La malnutrición afecta a muchas personas en todo el mundo y representa un desafío para la salud mundial. Este estudio tuvo como objetivo determinar la prevalencia de malnutrición (desnutrición o sobrepeso) entre díadas madre-hijo en niños menores de cinco años en Brasil en 2019 y estimar cambios en esta prevalencia de 2006 a 2019. Se analizaron datos individuales del Estudio Nacional de Alimentación y Nutrición Infantil (ENANI-2019) y de la Encuesta Nacional de Demografía y Salud del Niño y de la Mujer de 2006 (PNDS 2006). Los resultados de la malnutrición incluyeron a madre e hijo con sobrepeso, madre e hijo desnutridos y la doble carga de mala nutrición, es decir, madre con sobrepeso e hijo con cualquier forma de desnutrición (retardo en el crecimiento, emaciación o bajo peso). Se calcularon prevalencias y los intervalos de 95% de confianza (IC95%). La mayoría de las mujeres (58,2%) y el 9,7% de los niños tenían sobrepeso, el 6,9% de los niños presentaban retraso en el crecimiento, y el 3,1% de las madres y el 2,9% de los niños, bajo peso. La prevalencia de sobrepeso en la díada madre-hijo fue del 7,8%, estadísticamente mayor en el Sur de Brasil (9,7%; IC95%: 7,5; 11,9) que en el Centro-Oeste (5,4%; IC95%: 4,3; 6,6). La prevalencia de madres con sobrepeso y de niños con retraso del crecimiento fue del 3,5%, con una diferencia estadísticamente significativa entre los extremos de nivel educativo de la madre [(0-7 vs. ≥ 12 años de nivel educativo), 4,8% (IC95%: 3,2; 6,5) y 2,1% (IC95%: 1,2; 3,0), respectivamente]. El sobrepeso en la díada tuvo un aumento del 5,2% al 7,8%, y la doble carga de mala nutrición aumentó del 2,7% al 5,2% desde 2006. La malnutrición en la díada madre-hijo brasileña resulta ser un problema creciente, siendo las más vulnerables aquellas con menor escolaridad y mayor edad materna y residentes en la Región Sur de Brasil.