The objective was to analyze the perceptions of primary health care (PHC) workers about interprofessional collaboration from the perspective of implementation science. This is a qualitative study that used in-depth interview as a data production technique. Interviews were conducted with 15 workers (three community health agents, one nursing assistant, three nurses, three managers, three physicians, and two nursing technicians) from basic health units in the Municipality of São Bernardo do Campo, São Paulo State, Brazil. The interview plan was based on three domains of the Consolidated Framework for Implementation Research (CFIR). Thematic content analysis was used. In the interprofessional collaboration characteristics domain, respondents highlighted the complexity, and its possible influence, as to the implementation and sustainability of this practice. In the inner setting domain, factors that influence interprofessional collaboration were identified, namely: how the time allocated to formal communication/team meetings is used; social interactions between professionals; and leadership characteristics, such as feedback, autonomy and participation in decisions. In the individuals characteristics domain, participants noted interprofessional collaboration geared to quality of care and the need for integration between knowledge centers. Thus, measures to enhance the quality of communication, collective team building and leadership can contribute to improve interprofessional collaboration in PHC and leverage its impacts on health care.
O objetivo foi analisar as percepções de trabalhadores da atenção primária à saúde (APS) sobre a colaboração interprofissional na perspectiva da ciência de implementação. Trata-se de estudo qualitativo que utilizou a entrevista em profundidade como técnica de produção de dados. Foram entrevistados 15 trabalhadores (três agentes comunitários de saúde, um auxiliar de enfermagem, três enfermeiros, três gerentes, três médicos e dois técnicos de enfermagem) de unidades básicas de saúde no Município de São Bernardo do Campo, São Paulo, Brasil. O roteiro da entrevista baseou-se em três dimensões do Quadro Conceitual Consolidado para Pesquisa de Implementação (CFIR; Consolidated Framework for Implementation Research). Foi realizada análise de conteúdo temática. Na dimensão características da colaboração interprofissional, os entrevistados destacaram a complexidade, e sua possível influência, na implementação e sustentabilidade dessa prática. Na dimensão cenário interno, foram identificados fatores que influenciam a colaboração interprofissional: como se utiliza o tempo destinado a comunicação formal/reuniões de equipe; interações sociais entre os profissionais; e características da liderança, como feedback, autonomia e participação nas decisões. Na dimensão características dos indivíduos, os participantes destacaram a colaboração interprofissional direcionada para a qualidade do cuidado e a necessidade de integração entre os núcleos de saberes. Assim, ações para aperfeiçoar a qualidade da comunicação, a construção coletiva em equipe e o aprimoramento da liderança podem contribuir para melhorar a colaboração interprofissional na APS e potencializar seus impactos na atenção à saúde.
El objetivo fue analizar las percepciones de los trabajadores de atención primaria de salud (APS) sobre la colaboración interprofesional desde la perspectiva de la ciencia de implementación. Se trata de un estudio cualitativo que utilizó la entrevista en profundidad como técnica de producción de datos. Fueron entrevistados 15 trabajadores (tres agentes comunitarios de salud, un auxiliar de enfermería, tres enfermeros, tres gerentes, tres médicos y dos técnicos de enfermería) de unidades básicas de salud en el Municipio de São Bernardo do Campo, São Paulo, Brasil. La guía de la entrevista se basó en tres dimensiones del Marco Consolidado para la Investigación sobre la Implementación (CFIR; Consolidated Framework for Implementation Research). Se realizó un análisis de contenido temático. En la dimensión característica de la colaboración interprofesional, los entrevistados destacaron la complejidad y la posible influencia en su implantación y sostenibilidad. En la dimensión escenario interno, fueron identificados factores que influencian en la colaboración interprofesional: cómo se utiliza el tiempo destinado a la comunicación formal/reuniones de equipo; las interacciones sociales entre los profesionales, y las características del liderazgo, como feedback, la autonomía y la participación en las decisiones. En la dimensión de las características de los individuos, los participantes destacaron la colaboración interprofesional orientada a la calidad de la atención y la necesidad de integración entre los núcleos de saberes. Así, las acciones para mejorar la calidad de la comunicación, la construcción colectiva en equipo y la mejora del liderazgo pueden contribuir para mejorar la colaboración interprofesional en la APS y mejorar sus impactos en la atención a la salud.