Analysis of the influence of occupational, sociodemographic and health factors on the demotivation of the intensivist

Rev Bras Med Trab. 2024 Aug 5;22(1):e2022976. doi: 10.47626/1679-4435-2022-976. eCollection 2024 Jan-Mar.

Abstract

Introduction: Understanding motivation, identifying motivational factors of health professionals, and recognizing how managers and leaders can successfully motivate healthcare professionals is a growing concern.

Objectives: To assess the occupational, sociodemographic, and health factors that influence the occurrence of demotivation in the intensive care unit professionals.

Methods: We performed a cross-sectional study with health professionals from nine intensive care units in João Pessoa, Paraíba state, Brazil. Data were collected using an adapted version of the Health Care Establishment Questionnaire. We built a Logistic Regression model to analyze the influence of variables on the motivational state, and variables were selected by the Backward method. We used 80% of the sample for parameter estimation and the remaining 20% for testing and validation. We used the R software for the analyses, with a significance level of α ≤ 0.05.

Results: We identify that the variable with the greatest power over the intensivist's demotivation was shift work (odds ratio [OR] = 4.215, p = 0.006). The number of symptoms (OR = 1.206, p = 0.000) and working time (OR = 1.080, p = 0.031) were also significant risk variables. When the three variables were combined, the professional's chance of feeling unmotivated increased by 38 times (OR = 38.99, p = 0.000).

Conclusions: Based on these results, it is possible to identify aspects that will require organizational adjustments so that intensivists remain satisfied and motivated.

Introdução: Há uma crescente preocupação em relação a entender os fenômenos da motivação, identificar os fatores motivadores dos profissionais de saúde e reconhecer como o gestor e os líderes conseguem motivar a equipe com sucesso.

Objetivo: Avaliar os fatores ocupacionais, sociodemográficos e de saúde que influenciam na ocorrência de desmotivação no profissional de saúde intensivista.

Métodos: Tratou-se de um estudo transversal, realizado com profissionais de saúde de nove unidades de terapia intensiva localizadas em João Pessoa, no estado da Paraíba, Brasil. Os dados foram coletados por meio de uma versão adaptada do Health Care Establishment Questionnaire. Para análise da influência das variáveis sobre o estado motivacional, construiu-se um modelo de regressão logística, com seleção de variáveis pelo método backward. Utilizou-se 80% do total da amostra para estimação dos parâmetros, e os 20% restantes foram usados para o teste e a validação dos resultados. As análises foram realizadas no software R, com nível de significância de α ≤ 0,05.

Resultados: Identificou-se que a variável com maior poder sobre a desmotivação do intensivista foi o trabalho em turnos (razão de chances [OR] = 4,215, p = 0,006). O quantitativo de queixas sintomatológicas (OR = 1,206, p = 0,000) e o tempo de trabalho (OR = 1,080, p = 0,031) também foram variáveis significativas sobre o risco. Quando as três variáveis estiveram combinadas, aumentou-se em 38 vezes a chance de o profissional se sentir desmotivado (OR = 38,99, p = 0,000).

Conclusões: Com base nesses resultados, é possível identificar aspectos do trabalho que exigem ajustes organizacionais para que os intensivistas mantenham-se satisfeitos e motivados.

Keywords: health personnel; intensive care units; occupational health.