Endoscopic Management of Dysfunctioning Gastric Band after Sleeve Gastrectomy with the Luso-Cor® Esophageal Stent

GE Port J Gastroenterol. 2024 Jan 8;31(5):370-376. doi: 10.1159/000535814. eCollection 2024 Oct.

Abstract

Sleeve gastrectomy (SG) can be aided by the addition of a calibration silicone ring, banded SG (BSG). It provides better weight loss than non-banded SG but with higher rate of adverse events. The aim of this case report is to further contribute to the knowledge of how to endoscopically manage these patients by placing a new esophageal stent (Luso-Cor®). A 58-year-old female with grade III obesity (weight 110 kg, BMI: 45.2 kg/m2) underwent SG in 2013. Due to the limited weight loss, a surgical calibration silicon ring was placed in 2017. In the following months, she developed recurrent and abundant postprandial regurgitation, achieving a minimum weight of 66 kg (BMI: 27.1 kg/m2). Gastroesophageal transit showed a stricture at the junction of the gastric corpus and antrum, causing gastric outlet obstruction. Endoscopy identified a regular luminal stenosis with normal mucosa, which allowed easy passage of the endoscope with slight pressure. Two sessions of endoscopic dilatation were performed, first with an 18-mm through-the-scope balloon and later with a 30-mm pneumatic balloon without symptomatic relief. A two-step endoscopic therapeutic approach was proposed to first promote intragastric ring erosion by placing a new partially covered metallic stent, Luso-Cor® esophageal stent 30/20/30 × 240 mm, and subsequently retrieve the stent, followed by cutting and retrieval of the ring. The proximal flare with a 30 mm diameter was placed in the distal esophagus and the distal edge in the prepyloric antrum. However, 2 weeks later, she complained of vomiting and abdominal fullness. Complete migration of the proximal flare of the stent into the remnant gastric fundus was seen on the contrast study. Endoscopy was performed, and the stent was easily removed. A blue calibration ring, partially eroded into the gastric lumen, was observed at the site of gastric tube stenosis. After stent removal, the patient was asymptomatic, and so conservative follow-up was decided. A follow-up endoscopy, performed 5 months later, showed complete reepithelization of the eroded ring. The patient remains asymptomatic after 3 years of follow-up and has regained weight up to 76 kg (BMI: 31.2 kg/m2). The efficacy of endoscopy on the management of ring-related adverse events has been previously reported. Small-case series describe the use of multiple pneumatic dilations or the deployment of plastic or covered metallic stents to cause erosion of the overlying mucosa, followed by cutting and retrieval of the ring. In conclusion, we believe that the mural pressure exerted by the Luso-Cor® esophageal stent, in the limited period it remained in situ, was sufficient to relieve the luminal pressure of the silicon ring, realigning the ring with the remnant gastric tube. This rare clinical entity highlights the potential role of specific metallic stents in the management of these patients.

A cirurgia bariátrica de gastrectomia vertical (sleeve gástrico) pode ser complementada pela adição de um anel restritivo de silicone – sleeve gástrico com anel de silastic. O acréscimo deste anel promove uma maior perda de peso, no entanto está associado a maior risco de eventos adversos. O objetivo da apresentação deste caso é contribuir para as diferentes técnicas úteis no tratamento das complicações relacionadas com o anel, através da utilização de uma prótese esofágica (Luso-Cor®).Uma doente de 58 anos, com obesidade grau III (peso 110 kg, IMC 45,2 kg/m2), foi submetida a um sleeve gástrico em 2013. Não apresentou perda de peso favorável e, em 2017, foi colocado um anel de silicone rodeando o tubo gástrico. Nos meses seguintes desenvolveu regurgitação pós-prandial recorrente e abundante, alcançando um peso mínimo de 66 kg (IMC 27,1 kg/m2). Realizou um trânsito gastroesofágico que revelou uma estenose na junção do corpo com o antro gástrico, com evidência de obstrução do esvaziamento gástrico. A endoscopia digestiva alta identificou uma estenose regular recoberta por mucosa sem lesões, com passagem do aparelho após pressão ligeira. Foram realizadas duas sessões de dilatação, inicialmente com balão trough-the-scope de 18 mm e posteriormente com balão pneumático de 30 mm. Os sintomas persistiram e, por esse motivo, foi decidido uma abordagem em dois tempos: primeiro promover a erosão intragástrica da banda para depois a seccionar e remover intraluminalmente. Nesse sentido, foi colocada uma prótese metálica esofágica parcialmente coberta, Luso-Cor® 30/20/30 × 240 mm. O segmento proximal da prótese com 30 mm de diâmetro foi colocado no esófago e o bordo distal da prótese ficou no antro pré-pilórico. No entanto, duas semanas depois, a doente queixou-se de vómitos e enfartamento precoce. O estudo radiográfico com contraste revelou migração distal da prótese, com deslocamento do segmento proximal para o corpo gástrico remanescente. A prótese foi removida endoscopicamente sem dificuldade e, na região da estenose, foi observado o anel de silicone parcialmente erosionado para o lúmen gástrico. Após remoção da prótese a doente evoluiu favoravelmente, sem novos sintomas, e, por esse motivo, foi decido seguimento sem novas intervenções. A endoscopia de seguimento, realizada cinco meses após, demonstrou reepitelização completa do anel parcialmente erosionado. A doente permanece assintomática após três anos de seguimento e voltou a ganhar peso (peso atual 76 kg, IMC 31,2 kg/m2). A eficácia da resolução endoscópica de estenoses relacionadas com anel de silicone no sleeve gástrico já foi relatada. Pequenas séries de casos utilizaram múltiplas sessões de dilatação com balão pneumático ou colocação de próteses plásticas ou metálicas cobertas para promover erosão intragástrica do anel e sua remoção. Acreditamos que a pressão mural exercida pela prótese Luso-Cor®, no curto tempo em que permaneceu in situ, foi suficiente para aliviar a obstrução, realinhando o seu diâmetro com o restante tubo gástrico. Através do relato desta entidade clínica rara, esperamos contribuir para o conhecimento das próteses metálicas específicas para o manejo destes doentes.

Keywords: Banded sleeve gastrectomy; Bariatric surgery endoscopy; Endoscopic stenting; Gastric band migration; Gastric outlet obstruction.

Grants and funding

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