Social representations of HIV and healthcare among recently diagnosed youth

Rev Saude Publica. 2024 Oct 11;58(suppl 1):6s. doi: 10.11606/s1518-8787.2024058005594. eCollection 2024.
[Article in Portuguese, English]

Abstract

Objective: To understand the social representations of HIV and their repercussions for the healthcare among recently diagnosed youth.

Methods: This qualitative research was conducted within PrEP15-19, a study that analyzed the effectiveness of HIV pre-exposure prophylaxis in adolescents aged 15 to 19 years. Semi-structured interviews were conducted with nine participants, of whom eight identified themselves as gay men and one as travesti. All were diagnosed with HIV as this study was conducted in São Paulo and Salvador from 2019 to 2020. The interview guide covered aspects of HIV prevention and repercussions on care. Data were thematically analyzed and interpreted based on social representations theory.

Results: Participants reported experiences of stigma and discrimination related to their sexual orientation and gender identity and expression. Their diagnosis renewed these painful experiences as it referred to the common-sense social representations of HIV and AIDS based on precarious knowledge of HIV prevention, treatment, and transmission. Analysis of facilitators and barriers to care strongly related treatment adherence to health services welcoming people with information, support, and careful listening. Barriers were related to health services' constraints, such as lack of privacy, professionals' hostility, and insecurity regarding diagnosis confidentiality.

Conclusions: The social representations of HIV are an important dimension of youths' experience receiving their diagnosis, especially since it renews stories of violence, homophobia, transphobia, stigma, and discrimination. Understanding this based on youths' narratives is an important tool to formulate public policies aimed at the needs of this age group. Therefore, building new social representations to mitigate stigma constitutes one of the most important elements to face the HIV epidemic among adolescents and youth.

Objetivo: Compreender as representações sociais do HIV e suas repercussões no cuidado de jovens recentemente diagnosticados.

Métodos: Foi realizada pesquisa qualitativa no contexto do estudo PrEP15-19, que analisou a efetividade da profilaxia pré-exposição sexual ao HIV entre adolescentes de 15 a 19 anos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com nove jovens homens que fazem sexo com homens (HSH) e uma travesti. Todos receberam diagnóstico de HIV durante a inclusão no estudo realizado em São Paulo e Salvador entre 2019 e 2020. O roteiro de entrevista abordou aspectos da prevenção ao HIV e repercussões no cuidado. Utilizou-se análise temática dos dados, interpretados a partir da teoria das representações sociais.

Resultados: Os jovens relataram experiências de estigma e discriminação relacionadas à orientação sexual, identidade e expressão de gênero. Essas vivências trouxeram sofrimentos que foram atualizados na comunicação do diagnóstico, pois remetiam às representações sociais do HIV e aids disseminadas pelo senso comum, baseadas no conhecimento precário sobre prevenção, tratamento e transmissão do HIV. Na análise dos facilitadores e barreiras ao cuidado, a vinculação ao tratamento esteve fortemente relacionada ao acolhimento nos serviços de saúde, com informações e apoio, além de escuta qualificada. As barreiras estiveram relacionadas às fragilidades nos espaços de saúde que obstaculizam o cuidado, como falta de privacidade, hostilidade de profissionais e insegurança quanto à confidencialidade do diagnóstico.

Conclusões: As representações sociais do HIV constituem uma importante dimensão da experiência diagnóstica de jovens, sobretudo por atualizar histórias de violência, homofobia, transfobia, estigma e discriminação. Sua compreensão, a partir dos discursos de jovens, constitui importante ferramenta para formulação de políticas públicas voltadas às demandas dessa faixa etária. Portanto, a construção de novas representações sociais que visem à mitigação do estigma torna-se um dos elementos mais importantes para o enfrentamento da epidemia de HIV entre adolescentes e jovens.

OBJETIVO:: Compreender as representações sociais do HIV e suas repercussões no cuidado de jovens recentemente diagnosticados.

MÉTODOS:: Foi realizada pesquisa qualitativa no contexto do estudo PrEP15-19, que analisou a efetividade da profilaxia pré-exposição sexual ao HIV entre adolescentes de 15 a 19 anos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com nove jovens homens que fazem sexo com homens (HSH) e uma travesti. Todos receberam diagnóstico de HIV durante a inclusão no estudo realizado em São Paulo e Salvador entre 2019 e 2020. O roteiro de entrevista abordou aspectos da prevenção ao HIV e repercussões no cuidado. Utilizou-se análise temática dos dados, interpretados a partir da teoria das representações sociais.

RESULTADOS:: Os jovens relataram experiências de estigma e discriminação relacionadas à orientação sexual, identidade e expressão de gênero. Essas vivências trouxeram sofrimentos que foram atualizados na comunicação do diagnóstico, pois remetiam às representações sociais do HIV e aids disseminadas pelo senso comum, baseadas no conhecimento precário sobre prevenção, tratamento e transmissão do HIV. Na análise dos facilitadores e barreiras ao cuidado, a vinculação ao tratamento esteve fortemente relacionada ao acolhimento nos serviços de saúde, com informações e apoio, além de escuta qualificada. As barreiras estiveram relacionadas às fragilidades nos espaços de saúde que obstaculizam o cuidado, como falta de privacidade, hostilidade de profissionais e insegurança quanto à confidencialidade do diagnóstico.

CONCLUSÕES:: As representações sociais do HIV constituem uma importante dimensão da experiência diagnóstica de jovens, sobretudo por atualizar histórias de violência, homofobia, transfobia, estigma e discriminação. Sua compreensão, a partir dos discursos de jovens, constitui importante ferramenta para formulação de políticas públicas voltadas às demandas dessa faixa etária. Portanto, a construção de novas representações sociais que visem à mitigação do estigma torna-se um dos elementos mais importantes para o enfrentamento da epidemia de HIV entre adolescentes e jovens.

MeSH terms

  • Adolescent
  • Brazil
  • Female
  • HIV Infections* / diagnosis
  • HIV Infections* / prevention & control
  • HIV Infections* / psychology
  • Homosexuality, Male / psychology
  • Humans
  • Interviews as Topic
  • Male
  • Pre-Exposure Prophylaxis
  • Qualitative Research*
  • Social Stigma*
  • Young Adult

Grants and funding

Unitaid (2017-15-FIOTECPrEP), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq, 404055/2018-4). Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes, master’s scholarship for RG), Ministry of Health of Brazil - Department of HIV/AIDS, Tuberculosis, Viral Hepatitis, and Sexually Transmitted Infections), Health Department of the State of Bahia, State Department of Health of São Paulo, Municipal Health Department of São Paulo, Municipal AIDS Program of São Paulo.