“A gente precisa criar sistemas que consigam entender o que está acontecendo, raciocinar e tomar decisões mesmo sem nunca ter passado por aquela situação. O problema de dados é que eles são sobre o que já aconteceu e não sobre o que poderia acontecer. O mundo é muito complexo. Os dados sempre subrepresentam o mundo.”
No painel “Por dentro da revolução digital: os bastidores da IA”, tivemos a oportundiade de conversar com Giancarlo Guizzardi, capixaba que, hoje, é Chefe do Departamento de Pesquisas em Inteligência Artificial, Ciência de Dados, Segurança Cibernética e Serviços Digitais, na Universidade de Twente, na Holanda, e Professor Convidado da Universidade de Estocolmo, na Suécia.
O professor trouxe um pouco da visão dos pesquisadores que estão por trás do desenvolvimento dessas tecnologias e da sua perspectiva acerca dos desafios e do futuro da IA.
“Acho que o que mais precisamos é discernimento. Estamos vivendo em um momento de muito ruído, como a primeira bolha da internet. É necessário entender cada ferramenta, cada solução, para identificar as suas vantagens e limitações, e fazer um investimento informado. A verdade é que, quando a gente fala dessa inteligência artificial [a Skynet dos filmes], a gente está tão longe quanto sempre esteve”, concluiu Guizzardi.