Leonard Bernstein

Um dos músicos mais talentosos da história norte-americana, Leonard Bernstein era uma presença popular em diversas disciplinas: música orquestral, musicais da Broadway, balé, cinema e televisão. Nascido no dia 25 de agosto de 1918, em Lawrence, Massachusetts, Bernstein estudou composição em Harvard e regência no Curtis Institute of Music, na Filadélfia, e no Tanglewood Music Center, em Boston. No início, tudo indicava que o pódio dos concertos seria sua prioridade. Em 1943, Bernstein foi convocado, sem ensaiar, a ocupar a posição de Bruno Walter (que estava doente) na Filarmônica de Nova York, lançando sua carreira de maestro internacionalmente. Não muito tempo depois disso, porém, ele passou a ser apontado como o salvador do musical norte-americano, trabalhando em partituras para On the Town (Um Dia em Nova York no Brasil, de 1944), Wonderful Town (1953), Candide (1956) e o estrondoso West Side Story (Amor, Sublime Amor, de 1957). Bernstein explorou temas religiosos e filosóficos em sua música sinfônica e coral, como na Sinfonia Nº 3 “Kaddish” (1963), em Chichester Psalms (1965), com levada jazz, e na despretensiosa Mass (1971). O papel de Bernstein como diretor musical da Filarmônica de Nova York (1958-69) ofereceu uma excelente plataforma para os seus talentos comunicativos: ele promoveu obras de Mahler e Sibelius e estrelou no programa para televisão Concerto para Jovens, da Filarmônica. Uma figura complicada fora dos palcos, Bernstein era profundamente idealista, e, na queda do Muro de Berlim, em 1989, regeu duas apresentações da Nona Sinfonia de Beethoven, de 1824, na Berlim Oriental e na Ocidental. Ele faleceu em 14 de outubro de 1990.