O lançamento oficial nesta sexta-feira do plano de restauração do Edifício A Noite, na Praça Mauá, terá uma novidade para simbolizar a futura retomada de atividades no prédio. A partir de hoje, a fachada terá uma iluminação cênica, com várias cores, mesmo depois de concluída a reforma, que vai converter o antigo prédio comercial num residencial com 447 apartamento. A apresentação será às 19h30 no antigo prédio do Touring, também na Praça Mauá.
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— O edfício A Noite tem muita história. Em seus palcos, grandes nomes da música estiveram por láe vamos referenciar toda essa cultura, que jamais poderá ser esquecida. A partir da iluminação especial, o A Noite jamais será apagado novamente — disse José de Albuquerque, CEO da Azo Inc., que adquiriu o prédio da prefeitura em 2023.
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A reforma vai começar em novembro. Além dos 447 apartamentos, o projeto vai valorizar a relação do prédio na Praça Mauá com a Era de Ouro do Rádio. O palco e a plateia da Rádio Nacional, uma das antigas ocupantes do imóvel, serão remontados no térreo, com dois restaurantes.
— O edifício A Noite tem muita história. Em seus palcos, grandes nomes da música estiveram por láe vamos referenciar toda essa cultura, que jamais poderá ser esquecida. A partir da iluminação especial, o A Noite jamais será apagado novamente — disse José de Albuquerque, CEO da Azo Inc., que adquiriu o prédio da prefeitura em 2023.
HOMENAGENS
Além das reformas internas haverá uma espécie de calçada da fama no entorno do prédio, com os nomes de artistas que ao longo dos anos se apresentaram na emissora, entre os quais Cauby Peixoto, Marlene e Emilinha Borba, gravados em placas em forma de estrelas.
A previsão é que as obras durem dois anos. A fachada em estilo art déco será mantida, mas com uma pequena modificação. Segundo a construtora, ao ser consultado, por se tratar de um imóvel tombado, o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) aprovou a troca das esquadrias de madeira por estruturas de alumínio, mantendo as dimensões originais.— A maioria das estruturas não tinha recuperação e é difícil se encontrar hoje em dia material similar — explicou o executivo.
O PROJETO
A escada de emergência, instalada na lateral do prédio, será retirada por não fazer parte do projeto original. Na reforma, o imóvel será adaptado para cumprir as regras atuais de prevenção contra incêndios.
As maior parte dos apartamentos será em forma de estúdios, entre 33 e 44 metros quadrados. Haverá ainda unidades duplex com 70 metros quadrados. Das 447 unidades, 75% terão vista para a Baía de Guanabara. O preço dos apartamentos ainda não está definido, mas será mais alto que o de outros lançamentos dos projetos Reviver Centro e Porto Maravilha.
— Quem compra um apartamento no A Noite não se interessa apenas por morar no Centro, está investindo devido à história do prédio — disse Albuquerque.
Além de moradias, a construtora acredita que parte das unidades será alugada por temporada. Detalhes do projeto serão apresentados em
ARQUITETO FRANCÊS
Projetado pelo arquiteto francês Joseph Gire e inaugurado em 1929, o edifício A Noite foi considerado, na época, o primeiro arranha-céu da cidade e o maior da América Latina, com 23 andares e 102 metros de altura. O imóvel, que antes de ser repassado à prefeitura pertencia à União, está fechado desde 2012.
— Esse prédio é um marco. Foi a partir dele que a cidade deu início a um processo de verticalização, com o uso de concreto armado na construção do A Noite — explicou o ex-secretário de Planejamento Urbano Washington Fajardo, que participou do desenvolvimento do projeto Reviver Centro, no qual esse empreendimento está inserido.
Vice-presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-Rio), Leonardo Schneider avalia que o retrofit do A Noite será essencial para o plano de revitalização do Centro e pode estimular novos investimentos e a reabertura de escritórios na região. Na pandemia, 60% das salas ficaram vazias. Agora, o percentual está em 40%.
De acordo com o Secovi, entre 2022 e 2024 houve, no Centro, um aumento de 53,2% no número de residenciais vendidos por ano (de 479 para 729) e de 35% dos comerciais (de 868 para 1.172).
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