Maria Luísa de Áustria: diferenças entre revisões

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Os anos de formação de Maria Luísa foram durante um período de conflito entre a França e sua família. Quando a Revolução Francesa estava no seu ápice, Maria Luísa tinha 22 meses. Ela foi criada para detestar idéias francesas. Maria Luísa foi influenciada por sua avó [[Maria Carolina da Áustria|Maria Carolina]], que desprezava a [[Revolução Francesa]], que acabou causando a morte de sua irmã, Maria Antonieta. O [[Reino de Nápoles]] de [[Maria Carolina da Áustria|Maria Carolina]] também entrou em conflito direto com as forças francesas lideradas por Napoleão Bonaparte. A [[Terceira Coligação|Guerra da Terceira Coalizão]] levou a Áustria à beira da ruína, o que aumentou o ressentimento de Maria Luísa em relação a Napoleão.<ref>{{Citar web|titulo=1810 : Napoléon épouse Marie-Louise, mariage politique et idylle romanesque|url=https://www.canalacademie.com/ida5903-1810-Napoleon-epouse-Marie-Louise.html?page=article&id_article=5903&var_recherche=Marie-Louise|obra=www.canalacademie.com|acessodata=2019-09-21}}</ref> A família imperial foi forçada a fugir de Viena em 1805. Maria Luísa refugiou-se na [[Hungria]] e depois na [[Galiza]] antes de retornar a Viena em 1806. Seu pai renunciou ao título de Sacro Imperador Romano, mas permaneceu Imperador da Áustria.
 
Para torná-la mais casável, seus pais a ensinaram em vários idiomas. Além de seu alemão nativo, ela se tornou fluente em [[Inglês britânico|inglês]], [[Língua francesa|francês]], [[Língua italiana|italiano]], [[latim]] e [[Língua castelhana|espanhol]]. A jovem arquiduquesa é educada de forma bastante simples, anda pelas ruas de [[Viena (Áustria)|Viena]] com o pai, brinca com os filhos dos criados, segue os preceitos da [[religião católica]] e a educação clássica das princesas de seu tempo que deveria encorajá-la a se tornar uma mulher de dever, educada, capaz de aparecer em público mas dócil{{sfn|Marchi|p=203}}. Sua mãe, a Imperatriz [[Maria Teresa de Nápoles e Sicília|Maria Teresa de Bourbon-Nápoles]] era fria e negligenciou Maria Luísa, que disse: "Se ao menos ela me abraçasse, mas não me atrevo a ter esperança por tamanha graça." Em compensação, era próxima de seu pai. Entre seus onze irmãos e irmãs, as outras preferências do imperador vão para [[Maria Leopoldina da Áustria|Maria Leopoldina]], futura [[Império do Brasil|Imperatriz do Brasil]], e [[Francisco- Carlos da Áustria|Francisco Carlos]], pai do futuro imperador [[Francisco José I da Áustria|Francisco José]] e [[Clementina da Áustria|Maria Clementina]], futura DuquesaPrincesa de Salerno. Além disso, Maria Luísa estabelece um relacionamento afetivo com sua governanta, a condessa Victoria Colloredo, nascida Foliot de Grenneville, e a filha desta, Victoire.
Maria Luísa se interessava por gastronomia, pintura e piano. Ela gostava de animais e tinha muitos animais de estimação, entre eles um cachorro, um coelho e vários pássaros. A Arquiduquesa gostava de passar o tempo ao ar livre, caçando e pescando na companhia do pai e dos irmãos.
 
Em 1807, quando Maria Luísa tinha 15 anos, sua mãe morreu aos 35 anos, após sofrer [[complicações no parto]], dando a luz a seu décimo segundo filho, uma menina. Menos de um ano depois, o imperador Francisco se casou com sua prima em primeiro grau [[Maria LudovicaLuísa de Áustria-Este|Maria LuísaLudovica de Austria-EsteMódena]], que era quatro anos mais velha que Maria Luísa. No entanto, Ludovica assumiu um papel materno em relação à sua enteada: “Não creio que a pudesse ter amado mais do que se não a tivesse carregado no ventre, além disso ela merece, porque o seu carácter é fundamentalmente bom”. Ela também era amarga com os franceses, que haviam privado seu pai do [[Ducado de Módena e Régio]].<ref>{{Citar web|titulo=Portale dedicato alla Storia di Parma e a Parma nella Storia, a cura dell'Istituzione delle Biblioteche di Parma ::: Dizionario biografico: Abati-Adorno|url=https://web.archive.org/web/20120314045802/http://www.parmaelasuastoria.it/ita/Abati-Adorno.aspx?idMostra=38&idNode=218#ABSBURGO_LORENA_MARIA_LUDOVICA_LEOPOLDINE|obra=web.archive.org|data=2012-03-14|acessodata=2019-09-21}}</ref>
 
Outra guerra eclodiu entre a França e a Áustria em 1809, que resultou em derrota para os austríacos novamente. A família Imperial teve que fugir de Viena novamente antes que a cidade se rendesse em 12 de maio. Sua jornada foi dificultada pelo mau tempo, e eles chegaram a Buda "molhados e quase esgotados pelo cansaço". Desde a infância Maria Luísa sentiu as consequências das batalhas travadas pela Áustria contra a França de Napoleão: o Tratado de Campoformio que sancionou as primeiras derrotas da Áustria foi assinado em 1796, quando ela tinha apenas quatro anos. Ela também é incitada a ter um ódio profundo pelo comandante francês que, aos seus olhos, é o diabo: entre seus brinquedos, Maria Luísa tem um soldado de madeira chamado “Bonaparte” que ela gosta de maltratar. Quando a notícia do sequestro e execução do duque de Enghien por Napoleão chegou a Viena em 1804, os Habsburgo-Lorena lembraram-se do destino de Maria Antonieta e começaram a temer por suas vidas. Indignada ao presenciar o sofrimento de seu pai, ela escreve à mãe: “O destino se inclinará para o lado do pai e finalmente chegará o momento em que este usurpador será humilhado. Talvez Deus o deixe chegar a este nível para privá-lo,depois de ter ousado tanto, de qualquer fuga." Em 1805, durante a Guerra da Terceira Coligação, Napoleão infligiu uma severa derrota ao exército austríaco na Batalha de Ulm, em 20 de outubro. Um mês depois, o imperador francês entrou em Viena e estabeleceu-se em Schönbrunn. Maria Luísa e seus irmãos e irmãs são enviados para a Hungria. Da cidade de Ofen, a arquiduquesa espera que o destino da guerra favoreça os aliados, oque não aconteceu. Contrariamente às suas expectativas, Napoleão venceu a decisiva Batalha de Austerlitz em 2 de dezembro de 1805. A derrota foi seguida pela Paz de Pressburg, bastante desfavorável para a Áustria, que foi privada de numerosos territórios, principalmente Veneto, Dalmácia, Tirol e Voralberg e pouco depois, em Agosto de 1806, o Sacro Império Romano deixa de existir, tornando-se apenas o Império Austríaco. A Áustria derrotada está isolada e humilhada.