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Alvise Cadamosto: diferenças entre revisões

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'''Alvise Cadamosto''' ([[Veneza]], {{dni|||1432|si}} — Veneza, {{morte|18|7|1488}}), também conhecido por '''Alvide da Ca' da Mosto''' e na literatura [[lusófona]] por '''Luís Cadamosto''' ou '''Luiz Cadamosto''', foi um navegador [[República de Veneza|veneziano]] e explorador que esteve durante alguns anos ao serviço do [[Infante D. Henrique]]. Ao serviço da coroa portuguesa explorou a costa ocidental da [[África]], sendo-lhe creditado o descobrimento de algumas das ilhas de [[Cabo Verde]] e a exploração da foz do [[rio Gâmbia]] e costa adjacente, incluindo o [[arquipélago dos Bijagós]]. Escreveu um relato das suas viagens de exploração.
'''Alvise Cadamosto''' ([[Veneza]], {{dni|||1432|si}} — Veneza, {{morte|18|7|1488}}), também conhecido por '''Alvide da Ca' da Mosto''' e na literatura [[lusófona]] por '''Luís Cadamosto''' ou '''Luiz Cadamosto''', foi um navegador [[República de Veneza|veneziano]] e explorador que esteve durante alguns anos ao serviço do {{lknb|Infante D.|Henrique}}, tendo conhecido um dos seus homens no Cabo de São Vicente. Ao serviço da coroa portuguesa explorou a costa ocidental da [[África]], sendo-lhe creditado o descobrimento de algumas das ilhas de [[Cabo Verde]] e a exploração da foz do [[rio Gâmbia]] e costa adjacente, incluindo o [[arquipélago dos Bijagós]]. Escreveu um relato das suas viagens de exploração e do seu amigo Pedro de Cintra, este relato foi escrito aproximadamente dez anos após sua segunda e última viagem.


== Biografia ==
== Biografia ==
Alvise Cadamosto nasceu por volta de 1432, no palácio de [[Ca' da Mosto]], uma grande residência burguesa situada nas margens do [[Canal Grande]] de Veneza, propriedade do seu pai, o mercador Giovanni da Mosto, e da qual tomou o nome. Seguindo a actividade da família, desde muito jovem que se dedicou ao comércio marítimo, participando em múltiplas viagens pelo [[Mediterrâneo]] e costa europeia do [[Atlântico]], visitando portos no norte de África, no sul da Europa, na [[Flandres]] e na [[Inglaterra]]. O trabalho com a navegação era comuns entre os jovens dessa época que buscavam prestígio e riquezas, além é claro que como narrado por Alvise Cadamosto, aventuras.
Alvise Cadamosto nasceu por volta de 1432, a origem familiar de Cadamosto é controversa, provinha de uma família nobre oriunda de Lodi que, desde a segunda metade do século XII, residia em Veneza. Rinaldo Caddeo, porém, refere que os Cadamosto eram originários de Oderza e que se encontravam na Sereníssima desde 925. Filho de Giovanni Da Mosto, que fora provedor da República em Verona em 1439, e de Giovanna di Matteo Quarini, Luís era irmão de Pietro e Antonio Cadamosto. A data do seu nascimento também levanta algumas questões. A sua relação de viagem conduz à data de 1432. Porém, Ugo Tucci considera essa data inviável, apontando o nascimento de Cadamosto para alguns anos antes, provavelmente 1429. O autor justifica essa inviabilidade com o facto de, em 1442, Cadamosto ser já agente comercial de Andrea Barbarigo. Ora, caso tivesse nascido em 1432, isso significava que ele teria iniciado a sua carreira mercantil aos dez anos, idade exageradamente precoce.


Cadamosto viu-se privado da sua herança familiar dada a condenação do pai ao exílio, na sequência de actividades ilícitas. Tal facto levou-o a aventurar-se no comércio internacional ainda muito jovem. Em 1445, teria feito a sua primeira viagem. Foi à Barbaria, em ligação comercial com a empresa de Andrea Barbagio. No ano seguinte, navegava até Creta. Em 1451, embarcou na esquadra comandada por Alvise Contariro que se dirigia para Alexandria. No regresso, partiu para a Flandres, de onde voltou em 1453.no palácio de [[Ca' da Mosto]], uma grande residência burguesa situada nas margens do [[Canal Grande]] de [[Veneza]], propriedade do seu pai, o mercador Giovanni da Mosto, e da qual tomou o nome. Seguindo a atividade da família, desde muito jovem que se dedicou ao comércio marítimo, participando em múltiplas viagens pelo [[Mediterrâneo]] e costa europeia do [[Atlântico]], visitando portos no norte de África, no sul da Europa, na [[Flandres]] e na [[Inglaterra]]. Em 1454, no decurso de uma destas viagens, foi obrigado por ventos fortes contrários a arribar à costa do [[Algarve]], onde os navios em que viajavam foram visitados por um emissário do [[Infante D. Henrique]], então em [[Sagres (Vila do Bispo)|Sagres]]. Tomando conhecimento de que a coroa portuguesa concedia licenças e apoiava a exploração da costa de África por navegadores estrangeiros, resolveu permanecer em Portugal e iniciar a sua própria carreira como explorador e mercador nas novas terras para sul.
Cadamosto viu-se privado da sua herança familiar dada a condenação do pai ao exílio, na sequência de actividades ilícitas. Tal facto levou-o a aventurar-se no comércio internacional ainda muito jovem. Em 1445, teria feito a sua primeira viagem. Foi à Barbaria, em ligação comercial com a empresa de Andrea Barbagio. No ano seguinte, navegava até Creta. Em 1451, embarcou na esquadra comandada por Alvise Contariro que se dirigia para Alexandria. No regresso, partiu para a Flandres, de onde voltou em 1453.


Em 1454, no decurso de uma destas viagens, foi obrigado por ventos fortes contrários a arribar à costa do [[Algarve]], onde os navios em que viajavam foram visitados por um emissário do [[Infante D. Henrique]], então em [[Sagres (Vila do Bispo)|Sagres]]. Tomando conhecimento de que a coroa portuguesa concedia licenças e apoiava a exploração da costa de África por navegadores estrangeiros, resolveu permanecer em Portugal e iniciar a sua própria carreira como explorador e mercador nas novas terras para sul.
A 22 de Março de 1455 partiu de [[Lisboa]] para a sua primeira expedição de exploração e comércio ao longo da costa atlântica da África. Nesta viagem visitou a [[ilha da Madeira]] e o [[arquipélago das Canárias]], partido depois para a costa africana, onde visitou a região da foz do [[rio Senegal]] e estabeleceu contactos pacíficos com os habitantes da região. A intenção da viagem era ultrapassar o [[Cabo Verde (cabo)|Cabo Verde]] e explorar a região da foz do [[rio Gâmbia]], encontrando em viagem outra expedição portuguesa, comandada por [[Antoniotto Usodimare]]. Conjuntamente percorreram a costa das imediações do Cabo Verde (hoje região de [[Dacar]]) até à foz do rio Gambia, que tentaram subir, mas foram obrigados a desistir porque as tripulações se recusaram a continuar viagem e forçaram o regresso.


Em 1456, novamente na companhia de Usodimare, retomou a sua intenção de explorar a região do rio Gambia, voltando àquela região. Nesta viagem descobriu algumas das ilhas do [[arquipélago de Cabo Verde]], sendo a sua expedição provavelmente o primeiro contacto europeu com aquelas ilhas.<ref>A maioria das fontes historiográficas atribui contudo a descoberta do arquipélago a uma expedição capitaneada por [[Antonio da Noli]] e [[Diogo Afonso]], em 1462.</ref> Os nomes atribuídos a algumas das ilhas, nomeadamente [[Ilha da Boa Vista|Boavista]] e [[Ilha de Santiago|Santiago]], parecem ter sido por ele atribuídos. Nesta viagem, a expedição capitaneada por Cadamosto atingiu a foz do Rio Grande e o [[arquipélago dos Bijagós]], tendo explorado novamente a foz do Gambia, rio que subiu até cerca de 100&nbsp;km da desembocadura, tendo de retirar dada a hostilidade dos povos ribeirinhos.Regressado a Portugal, terá permanecido em Lisboa, ocupado no comércio marítimo, até 1462, ano em que regressou a Veneza. Após a sua morte, foi publicada uma relação das suas viagens à costa de África, um relato escrito na década de 1460 e publicado em [[Milão]] nos anos de 1507 ou 1508, conjuntamente com a obra de [[Antonio Montalboddo Fracanzano]] intitulada ''Itinerarium Portugallensium e Lusitania in Indiam et Inde in Occidentem et Demum ad Aquilonem''.<ref>[http://www.reeseco.com/cat250/250b.htm no catálogo da colecção William Reese 250.]</ref> A obra foi reeditada pela [[Hakluyt Society]] em 1937.<ref>G. R. Crone (editor), ''The Voyages of Cadamosto'', Series II, Vol. LXXX, Hakluyt Society, Londres,1937.</ref>{{Referências}}
A 22 de Março de 1455 partiu de [[Lisboa]] para a sua primeira expedição de exploração e comércio ao longo da costa atlântica da África. Nesta viagem visitou a [[ilha da Madeira]] e o [[arquipélago das Canárias]], partido depois para a costa africana, onde visitou a região da foz do [[rio Senegal]] e estabeleceu contactos pacíficos com os habitantes da região. A intenção da viagem era ultrapassar o [[Cabo Verde (cabo)|Cabo Verde]] e explorar a região da foz do [[rio Gâmbia]], encontrando em viagem outra expedição portuguesa, comandada por [[Antoniotto Usodimare]]. Conjuntamente percorreram a costa das imediações do Cabo Verde (hoje região de [[Dacar]]) até à foz do rio Gâmbia, que tentaram subir, mas foram obrigados a desistir porque as tripulações se recusaram a continuar viagem e forçaram o regresso.
Em 1456, novamente na companhia de Usodimare, retomou a sua intenção de explorar a região do rio Gâmbia, voltando àquela região. Nesta viagem descobriu algumas das ilhas do [[arquipélago de Cabo Verde]], sendo a sua expedição provavelmente o primeiro contacto europeu com aquelas ilhas.<ref>A maioria das fontes historiográficas atribui contudo a descoberta do arquipélago a uma expedição capitaneada por [[Antonio da Noli]] e [[Diogo Afonso]], em 1462.</ref> Os nomes atribuídos a algumas das ilhas, nomeadamente [[Ilha da Boa Vista|Boavista]] e [[Ilha de Santiago|Santiago]], parecem ter sido por ele atribuídos. Nesta viagem, a expedição capitaneada por Cadamosto atingiu a foz do Rio Grande e o [[arquipélago dos Bijagós]], tendo explorado novamente a foz do Gâmbia, rio que subiu até cerca de 100&nbsp;km da desembocadura, tendo de retirar dada a hostilidade dos povos ribeirinhos.
Regressado a Portugal, terá permanecido em Lisboa, ocupado no comércio marítimo, até 1462, ano em que regressou a Veneza.
Após a sua morte, foi publicada uma relação das suas viagens à costa de África, um relato escrito na década de 1460 e publicado em [[Milão]] nos anos de 1507 ou 1508, conjuntamente com a obra de [[Antonio Montalboddo Fracanzano]] intitulada ''Itinerarium Portugallensium e Lusitania in Indiam et Inde in Occidentem et Demum ad Aquilonem''.<ref>{{Citar web |url=http://www.reeseco.com/cat250/250b.htm |titulo=no catálogo da colecção William Reese 250. |acessodata=2007-11-13 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20061016025429/http://www.reeseco.com/cat250/250b.htm |arquivodata=2006-10-16 |urlmorta=yes }}</ref> A obra foi reeditada pela [[Hakluyt Society]] em 1937.<ref>G. R. Crone (editor), ''The Voyages of Cadamosto'', Series II, Vol. LXXX, Hakluyt Society, Londres,1937.</ref>

A sua narrativa teve grande importância para a história marítima, servindo de orientação para aqueles que se adentraram nas navegações no período, serviu também como forma d aprender sobre as outras culturas, tendo o livro sido publicado e traduzido, circulando pela Europa do século XV e XVI, e na contemporaneidade como fonte histórica para se analisar como era a mentalidade da pequena nobreza da época e entender e descobrir como foram os primeiros contatos entre os povos europeus e os grupos africanos.

{{Referências}}


==Ligações externas==
==Ligações externas==
* {{link||2=http://www.instituto-camoes.pt/CVC/navegaport/g01.html|3=Biografia de A. Cadamosto}}
* {{link|en|2=http://en.citizendium.org/wiki/Alvise_Cadamosto|3=Alvise Cadamosto}} no ''[[Citizendium]]''
* {{link|en|2=http://en.citizendium.org/wiki/Alvise_Cadamosto|3=Alvise Cadamosto}} no ''[[Citizendium]]''
* {{link|en|2=http://www.nndb.com/people/689/000095404/|3=Alvise Cadamosto no NNDB}}
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Edição atual tal como às 12h54min de 15 de abril de 2024

 Nota: "Cadamosto" redireciona para este artigo. Para o palácio em Veneza, veja Ca' da Mosto.
Alvise Cadamosto
Nascimento 1432
Veneza
Morte 16 de julho de 1488
Veneza
Cidadania República de Veneza
Ocupação explorador

Alvise Cadamosto (Veneza, 1432 — Veneza, 18 de julho de 1488), também conhecido por Alvide da Ca' da Mosto e na literatura lusófona por Luís Cadamosto ou Luiz Cadamosto, foi um navegador veneziano e explorador que esteve durante alguns anos ao serviço do Infante D. Henrique, tendo conhecido um dos seus homens no Cabo de São Vicente. Ao serviço da coroa portuguesa explorou a costa ocidental da África, sendo-lhe creditado o descobrimento de algumas das ilhas de Cabo Verde e a exploração da foz do rio Gâmbia e costa adjacente, incluindo o arquipélago dos Bijagós. Escreveu um relato das suas viagens de exploração e do seu amigo Pedro de Cintra, este relato foi escrito aproximadamente dez anos após sua segunda e última viagem.

Alvise Cadamosto nasceu por volta de 1432, no palácio de Ca' da Mosto, uma grande residência burguesa situada nas margens do Canal Grande de Veneza, propriedade do seu pai, o mercador Giovanni da Mosto, e da qual tomou o nome. Seguindo a actividade da família, desde muito jovem que se dedicou ao comércio marítimo, participando em múltiplas viagens pelo Mediterrâneo e costa europeia do Atlântico, visitando portos no norte de África, no sul da Europa, na Flandres e na Inglaterra. O trabalho com a navegação era comuns entre os jovens dessa época que buscavam prestígio e riquezas, além é claro que como narrado por Alvise Cadamosto, aventuras.

Cadamosto viu-se privado da sua herança familiar dada a condenação do pai ao exílio, na sequência de actividades ilícitas. Tal facto levou-o a aventurar-se no comércio internacional ainda muito jovem. Em 1445, teria feito a sua primeira viagem. Foi à Barbaria, em ligação comercial com a empresa de Andrea Barbagio. No ano seguinte, navegava até Creta. Em 1451, embarcou na esquadra comandada por Alvise Contariro que se dirigia para Alexandria. No regresso, partiu para a Flandres, de onde voltou em 1453.

Em 1454, no decurso de uma destas viagens, foi obrigado por ventos fortes contrários a arribar à costa do Algarve, onde os navios em que viajavam foram visitados por um emissário do Infante D. Henrique, então em Sagres. Tomando conhecimento de que a coroa portuguesa concedia licenças e apoiava a exploração da costa de África por navegadores estrangeiros, resolveu permanecer em Portugal e iniciar a sua própria carreira como explorador e mercador nas novas terras para sul.

A 22 de Março de 1455 partiu de Lisboa para a sua primeira expedição de exploração e comércio ao longo da costa atlântica da África. Nesta viagem visitou a ilha da Madeira e o arquipélago das Canárias, partido depois para a costa africana, onde visitou a região da foz do rio Senegal e estabeleceu contactos pacíficos com os habitantes da região. A intenção da viagem era ultrapassar o Cabo Verde e explorar a região da foz do rio Gâmbia, encontrando em viagem outra expedição portuguesa, comandada por Antoniotto Usodimare. Conjuntamente percorreram a costa das imediações do Cabo Verde (hoje região de Dacar) até à foz do rio Gâmbia, que tentaram subir, mas foram obrigados a desistir porque as tripulações se recusaram a continuar viagem e forçaram o regresso.

Em 1456, novamente na companhia de Usodimare, retomou a sua intenção de explorar a região do rio Gâmbia, voltando àquela região. Nesta viagem descobriu algumas das ilhas do arquipélago de Cabo Verde, sendo a sua expedição provavelmente o primeiro contacto europeu com aquelas ilhas.[1] Os nomes atribuídos a algumas das ilhas, nomeadamente Boavista e Santiago, parecem ter sido por ele atribuídos. Nesta viagem, a expedição capitaneada por Cadamosto atingiu a foz do Rio Grande e o arquipélago dos Bijagós, tendo explorado novamente a foz do Gâmbia, rio que subiu até cerca de 100 km da desembocadura, tendo de retirar dada a hostilidade dos povos ribeirinhos.

Regressado a Portugal, terá permanecido em Lisboa, ocupado no comércio marítimo, até 1462, ano em que regressou a Veneza.

Após a sua morte, foi publicada uma relação das suas viagens à costa de África, um relato escrito na década de 1460 e publicado em Milão nos anos de 1507 ou 1508, conjuntamente com a obra de Antonio Montalboddo Fracanzano intitulada Itinerarium Portugallensium e Lusitania in Indiam et Inde in Occidentem et Demum ad Aquilonem.[2] A obra foi reeditada pela Hakluyt Society em 1937.[3]

A sua narrativa teve grande importância para a história marítima, servindo de orientação para aqueles que se adentraram nas navegações no período, serviu também como forma d aprender sobre as outras culturas, tendo o livro sido publicado e traduzido, circulando pela Europa do século XV e XVI, e na contemporaneidade como fonte histórica para se analisar como era a mentalidade da pequena nobreza da época e entender e descobrir como foram os primeiros contatos entre os povos europeus e os grupos africanos.

Referências

  1. A maioria das fontes historiográficas atribui contudo a descoberta do arquipélago a uma expedição capitaneada por Antonio da Noli e Diogo Afonso, em 1462.
  2. «no catálogo da colecção William Reese 250.». Consultado em 13 de novembro de 2007. Arquivado do original em 16 de outubro de 2006 
  3. G. R. Crone (editor), The Voyages of Cadamosto, Series II, Vol. LXXX, Hakluyt Society, Londres,1937.

Ligações externas

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