Saltar para o conteúdo

Usuário(a):Michelmichelon/Testes: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 106: Linha 106:
=== Teorema do intercâmbio de limites ===
=== Teorema do intercâmbio de limites ===


Seja <math>f:A\times B\rightarrow M</math> uma função em um espaço métrico
Seja <math>
completo, onde <math>A</math> e <math>B</math> são subconjuntos dos espaços métricos <math>
f:A\times B\rightarrow M<math> uma fun\c{c}\~{a}o em um espa\c{c}o m\'{e}trico
completo, onde <math>A<math> e <math>B<math> s\~{a}o subconjuntos dos espa\c{c}os m\'{e}tricos <math>
M_{1}</math> e <math>M_{2}</math>, respectivamente, e seja <math>a\in A^{\prime }\backslash A,b\in
M_{1}<math> e <math>M_{2}<math>, respectivamente, e seja <math>a\in A^{\prime }\backslash A,b\in
B^{\prime }\backslash B</math>. Se
B^{\prime }\backslash B<math>. Se


(i) <math>\exists \underset{x\rightarrow a}{\lim }f(x,y)=\psi (y)<math>,<math>\forall y\in
(i) <math>\exists \underset{x\rightarrow a}{\lim }f(x,y)=g(y)</math>,<math>\forall y\in
B <math>
B </math>


(ii) <math>\exists \underset{y\rightarrow b}{\lim }f(x,y)=\varphi (x)<math>
(ii) <math>\exists \underset{y\rightarrow b}{\lim }f(x,y)=h(x)</math>
uniformemente em <math>x\in A<math>
uniformemente em <math>x\in A</math>


ent\~{a}o os tr\^{e}s limites <math>\underset{x\rightarrow a}{\lim }\underset{
então os três limites <math>\underset{x\rightarrow a}{\lim }\underset{
y\rightarrow b}{\lim }f(x,y),<math> <math>\underset{y\rightarrow b}{\lim }\underset{
y\rightarrow b}{\lim }f(x,y),</math> <math>\underset{y\rightarrow b}{\lim }\underset{
x\rightarrow a}{\lim }f(x,y),\underset{(a,b)}{\lim }f(x,y)<math> existem e s\~{a}
x\rightarrow a}{\lim }f(x,y),\underset{(a,b)}{\lim }f(x,y)</math> existem e são
o iguais.
iguais.


DEM
DEM


Seja <math>\varepsilon >0<math> arbitr\'{a}rio.
Seja <math>\varepsilon >0</math> arbitr\'{a}rio.


De (ii) temos, pela defini\c{c}\~{a}o
De (ii) temos, pela defini\c{c}\~{a}o


(1) <math>\exists \delta >0,\forall y\in B:0<d_{2}(y,b)<\delta \Rightarrow
(1) <math>\exists \delta >0,\forall y\in B:0<d_{2}(y,b)<\delta \Rightarrow
\forall x\in A:d(f(x,y),\varphi (x))<\frac{\varepsilon }{6}.<math>
\forall x\in A:d(f(x,y),\varphi (x))<\frac{\varepsilon }{6}.</math>


Seja <math>y^{\ast }\in B_{\delta }(b)\backslash \{b\}<math>, usando (i), segue
Seja <math>y^{\ast }\in B_{\delta }(b)\backslash \{b\}</math>, usando (i), segue


(2) <math>\exists \delta ^{\ast }>0,\forall x\in A:0<d_{1}(x,a)<\delta ^{\ast
(2) <math>\exists \delta ^{\ast }>0,\forall x\in A:0<d_{1}(x,a)<\delta ^{\ast
}\Rightarrow d(f(x,y^{\ast }),\psi (y^{\ast }))<\frac{\varepsilon }{6}.<math>
}\Rightarrow d(f(x,y^{\ast }),\psi (y^{\ast }))<\frac{\varepsilon }{6}.</math>


Seja a vizinhan\c{c}a do ponto <math>(a,b)<math> dada na forma
Seja a vizinhan\c{c}a do ponto <math>(a,b)</math> dada na forma


<math>V=B_{\delta ^{\ast }}(a)\times B_{\delta }(b)<math> e sejam os pontos <math>
<math>V=B_{\delta ^{\ast }}(a)\times B_{\delta }(b)</math> e sejam os pontos <math>
(x_{1},y_{1}),(x_{2},y_{2})\in V\backslash \{(a,b)\}.<math>
(x_{1},y_{1}),(x_{2},y_{2})\in V\backslash \{(a,b)\}.</math>


Da desigualdade triangular segue
Da desigualdade triangular segue


\begin{center}
<math>d(f(x_{1},y_{1}),f(x_{2},y_{2}))\leq d(f(x_{1},y_{1}),\varphi
<math>d(f(x_{1},y_{1}),f(x_{2},y_{2}))\leq d(f(x_{1},y_{1}),\varphi
(x_{1}))+d(\varphi (x_{1}),f(x_{1},y^{\ast }))+<math>
(x_{1}))+d(\varphi (x_{1}),f(x_{1},y^{\ast }))+</math>


\bigskip <math>d(f(x_{1},y^{\ast }),\psi (y^{\ast }))+d(\psi (y^{\ast
<math>d(f(x_{1},y^{\ast }),\psi (y^{\ast }))+d(\psi (y^{\ast
}),f(x_{2},y^{\ast }))+d(f(x_{2},y^{\ast }),\varphi (x_{2}))+d(\varphi
}),f(x_{2},y^{\ast }))+d(f(x_{2},y^{\ast }),\varphi (x_{2}))+d(\varphi
(x_{2}),f(x_{2},y_{2}))<math>
(x_{2}),f(x_{2},y_{2}))</math>

\end{center}


Por (1) e (2), cada termo do lado direito da desigualdade s\~{a}o menores
Por (1) e (2), cada termo do lado direito da desigualdade s\~{a}o menores
que <math>\frac{\varepsilon }{6}.<math>
que <math>\frac{\varepsilon }{6}.</math>


Decorre disso que
Decorre disso que


<math>\forall (x_{1},y_{1})\in A\times B,\forall (x_{2},y_{2})\in A\times B:</math> <math>
\begin{center}
<math>\forall (x_{1},y_{1})\in A\times B,\forall (x_{2},y_{2})\in A\times B:<math> <math>
(x_{1},y_{1}),(x_{2},y_{2})\in V\backslash \{(a,b)\}\Rightarrow
(x_{1},y_{1}),(x_{2},y_{2})\in V\backslash \{(a,b)\}\Rightarrow
d(f(x_{1},y_{1}),f(x_{2},y_{2}))<\varepsilon .<math>
d(f(x_{1},y_{1}),f(x_{2},y_{2}))<\varepsilon .</math>
\end{center}



Assim, a fun\c{c}\~{a}o satisfaz o crit\'{e}rio de Cauchy no ponto <math>(a,b)<math>
e, como <math>M<math> \'{e} um espa\c{c}o m\'{e}trico completo, ent\~{a}o existe <math>
Assim, a fun\c{c}\~{a}o satisfaz o crit\'{e}rio de Cauchy no ponto <math>(a,b)</math>
e, como <math>M</math> \'{e} um espa\c{c}o m\'{e}trico completo, ent\~{a}o existe <math>
\underset{(a,b)}{\lim }f(x,y)=\alpha <math>.
\underset{(a,b)}{\lim }f(x,y)=\alpha </math>.


Segue da Proposi\c{c}\~{a}o com (i) que
Segue da Proposi\c{c}\~{a}o com (i) que



\begin{center}
<math>\underset{y\rightarrow b}{\lim }\psi (y)=\alpha =\underset{y\rightarrow b}{
<math>\underset{y\rightarrow b}{\lim }\psi (y)=\alpha =\underset{y\rightarrow b}{
\lim }(\underset{x\rightarrow a}{\lim }f(x,y))<math>
\lim }(\underset{x\rightarrow a}{\lim }f(x,y))</math>

\end{center}


e com (ii) que
e com (ii) que



\begin{center}
<math>\underset{x\rightarrow a}{\lim }\varphi (x)=\alpha =\underset{x\rightarrow a
<math>\underset{x\rightarrow a}{\lim }\varphi (x)=\alpha =\underset{x\rightarrow a
}{\lim }(\underset{y\rightarrow b}{\lim }f(x,y))<math> .
}{\lim }(\underset{y\rightarrow b}{\lim }f(x,y))</math> .

\end{center}





Revisão das 22h17min de 14 de dezembro de 2014

LIMITES ITERADOS

Em cálculo com múltiplas variáveis, os Limites Iterados são apresentados como expressões na forma .

Temos, assim, uma expressão cujo valor depende de, ao menos, duas variáveis. Tomando o limite em relação a uma dessas variáveis, ou seja, tomando , nos aproximamos de uma expressão cujo valor depende apenas da outra e, então, tomando o limite em relação a essa outra variável, , nos aproximamos de um número, que representa um dos limites iterados para essas variáveis. O outro limite iterado é dado por .

Essa definição difere da expressão , que não é um limite iterado, mas sim um Limite Duplo. Nesse caso, o significado da expressão é que o limite da função de mais de uma variável se aproxima tanto de um determinado número L tanto quanto aproximamos do ponto . Ou seja, não envolve tomar um limite e, então, o outro, mas sim analisar o comportamento da função em torno do ponto desejado por vários caminhos.

Deve-se considerar que, em geral, os três limites acima (os dois iterados e o duplo) não levam a resultados comuns, ou seja, em geral

.

Exemplos e condições nos quais as trocas de ordem dos operadores de limite são aceitas serão analisados nas seções seguintes.

Definição formal

Suponha , onde é um espaço métrico completo e, ainda e , onde e são os conjuntos de pontos de acumulação de e , respectivamente. Sejam, então, e , chamamos de limites iterados as expressões e . Chamamos, ainda, de limite duplo a expressão

Exemplos

Acima atentamos para o fato de que os limites iterados e duplo nem sempre tem resultados iguais. Aliás, pode-se adicionar o fato de que os limites iterados nem sempre existem. Abaixo seguem alguns exemplos de funções e o cálculo dos limites iterados relacionados a essas funções.

Sejam as funções abaixo definidas de forma que, ,

(1)

Temos e , de onde segue

e , ou seja

.

.

(2)

, de onde .

Mas, e, portanto, .

.

(3) ,

Temos , mas .

Deve-se atentar ao fato de que os limites iterados nem sempre são iguais e, mesmo que sejam, isso não é condição suficiente para garantir que o limite duplo também o seja. Tomemos o seguinte exemplo,

(4) [1]

Oras, , logo

Mas o limite duplo em torno do caminho é dado por,

Troca da ordem dos operadores de limite

Já vimos que a operação de limites não é comutativa. Existem, contato, algumas condições que permitem a troca de operadores de limites.[2]

Proposição

Seja uma função de um subconjunto em e , onde são espaços métricos. Se

(i)

(ii) para cada

então .

DEMONSTRAÇÃO

Como , então, da definição,

, .

Usando o fato de que e a continuidade da função norma, então .

Segue que , de modo que .

Teorema do intercâmbio de limites

Seja uma função em um espaço métrico completo, onde e são subconjuntos dos espaços métricos e , respectivamente, e seja . Se

(i) ,

(ii) uniformemente em

então os três limites existem e são iguais.

DEM

Seja arbitr\'{a}rio.

De (ii) temos, pela defini\c{c}\~{a}o

(1)

Seja , usando (i), segue

(2)

Seja a vizinhan\c{c}a do ponto dada na forma

e sejam os pontos

Da desigualdade triangular segue


Por (1) e (2), cada termo do lado direito da desigualdade s\~{a}o menores que

Decorre disso que


Assim, a fun\c{c}\~{a}o satisfaz o crit\'{e}rio de Cauchy no ponto e, como \'{e} um espa\c{c}o m\'{e}trico completo, ent\~{a}o existe .

Segue da Proposi\c{c}\~{a}o com (i) que



e com (ii) que


.


DEMONSTRAÇÃO
dssdsdds|}

Referências

  1. Stewart, James (2008). «Capítulo 15.2 Limites e Continuidade». Cálculo Multivariável 6ª ed. [S.l.: s.n.] ISBN 0495011630 
  2. Zoran Kadelburg; Milosav M. Marjanovi´ (2005). «Interchanging Two Limits» (PDF). THE TEACHING OF MATHEMATICS. VIII: 15-29. Consultado em 14 de dezembro de 2014 


SÉRIES DUPLAS

sddds