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Linha 106: |
Linha 106: |
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=== Teorema do intercâmbio de limites === |
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=== Teorema do intercâmbio de limites === |
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⚫ |
Seja <math>f:A\times B\rightarrow M< /math> uma função em um espaço métrico |
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Seja <math> |
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completo, onde <math>A</math> e <math>B</math> são subconjuntos dos espaços métricos <math> |
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f:A\times B\rightarrow M<math> uma fun\c{c}\~{a}o em um espa\c{c}o m\'{e}trico |
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completo, onde <math>A<math> e <math>B<math> s\~{a}o subconjuntos dos espa\c{c}os m\'{e}tricos <math>
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M_{1}</math> e <math>M_{2}</math>, respectivamente, e seja <math>a\in A^{\prime }\backslash A,b\in |
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M_{1}<math> e <math>M_{2}<math>, respectivamente, e seja <math>a\in A^{\prime }\backslash A,b\in
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B^{\prime }\backslash B</math>. Se |
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B^{\prime }\backslash B<math>. Se |
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(i) <math>\exists \underset{x\rightarrow a}{\lim }f(x,y)=\psi (y)<math>,<math>\forall y\in |
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(i) <math>\exists \underset{x\rightarrow a}{\lim }f(x,y)=g(y)</math>,<math>\forall y\in |
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B <math> |
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B </math> |
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(ii) <math>\exists \underset{y\rightarrow b}{\lim }f(x,y)=\varphi (x)<math> |
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(ii) <math>\exists \underset{y\rightarrow b}{\lim }f(x,y)=h(x)</math> |
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uniformemente em <math>x\in A<math> |
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uniformemente em <math>x\in A</math> |
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ent\~{a}o os tr\^{e}s limites <math>\underset{x\rightarrow a}{\lim }\underset{
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então os três limites <math>\underset{x\rightarrow a}{\lim }\underset{ |
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y\rightarrow b}{\lim }f(x,y),<math> <math>\underset{y\rightarrow b}{\lim }\underset{ |
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y\rightarrow b}{\lim }f(x,y),</math> <math>\underset{y\rightarrow b}{\lim }\underset{ |
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x\rightarrow a}{\lim }f(x,y),\underset{(a,b)}{\lim }f(x,y)<math> existem e s\~{a} |
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x\rightarrow a}{\lim }f(x,y),\underset{(a,b)}{\lim }f(x,y)</math> existem e são |
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o iguais.
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iguais. |
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DEM |
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DEM |
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Seja <math>\varepsilon >0<math> arbitr\'{a}rio. |
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Seja <math>\varepsilon >0</math> arbitr\'{a}rio. |
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De (ii) temos, pela defini\c{c}\~{a}o |
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De (ii) temos, pela defini\c{c}\~{a}o |
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(1) <math>\exists \delta >0,\forall y\in B:0<d_{2}(y,b)<\delta \Rightarrow |
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(1) <math>\exists \delta >0,\forall y\in B:0<d_{2}(y,b)<\delta \Rightarrow |
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\forall x\in A:d(f(x,y),\varphi (x))<\frac{\varepsilon }{6}.<math> |
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\forall x\in A:d(f(x,y),\varphi (x))<\frac{\varepsilon }{6}.</math> |
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Seja <math>y^{\ast }\in B_{\delta }(b)\backslash \{b\}<math>, usando (i), segue |
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Seja <math>y^{\ast }\in B_{\delta }(b)\backslash \{b\}</math>, usando (i), segue |
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(2) <math>\exists \delta ^{\ast }>0,\forall x\in A:0<d_{1}(x,a)<\delta ^{\ast |
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(2) <math>\exists \delta ^{\ast }>0,\forall x\in A:0<d_{1}(x,a)<\delta ^{\ast |
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}\Rightarrow d(f(x,y^{\ast }),\psi (y^{\ast }))<\frac{\varepsilon }{6}.<math> |
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}\Rightarrow d(f(x,y^{\ast }),\psi (y^{\ast }))<\frac{\varepsilon }{6}.</math> |
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Seja a vizinhan\c{c}a do ponto <math>(a,b)<math> dada na forma |
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Seja a vizinhan\c{c}a do ponto <math>(a,b)</math> dada na forma |
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<math>V=B_{\delta ^{\ast }}(a)\times B_{\delta }(b)<math> e sejam os pontos <math> |
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<math>V=B_{\delta ^{\ast }}(a)\times B_{\delta }(b)</math> e sejam os pontos <math> |
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(x_{1},y_{1}),(x_{2},y_{2})\in V\backslash \{(a,b)\}.<math> |
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(x_{1},y_{1}),(x_{2},y_{2})\in V\backslash \{(a,b)\}.</math> |
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Da desigualdade triangular segue |
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Da desigualdade triangular segue |
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\begin{center} |
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<math>d(f(x_{1},y_{1}),f(x_{2},y_{2}))\leq d(f(x_{1},y_{1}),\varphi |
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<math>d(f(x_{1},y_{1}),f(x_{2},y_{2}))\leq d(f(x_{1},y_{1}),\varphi |
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(x_{1}))+d(\varphi (x_{1}),f(x_{1},y^{\ast }))+<math> |
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(x_{1}))+d(\varphi (x_{1}),f(x_{1},y^{\ast }))+</math> |
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\bigskip <math>d(f(x_{1},y^{\ast }),\psi (y^{\ast }))+d(\psi (y^{\ast
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<math>d(f(x_{1},y^{\ast }),\psi (y^{\ast }))+d(\psi (y^{\ast |
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}),f(x_{2},y^{\ast }))+d(f(x_{2},y^{\ast }),\varphi (x_{2}))+d(\varphi |
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}),f(x_{2},y^{\ast }))+d(f(x_{2},y^{\ast }),\varphi (x_{2}))+d(\varphi |
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(x_{2}),f(x_{2},y_{2}))<math> |
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(x_{2}),f(x_{2},y_{2}))</math> |
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\end{center} |
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Por (1) e (2), cada termo do lado direito da desigualdade s\~{a}o menores |
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Por (1) e (2), cada termo do lado direito da desigualdade s\~{a}o menores |
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que <math>\frac{\varepsilon }{6}.<math> |
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que <math>\frac{\varepsilon }{6}.</math> |
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Decorre disso que |
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Decorre disso que |
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<math>\forall (x_{1},y_{1})\in A\times B,\forall (x_{2},y_{2})\in A\times B:< /math> <math> |
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\begin{center} |
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⚫ |
<math>\forall (x_{1},y_{1})\in A\times B,\forall (x_{2},y_{2})\in A\times B:<math> <math> |
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(x_{1},y_{1}),(x_{2},y_{2})\in V\backslash \{(a,b)\}\Rightarrow |
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(x_{1},y_{1}),(x_{2},y_{2})\in V\backslash \{(a,b)\}\Rightarrow |
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d(f(x_{1},y_{1}),f(x_{2},y_{2}))<\varepsilon .<math> |
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d(f(x_{1},y_{1}),f(x_{2},y_{2}))<\varepsilon .</math> |
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\end{center} |
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Assim, a fun\c{c}\~{a}o satisfaz o crit\'{e}rio de Cauchy no ponto <math>(a,b)<math> |
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e, como <math>M<math> \'{e} um espa\c{c}o m\'{e}trico completo, ent\~{a}o existe <math>
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Assim, a fun\c{c}\~{a}o satisfaz o crit\'{e}rio de Cauchy no ponto <math>(a,b)</math> |
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e, como <math>M</math> \'{e} um espa\c{c}o m\'{e}trico completo, ent\~{a}o existe <math> |
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\underset{(a,b)}{\lim }f(x,y)=\alpha <math>. |
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\underset{(a,b)}{\lim }f(x,y)=\alpha </math>. |
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Segue da Proposi\c{c}\~{a}o com (i) que |
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Segue da Proposi\c{c}\~{a}o com (i) que |
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\begin{center} |
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<math>\underset{y\rightarrow b}{\lim }\psi (y)=\alpha =\underset{y\rightarrow b}{ |
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<math>\underset{y\rightarrow b}{\lim }\psi (y)=\alpha =\underset{y\rightarrow b}{ |
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\lim }(\underset{x\rightarrow a}{\lim }f(x,y))<math> |
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\lim }(\underset{x\rightarrow a}{\lim }f(x,y))</math> |
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\end{center} |
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e com (ii) que |
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e com (ii) que |
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\begin{center} |
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<math>\underset{x\rightarrow a}{\lim }\varphi (x)=\alpha =\underset{x\rightarrow a |
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<math>\underset{x\rightarrow a}{\lim }\varphi (x)=\alpha =\underset{x\rightarrow a |
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}{\lim }(\underset{y\rightarrow b}{\lim }f(x,y))<math> . |
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}{\lim }(\underset{y\rightarrow b}{\lim }f(x,y))</math> . |
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\end{center} |
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LIMITES ITERADOS
Em cálculo com múltiplas variáveis, os Limites Iterados são apresentados como expressões na forma
.
Temos, assim, uma expressão cujo valor depende de, ao menos, duas variáveis. Tomando o limite em relação a uma dessas variáveis, ou seja, tomando
, nos aproximamos de uma expressão cujo valor depende apenas da outra e, então, tomando o limite em relação a essa outra variável,
, nos aproximamos de um número, que representa um dos limites iterados para essas variáveis. O outro limite iterado é dado por
.
Essa definição difere da expressão
, que não é um limite iterado, mas sim um Limite Duplo. Nesse caso, o significado da expressão é que o limite da função de mais de uma variável
se aproxima tanto de um determinado número L tanto quanto aproximamos
do ponto
. Ou seja, não envolve tomar um limite e, então, o outro, mas sim analisar o comportamento da função em torno do ponto desejado por vários caminhos.
Deve-se considerar que, em geral, os três limites acima (os dois iterados e o duplo) não levam a resultados comuns, ou seja, em geral
.
Exemplos e condições nos quais as trocas de ordem dos operadores de limite são aceitas serão analisados nas seções seguintes.
Suponha
, onde
é um espaço métrico completo e, ainda
e
, onde
e
são os conjuntos de pontos de acumulação de
e
, respectivamente. Sejam, então,
e
, chamamos de limites iterados as expressões
e
. Chamamos, ainda, de limite duplo a expressão
Exemplos
Acima atentamos para o fato de que os limites iterados e duplo nem sempre tem resultados iguais. Aliás, pode-se adicionar o fato de que os limites iterados nem sempre existem. Abaixo seguem alguns exemplos de funções e o cálculo dos limites iterados relacionados a essas funções.
Sejam as funções abaixo definidas de forma que,
,
(1)
Temos
e
, de onde segue
e
, ou seja
.
.
(2)
, de onde
.
Mas,
e, portanto,
.
.
(3)
,
Temos
, mas
.
Deve-se atentar ao fato de que os limites iterados nem sempre são iguais e, mesmo que sejam, isso não é condição suficiente para garantir que o limite duplo também o seja. Tomemos o seguinte exemplo,
(4)
[1]
Oras,
, logo
Mas o limite duplo em torno do caminho
é dado por,
![{\displaystyle \lim _{{\Big (}(x,y)\to (0,0)\,:\,y=x{\Big )}}{\frac {xy}{x^{2}+y^{2}}}=\lim _{x\to 0}{\frac {x^{2}}{x^{2}+x^{2}}}={\frac {1}{2}}.}](https://wikimedia.org/api/rest_v1/media/math/render/svg/32d6222b75e628415734538a69c3d876d3ecd10e)
Troca da ordem dos operadores de limite
Já vimos que a operação de limites não é comutativa. Existem, contato, algumas condições que permitem a troca de operadores de limites.[2]
Proposição
Seja
uma função de um subconjunto
em
e
, onde
são espaços métricos. Se
(i)
(ii) para cada
então
.
DEMONSTRAÇÃO
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Como , então, da definição,
, .
Usando o fato de que e a continuidade da função norma, então .
Segue que , de modo que .
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Teorema do intercâmbio de limites
Seja
uma função em um espaço métrico
completo, onde
e
são subconjuntos dos espaços métricos
e
, respectivamente, e seja
. Se
(i)
,
(ii)
uniformemente em
então os três limites
existem e são
iguais.
DEM
Seja
arbitr\'{a}rio.
De (ii) temos, pela defini\c{c}\~{a}o
(1)
Seja
, usando (i), segue
(2)
Seja a vizinhan\c{c}a do ponto
dada na forma
e sejam os pontos
Da desigualdade triangular segue
Por (1) e (2), cada termo do lado direito da desigualdade s\~{a}o menores
que
Decorre disso que
Assim, a fun\c{c}\~{a}o satisfaz o crit\'{e}rio de Cauchy no ponto
e, como
\'{e} um espa\c{c}o m\'{e}trico completo, ent\~{a}o existe
.
Segue da Proposi\c{c}\~{a}o com (i) que
e com (ii) que
.
DEMONSTRAÇÃO
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dssdsdds|}
Referências
- ↑ Stewart, James (2008). «Capítulo 15.2 Limites e Continuidade». Cálculo Multivariável 6ª ed. [S.l.: s.n.] ISBN 0495011630
- ↑ Zoran Kadelburg; Milosav M. Marjanovi´ (2005). «Interchanging Two Limits» (PDF). THE TEACHING OF MATHEMATICS. VIII: 15-29. Consultado em 14 de dezembro de 2014
SÉRIES DUPLAS
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