Saltar para o conteúdo

Mohamed Morsi: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m 3 de julho de 2013 golpe  Artigos detalhados: demonstrações 30 de junho de 2013 no Egito 2013 golpe no Egito  Um demonstrador usando a imagem do Presidente Morsi em uma demonstração levantando seu quarto slogan. Manifestações em massa irromperam exigindo sua partida.No dia seguinte, as forças armadas emitiram uma declaração que as forças da oposição consideraram um aviso para Mursi renunciar, em violação da intervenção do exército na política. A Presidência divulgou um comunicado na mad
Etiquetas: Possível resumo indevido Remoção considerável de conteúdo Editor Visual Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel
m Foram revertidas as edições de Yehya ahmed Abdelaziz Yehya ahmed para a última revisão de Cassio Sabacão, de 18h49min de 17 de junho de 2019 (UTC)
Etiqueta: Reversão
Linha 51: Linha 51:
Entre [[30 de abril]] de [[2011]] e [[junho]] de [[2012]] foi presidente do [[Partido da Liberdade e da Justiça]], partido político fundado pela [[Irmandade Muçulmana]] após a [[Revolução Egípcia de 2011]].<ref>{{citar web|url=http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2551047&seccao=M%C3%A9dio%20Oriente|título=O islamita e o ex-Mubarak na 2.ª volta das presidenciais|publicado=Diário de Notícias (DN Online)|data=28/05/2012|acessodata=14 de junho de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140408214848/http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2551047&seccao=M%C3%A9dio%20Oriente|arquivodata=2014-04-08|urlmorta=yes}}</ref>
Entre [[30 de abril]] de [[2011]] e [[junho]] de [[2012]] foi presidente do [[Partido da Liberdade e da Justiça]], partido político fundado pela [[Irmandade Muçulmana]] após a [[Revolução Egípcia de 2011]].<ref>{{citar web|url=http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2551047&seccao=M%C3%A9dio%20Oriente|título=O islamita e o ex-Mubarak na 2.ª volta das presidenciais|publicado=Diário de Notícias (DN Online)|data=28/05/2012|acessodata=14 de junho de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140408214848/http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2551047&seccao=M%C3%A9dio%20Oriente|arquivodata=2014-04-08|urlmorta=yes}}</ref>


Foi o primeiro presidente civil e primeiro ativista [[Islão|islâmico]] eleito democraticamente em seu país.<ref>[http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2628123&seccao=M%E9dio%20Oriente Egito tem o seu primeiro presidente islamita]{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }} DN Online, 24 de Junho 2012</ref> Depois de pouco mais de um ano no poder, foi [[Golpe de Estado no Egito em 2013|deposto por um golpe militar]].<ref name="OPERA-MUNDI/03-JUL-2013">[http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/29784/exercito+egipcio+anuncia+deposicao+de+mursi+e+criacao+de+governo+interino.shtml Exército egípcio anuncia deposição de Mursi e criação de governo interino] - Opera Mundi, 03 de julho de 2013</ref><ref name="OESP/03-JUL-2013">[http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,dois-anos-apos-primavera-arabe-golpe-militar-derruba-morsi-no-egito,1049805,0.htm Dois anos após Primavera Árabe, golpe militar derruba Morsi no Egito] - O Estado de S. Paulo, 03 de julho de 2013</ref><ref name="O-PUBLICO/03-JUL-2013">[http://www.publico.pt/mundo/noticia/tanques-militares-posicionamse-no-cairo-o-golpe-ja-comecou-1599169 Golpe militar no Egipto: Morsi deposto e Constituição suspensa] - O Público, 03 de julho de 2013</ref>
Anunciou sua vitória em 24 de junho de 2012 por 51,73% dos eleitores participantes [5] começou seu mandato com o anúncio de sua vitória eleitoral em 24 de junho de 2012 e tomou posse em 30 de junho de 2012 após sua tomada de posse. [6] [7] [8] Até que foi isolado no golpe de 2013 no Egito, que veio após as demonstrações de 30 de junho do mesmo ano. [9] [10] [11] Ele permaneceu em detenção desde seu isolamento até sua morte em 17 de junho de 2019. Depois de várias acusações, incluindo contatos com partidos estrangeiros e divulgação de segredos de segurança nacional durante sua presidência. [12] [13]


Em 21 de abril de 2015, Mohamed Morsi foi condenado a 20 anos de prisão por estar implicado na detenção e tortura de manifestantes durante o mandato.<ref>{{citar web|URL=http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=4522880|título=Mohamed Morsi condenado a 20 anos de prisão|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>
Ele assumiu a presidência do Partido da Liberdade e Justiça após sua fundação, depois de ser membro do Departamento de Orientação da Irmandade Muçulmana. [14] Ele é engenheiro mecânico e professor universitário e possui doutorado em engenharia de materiais.


Em 17 de junho de 2019, a televisão estatal egípcia anunciou que Morsi havia desmaiado durante uma audiência em acusações de espionagem e mais tarde morreu, supostamente de um ataque cardíaco.<ref name=TJP>{{citar web|título=Former Egyptian president Morsi dies during court hearing|publicado=The Jerusalem Post|data=17 de junho de 2019|url=https://www.jpost.com/Breaking-News/Former-Egyptian-president-Morsi-dies-during-court-hearing-592829|acessodata=17 de junho de 2019}}</ref><ref name=BBCNews>{{citar jornal|título=Egypt's ousted president Mohammed Morsi dies in court|url=https://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-48668941|publicado=[[BBC News]]|data=17 de junho de 2019|acessodata=17 de junho de 2019}}</ref><ref name=AlJazeera>{{citar web|título=Egypt's former president Mohamed Morsi dies: state media|publicado=Al Jazeera|data=17 de junho de 2019|url=https://www.aljazeera.com/news/2019/06/egypt-president-mohamed-morsi-dies-state-media-190617155322012.html|acessodata=17 de junho de 2019}}</ref>
Mohamed Morsi morreu enquanto participava de uma sessão de julgamento no Tribunal Criminal do Cairo em 17 de junho de 2019. A televisão estatal relatou um desmaio, ele morreu e foi levado para o hospital. [15]


== Vida pessoal e profissional ==
== Vida pessoal e profissional ==
Linha 66: Linha 66:
Entre 2000 e 2005 exerceu mandato parlamentar, tendo sido eleito por meio de uma candidatura formalmente independente, mas apoiada pela [[Irmandade Muçulmana]]. Durante o mandato, destacou-se como brilhante orador. Em 2005, não conseguiu a reeleição e alegou que o processo tinha sido fraudado.<ref name="profile"/>
Entre 2000 e 2005 exerceu mandato parlamentar, tendo sido eleito por meio de uma candidatura formalmente independente, mas apoiada pela [[Irmandade Muçulmana]]. Durante o mandato, destacou-se como brilhante orador. Em 2005, não conseguiu a reeleição e alegou que o processo tinha sido fraudado.<ref name="profile"/>


=== Presidência do Egito ===
O golpe contra ele
{{Artigo principal|Revolução Egípcia de 2011}}
Com a fundação do Partido da Liberdade e da Justiça, Morsi foi escolhido pela Irmandade Muçulmana para ser o primeiro líder do novo partido.<ref>{{citar web|url=http://www.aljazeera.net/home/print/0353e88a-286d-4266-82c6-6094179ea26d/ec1af614-ab8b-4f33-9e16-b7969e03e175|título=Entrevista com Mohamed Morsi|publicado=[[Al Jazeera]]|lingua=árabe|data=29/01/2012|acessodata=15 de junho de 2012}}</ref> No primeiro turno das [[Eleição presidencial do Egito de 2012|eleições presidenciais do Egito]] ele foi o candidato mais votado (aproximadamente 24%), competindo em um segundo turno contra o candidato independente [[Ahmed Shafiq]], nos dias 16 e 17 de junho 2012.<ref>{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,junta-militar-egipcia-confirma-realizacao-de-eleicoes-na-data-prevista,886373,0.htm|título=Junta Militar egípcia confirma realização de eleições na data prevista|publicado=Estadão Online|data=14/06/2012|acessodata=15 de junho de 2012}}</ref>


Foi anunciado em 24 de junho de 2012 como o vencedor do 2º turno das eleições presidenciais do Egito, obtendo 13.230.131 votos (51,73% do total), apoiado pela [[Irmandade Muçulmana]] ante 12.374.380 votos do rival (48,27%) [[Ahmed Shafiq]]. Assumiu no dia [[30 de junho]] como o primeiro presidente eleito do país após a revolução.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1109799-egito-aponta-vitoria-de-islamita-mohammed-mursi.shtml|título=Egito aponta vitória de islamita Mohammed Mursi|publicado=Folha de S.Paulo|data=24/06/2012|acessodata=24 de junho de 2012}}</ref> Deixou de fazer parte da Irmandade Muçulmana, declarando a sua intenção de ser o presidente de todos os egípcios, mencionando explicitamente a minoria cristã ([[Coptas]]).
Movimento de rebelião


Em 12 de Agosto de 2012 demitiu várias altas patentes militares, a começar pelo seu líder [[Mohamed Hussein Tantawi]], substituindo-os por militares da sua confiança. Ao mesmo tempo revogou algumas disposições de estatuto constitucional, ditadas imediatamente antes da sua eleição pelo Conselho Supremo das Forças Armadas com a intenção de limitar as competências presidenciais, salvaguardando as do Conselho. As medidas presidenciais de 12 de Agosto foram considerados como actos de afirmação do poder civil face ao poder militar.<ref>''Público'' (Lisboa), 13-8-2012</ref> O seu governo a nível das relações exteriores foi marcado por um rompimento com o Estado sírio.<ref>{{citar web|url=http://www.abc.net.au/news/2013-06-16/egypt-severs-ties-with-syria/4756932|título=Egyptian president Morsi severs ties with Syria|publicado=''ABC News''|acessodata=3 de setembro de 2013}}</ref> e pelo apoio a rebeldes líbios.<ref>[http://online.wsj.com/news/articles/SB10001424052748704360404576206992835270906?mg=reno64-wsj&url=http%3A%2F%2Fonline.wsj.com%2Farticle%2FSB10001424052748704360404576206992835270906.html Egypt Said to Arm Libya Rebels]</ref>
No final de abril, foi lançado 2013 rebelião, um movimento pedindo a retirada de confiança de Morsi, e as eleições presidenciais antecipadas exigi-los, eo movimento chamando para demonstrações com base em 30 de junho de 2013 assinaturas diz que coletados de 22 milhões de egípcios. [42]


No início de novembro de 2012 tiveram início as primeiras grandes manifestações anti-Morsi, que tinham como alvo o projeto de constituição que estava sendo elaborado por uma assembleia constituinte dominada por grupos islamitas. Frente aos protestos, Morsi publicou um decreto que concedia a si mesmo amplos poderes, o que intensificou os protestos. Para reduzir as tensões, após dias de grandes manifestações, Morsi concordou em reduzir seus poderes.
Tempo limite das forças armadas


No final do mês, a assembleia constituinte apresentou a versão final da nova constituição, o que gerou uma nova onda de protestos de liberais, [[secularismo|secularistas]] e [[cristãos]] [[coptas]]. Em resposta, Morsi publicou um decreto determinando que as Forças Armadas protegessem as instituições nacionais e os locais de votação para garantir a realização do referendo sobre a nova constituição, que foi realizado no dia 15 de dezembro, e resultou na aprovação do novo texto constitucional.


Semanas após a aprovação da nova constituição, tiveram início violentos confrontos entre opositores e apoiantes de Morsi, em cidades próximas ao [[Canal de Suez]], que deixaram mais de 50 mortos, que foram contidos por meio do emprego de força militar. Em 29 de janeiro de 2013, o general Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, na época chefe das forças armadas, advertiu que a crise política pode "levar a um colapso do Estado".
Sisi desempenhou um papel importante no isolamento de Morsi desde o prazo final das forças armadas


No final de abril, o movimento [[Tamarod]] (Revolta) deu início a uma coleta de assinaturas contra o governo de Morsi, que pedia novas eleições presidenciais.
Identificou as forças armadas em 1 de Julho, 2013, em um comunicado, o prazo (48 horas) para atender as demandas das pessoas em manifestações de 30 de junho e só intervirá e anuncia «o futuro dos procedimentos e supervisiona o mapa implementação».


No dia 29 de junho, na véspera da data de um ano do início de seu mandato, Morsi fez um discurso com um tom conciliador, no qual admitiu que "cometeu muitos erros" e que eles "precisavam ser corrigidos". No dia seguinte, milhares de manifestantes tomaram as ruas em todo o Egito.
A declaração, que foi transmitido pela televisão estatal relatou que o cenário egípcio testemunhou manifestações de ontem, ea partida do grande povo do Egito para expressar sua opinião e sua vontade em uma solução pacífica e civilizada sem precedentes, e «todos viram o movimento do povo egípcio, e ouviu a sua voz com o maior respeito e atenção», sublinhando que «inevitável Receber o povo em resposta ao seu movimento, e seu apelo de cada parte tem alguma responsabilidade nessas circunstâncias perigosas que cercam a pátria ».


No dia 1º de julho, os militares deram um ultimato para que Morsi atendesse às demandas do público dentro de 48 horas. Em resposta, Morsi afirmou que ele era o líder legítimo do Egito, e que qualquer esforço para tirá-lo à força poderia mergulhar o país no caos. Textualmente disse: {{citação2|A legitimidade é a única maneira de proteger nosso país e evitar derramamento de sangue, para passar para uma nova fase.}}
Forças Armadas disse em um comunicado que «não será uma festa para o círculo política ou julgamento, e não aceitam ir para ela decreto papel no pensamento democrático genuíno decorrente da vontade do povo», notando ao mesmo tempo que «a segurança nacional da Feira Estado em sério risco sobre os desenvolvimentos O país está testemunhando, e nos são dadas as responsabilidades de cada um de acordo com sua posição, para lidar com o que é apropriado para evitar esses riscos ”.


Na noite do dia 3 de julho, o exército suspendeu a Constituição e anunciou a formação de um governo interino tecnocrata, em resposta, Morsi denunciou o anúncio como um "golpe", e foi levado pelo exército para um local desconhecido.<ref name="profile"/>
Ela acrescentou que «sentiu as forças armadas início na gravidade da presente situação, e carrega consigo as demandas dos grandes povo egípcio, e, portanto, já definiu prazo semana para todas as forças políticas do país para concordar e sair da crise, mas esta semana passou sem o surgimento de qualquer gesto ou ação, o que levou À saída do povo com determinação e determinação, e em plena liberdade de maneira tão notável, que suscitou admiração e apreço e atenção nos níveis interno, regional e internacional ».

O Comando Geral das Forças Armadas que «a perda de mais tempo não só trará mais divisão e brigas, que nos alertou e ainda estamos cautelosos com ele», argumentando que as pessoas «sofreu e não encontrá-lo ligado a ele ou Ihno ele, que lança o ônus da moral e me sobre as forças Forças Armadas, que devem impedir todos de qualquer coisa que não seja abraçar este povo orgulhoso, que provou a sua vontade de alcançar o impossível se ele sentiu a dedicação e dedicação por ele ».

As Forças Armadas disseram que «re e reitera o apelo para atender às demandas do povo, e diminuiu todos 48 horas como uma última chance de suportar o fardo de circunstância histórica, que passa pela nação, que não vai tolerar ou perdoar quaisquer forças deixar de assumir as suas responsabilidades.»

O comunicado declarou que «se as demandas do povo não forem cumpridas dentro do prazo caberá as forças armadas com base na responsabilidade nacional e histórico, e respeito para as exigências do grande povo do Egito para anunciar o mapa do futuro, e os procedimentos para supervisionar a implementação da participação de todas as facções e tendências nacionais sincero incluindo os jovens, que era E continua a explodir sua gloriosa revolução, sem exclusão ou exclusão de ninguém ”.

A declaração emitiu um "tributo às forças armadas leais e leais, que eram e ainda mantêm a sua responsabilidade nacional para com o grande povo do Egito com determinação, determinação, orgulho e orgulho" [43].


=== Deposição, julgamento e condenação ===
=== Deposição, julgamento e condenação ===
{{Artigo principal|Golpe de Estado no Egito em 2013}}
{{Artigo principal|Golpe de Estado no Egito em 2013}}


Em julho de [[2013]], as [[Forças Armadas do Egito]], lideradas pelo general [[Abdul Fatah Khalil Al-Sisi|Abdel Fattah el-Sisi]], anunciaram a [[Golpe de Estado no Egito em 2013|deposição de Morsi]] do cargo de presidente do país.<ref name="OPERA-MUNDI/03-JUL-2013">[http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/29784/exercito+egipcio+anuncia+deposicao+de+mursi+e+criacao+de+governo+interino.shtml Exército egípcio anuncia deposição de Mursi e criação de governo interino] - Opera Mundi, 03 de julho de 2013</ref><ref name="OESP/03-JUL-2013">[http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,dois-anos-apos-primavera-arabe-golpe-militar-derruba-morsi-no-egito,1049805,0.htm Dois anos após Primavera Árabe, golpe militar derruba Morsi no Egito] - O Estado de S. Paulo, 03 de julho de 2013</ref><ref name="O-PUBLICO/03-JUL-2013">[http://www.publico.pt/mundo/noticia/tanques-militares-posicionamse-no-cairo-o-golpe-ja-comecou-1599169 Golpe militar no Egipto: Morsi deposto e Constituição suspensa] - O Público, 03 de julho de 2013</ref> Encarcerado pelos militares, foi acusado de incitar a violência no país, espionar para organizações estrangeiras (como o [[Hamas]] e o [[Hezbollah]]) e de cometer atos de traição contra as leis da nação.<ref>{{citar jornal|url=http://alhayat.com/Details/584784|título=Morsi Charges (Arabic)}}</ref><ref>[http://purl.fdlp.gov/GPO/gpo48165 Egypt: Pending Charges against Mohammed Morsi]</ref> Morsi negou as acusações e afirmou ser um perseguido político.<ref name=trial4>{{citar jornal|url=http://www.dailynewsegypt.com/2014/05/19/morsi-prison-break-trial-resumes/|título=Morsi prison break trial resumes|data=19 de maio de 2014|primeiro =Aaron|último =Rose}}</ref>
Em julho de [[2013]], as [[Forças Armadas do Egito]], lideradas pelo general [[Abdul Fatah Khalil Al-Sisi|Abdel Fattah el-Sisi]], anunciaram a [[Golpe de Estado no Egito em 2013|deposição de Morsi]] do cargo de presidente do país.<ref name="OPERA-MUNDI/03-JUL-2013"/><ref name="OESP/03-JUL-2013"/><ref name="O-PUBLICO/03-JUL-2013"/> Encarcerado pelos militares, foi acusado de incitar a violência no país, espionar para organizações estrangeiras (como o [[Hamas]] e o [[Hezbollah]]) e de cometer atos de traição contra as leis da nação.<ref>{{citar jornal|url=http://alhayat.com/Details/584784|título=Morsi Charges (Arabic)}}</ref><ref>[http://purl.fdlp.gov/GPO/gpo48165 Egypt: Pending Charges against Mohammed Morsi]</ref> Morsi negou as acusações e afirmou ser um perseguido político.<ref name=trial4>{{citar jornal|url=http://www.dailynewsegypt.com/2014/05/19/morsi-prison-break-trial-resumes/|título=Morsi prison break trial resumes|data=19 de maio de 2014|primeiro =Aaron|último =Rose}}</ref>


Seus partidários se opuseram à sua derrubada organizando um [[Violência política no Egito (2013–presente)|acampamento de protesto]] que durou semanas, até que, em 14 de agosto de 2013, o exército reprimiu os protestos e destruiu o acampamento, numa ação que resultou em mais de mil mortes.<ref name="profile"/><ref>{{citar web|autor =Metro UK |url=http://metro.co.uk/2013/07/27/egypt-crisis-dozens-of-mohammed-morsi-supporters-killed-in-deadly-protests-3900747/ |título=Egypt crisis: Hundreds killed in violent Cairo clashes|publicado=Metro.co.uk |acessodata=10 de junho de 2014}}</ref> Um ano após o golpe que removeu Morsi do poder, o general [[Abdul Fatah Khalil Al-Sisi]], um dos responsáveis por tê-lo deposto, foi eleito o novo presidente do Egito.<ref>{{citar jornal|url=http://www.dailynewsegypt.com/2014/06/03/landslide-victory-al-sisi-inauguration-slated-sunday/|título=Landslide victory for Al-Sisi, inauguration slated for Sunday||acessodata=10 de junho de 2014|publicado=Daily News Egypt}}</ref>
Seus partidários se opuseram à sua derrubada organizando um [[Violência política no Egito (2013–presente)|acampamento de protesto]] que durou semanas, até que, em 14 de agosto de 2013, o exército reprimiu os protestos e destruiu o acampamento, numa ação que resultou em mais de mil mortes.<ref name="profile"/><ref>{{citar web|autor =Metro UK |url=http://metro.co.uk/2013/07/27/egypt-crisis-dozens-of-mohammed-morsi-supporters-killed-in-deadly-protests-3900747/ |título=Egypt crisis: Hundreds killed in violent Cairo clashes|publicado=Metro.co.uk |acessodata=10 de junho de 2014}}</ref> Um ano após o golpe que removeu Morsi do poder, o general [[Abdul Fatah Khalil Al-Sisi]], um dos responsáveis por tê-lo deposto, foi eleito o novo presidente do Egito.<ref>{{citar jornal|url=http://www.dailynewsegypt.com/2014/06/03/landslide-victory-al-sisi-inauguration-slated-sunday/|título=Landslide victory for Al-Sisi, inauguration slated for Sunday||acessodata=10 de junho de 2014|publicado=Daily News Egypt}}</ref>
Linha 111: Linha 105:
== Morte ==
== Morte ==


Em 17 de junho de 2019, a televisão estatal egípcia anunciou que Morsi havia desmaiado durante uma audiência em acusações de espionagem, após 20 minutos do início da sessão, foi encaminhado a um hospital e mais tarde morreu, supostamente de um ataque cardíaco.<ref name="TJP">{{citar web|título=Former Egyptian president Morsi dies during court hearing|publicado=The Jerusalem Post|data=17 de junho de 2019|url=https://www.jpost.com/Breaking-News/Former-Egyptian-president-Morsi-dies-during-court-hearing-592829|acessodata=17 de junho de 2019}}</ref><ref name="BBCNews">{{citar jornal|título=Egypt's ousted president Mohammed Morsi dies in court|url=https://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-48668941|publicado=[[BBC News]]|data=17 de junho de 2019|acessodata=17 de junho de 2019}}</ref><ref name="AlJazeera">{{citar web|título=Egypt's former president Mohamed Morsi dies: state media|publicado=Al Jazeera|data=17 de junho de 2019|url=https://www.aljazeera.com/news/2019/06/egypt-president-mohamed-morsi-dies-state-media-190617155322012.html|acessodata=17 de junho de 2019}}</ref><ref name="folhasp">{{Citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/06/ex-presidente-do-egito-passa-mal-e-morre-durante-audiencia-em-tribunal.shtml|título=Ex-presidente do Egito passa mal e morre durante audiência em tribunal |língua= |autor= |obra=Folha de S. Paulo |data= |acessodata=17 de junho de 2019}}</ref>
Em 17 de junho de 2019, a televisão estatal egípcia anunciou que Morsi havia desmaiado durante uma audiência em acusações de espionagem, após 20 minutos do início da sessão, foi encaminhado a um hospital e mais tarde morreu, supostamente de um ataque cardíaco.<ref name=TJP/><ref name=BBCNews/><ref name=AlJazeera/><ref name="folhasp">{{Citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/06/ex-presidente-do-egito-passa-mal-e-morre-durante-audiencia-em-tribunal.shtml|título=Ex-presidente do Egito passa mal e morre durante audiência em tribunal |língua= |autor= |obra=Folha de S. Paulo |data= |acessodata=17 de junho de 2019}}</ref>

== As relações entre a Irmandade Muçulmana e o Hamas estão próximas há muito tempo. Em conversas com líderes do Hamas no Cairo, apenas algumas semanas depois de ter sido empossado, Morsi prometeu "tomar medidas para aliviar o fardo das vidas dos palestinos na Faixa de Gaza". O Hamas realizou celebrações sem precedentes na Faixa de Gaza, que o controla imediatamente após o anúncio da vitória de Morsi nas eleições presidenciais egípcias. Isto permitiu vitória para o movimento para fortalecer sua relação com a Irmandade, e realizou várias reuniões entre Misericórdia e chefe do escritório político Khaled Meshaal eo chefe do governo deposto, Ismail Haniyeh, e recebeu a cooperação formal sobre níveis econômicos e de segurança. ==

== Ele disse Morsi quando assinado pela agressão israelense em Gaza (2012) em seu discurso: «Nós não vai deixar Gaza sozinho, Egito hoje é completamente diferente do Egito ontem, dizer ao agressor que este sangue será uma maldição contra vós, e será um motor para todos os povos da região contra você, Pare com essa farsa imediatamente o contrário. Nós nunca seremos capazes de resistir a isso, a raiva de um povo e liderança ". E levou uma atitude pragmática para mostrar a solidariedade egípcio com os palestinos na Faixa de Gaza quando enviou o ex-primeiro-ministro Hisham Qandil na cabeça de uma delegação oficial e popular egípcia para fornecer toda a assistência possível às pessoas do setor, uma posição que tem estimulado muitos países, árabe e muçulmano, a seguir o exemplo do Egito, continuando a sua chegada de delegações Oficial e popular para Gaza para mostrar apoio e apoio. O presidente Morsi ordenou a abertura de travessias permanentes entre o Egito e Gaza para receber os palestinos feridos para tratamento em hospitais egípcios e tratá-los como os egípcios. ==

== O Egito não parou por aí, mas liderou um movimento político e diplomático que conseguiu acabar com a agressão nos dias de Gaza depois que ela explodiu sob um tratado de trégua patrocinado pelo Egito, que confirmou a restauração do papel central do Egito na região. O governo egípcio perdoou muitos dos túneis através dos quais alimentos, remédios e armas também são transportados e os cruzamentos com Gaza foram abertos às vezes. [40] Mesmo após a demissão e prisão, gritou por detrás das barras de um tribunal gaiola, "Beck O Gaza .. Beck, ó Gaza", e Khalalaltan Alasriala em Gaza antes do início do seu julgamento e um número de elementos da Fraternidade no caso de assalto a prisão e escapar da prisão Wadi Natrun. [41] ==
<br />

== 3 de julho de 2013 golpe ==

==  Artigos detalhados: demonstrações 30 de junho de 2013 no Egito ==

== 2013 golpe no Egito ==

==  ==

== Um demonstrador usando a imagem do Presidente Morsi em uma demonstração levantando seu quarto slogan. ==

== Manifestações em massa irromperam exigindo sua partida.No dia seguinte, as forças armadas emitiram uma declaração que as forças da oposição consideraram um aviso para Mursi renunciar, em violação da intervenção do exército na política. A Presidência divulgou um comunicado na madrugada de 2 de julho dizendo acreditar que algumas das frases da declaração militar "traziam sinais do que poderia causar confusão no cenário nacional composto". [44] Sua presidência durou até que ele foi demitido pelas forças armadas em 3 de julho de 2013, e tomou várias outras medidas conhecidas como o roteiro, após as manifestações de 30 de junho. ==

== Reações após o isolamento ==

== O secretário-geral da ONU, Martin Nesseki, divulgou um comunicado dizendo que Ban Ki-moon está "de perto e ansiosamente" acompanhando os rápidos desenvolvimentos no Egito e ressaltou que ele mantém as aspirações do povo egípcio. ==

==  UE: Alta Comissária da União Europeia para Assuntos Externos Catherine Ashton expressou a esperança de que a nova administração no Egito seja plenamente inclusiva e ressaltou a importância de assegurar o pleno respeito aos direitos fundamentais, liberdades e o Estado de Direito. Em um comunicado, Ashton expressou sua forte condenação de todos os atos de violência, ofereceu condolências às famílias das vítimas e instou as forças de segurança a fazerem tudo o que estiver ao seu alcance para proteger as vidas e a segurança dos cidadãos egípcios. Ashton apelou a todos os lados para que demonstrem a máxima contenção, salientando que a UE continua firmemente empenhada em apoiar o povo egípcio nas suas aspirações democráticas e num sistema de governação inclusiva. ==

==  Estados Unidos: O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu que "o governo militar egípcio restitua todas as autoridades de maneira rápida e responsável a um governo civil democraticamente eleito por meio de um processo aberto e transparente". Obama pediu em um comunicado após uma reunião com seus conselheiros na segurança nacional da Casa Branca para se certificar de que a proteção está disponível para todos os egípcios e egípcios, especialmente o direito de reunião pacífica e o direito de julgamentos justos e independentes perante os tribunais civis, e apelou a todas as partes para evitar a violência e rali para um retorno permanente para a democracia no Egito. O presidente dos EUA anunciou que iria pedir aos ministérios e órgãos competentes estudou a "repercussões" legitimidade à nova situação de assistência americano paga anualmente para o Egito, que sob a lei dos EUA não pode ser pago a um país onde um golpe militar. ==

==  França: o chanceler francês Laurent Fabius disse que seu país espera que os preparativos para as eleições à luz do respeito pela paz civil, o pluralismo e as liberdades individuais e ganhos no processo de transição para que o povo egípcio será capaz de escolher seus líderes e seu futuro. ==

==  Arábia Saudita: funcionário da Agência de Imprensa Saudita disse que o rei Abdullah bin Abdul Aziz, enviou uma mensagem de felicitações ao Chanceler Adly Mansour, presidente do Supremo Tribunal Constitucional do Egito, que foi nomeado presidente interino do Estado. ==

== Em sua carta, o rei elogiou as forças armadas egípcias por "tirar o Egito de um túnel, Deus sabe suas dimensões e conseqüências". ==

== Emirados Árabes Unidos: Os Emirados Árabes Unidos estão confiantes de que o povo do Egito é capaz de superar os atuais momentos difíceis no Egito, disse o ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al Nahyan. ==


== Ver também ==
== O exército egípcio "provou mais uma vez que é de fato a cerca do Egito e seu protetor e seu forte escudo, que assegura que permaneça um estado de instituições e leis que abrange todos os componentes do povo egípcio". ==
* [[Primavera Árabe]]


{{referências|col=2}}
==  Jordânia: O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Judeh, disse que seu país respeita a vontade do povo egípcio e tem profundo respeito pelas forças armadas egípcias. A agência de notícias Jordan (Petra) citou Jouda dizendo que a posição da Jordânia é sempre respeitar a vontade do povo egípcio e seu amor sincero. Através da qualidade de respeito para a Jordânia, as forças egípcias armados e papel nacional e do supervisor e da mesquita central no Egito e ressaltou o apoio total e inabalável do seu país para o Egito e seu povo e sua liderança e está tomando a responsabilidade principal com coragem nessa circunstância articulada. ==


== Ligações externas ==
==  Síria: o presidente sírio, Bashar al-Assad disse que a agitação no Egito, a derrota do "Islã político", disse ele em entrevista ao jornal Al-Thawra que "trata de religião para ser usado em favor da política ou em benefício da classe sem o outro vai cair em qualquer lugar do mundo." ==
*{{Commonscat-inline|Mohamed Morsi}}


{{Começa caixa}}
==  Sudão disse que o Ministério das Relações Exteriores do Sudão disse que era nos assuntos internos do Egito para seu povo e suas instituições, líderes políticos nacionais, e apontou que o Sudão tem vindo a seguir quanto aos futuros desenvolvimentos da situação política no Egito "a partir da privacidade das relações entre os dois países e os dois povos irmãos e da porta de assegurar a paz ea estabilidade no Egito, que É a segurança e a estabilidade do Sudão e de toda a região árabe e africana. " ==
{{Caixa de sucessão
|antes =[[Hosni Mubarak]]
|título=[[Ficheiro:Coat of arms of Egypt.svg|65px]]<br />[[Lista de presidentes do Egito|Presidente do Egito]]
|anos =30 de junho de 2012<br />até 3 de julho de 2013
|depois=[[Adly Mansour]]
}}
{{Termina caixa}}


{{Presidentes do Egito}}
== O ministério apelou a todas as partes no Egito para dar prioridade à manutenção da estabilidade e segurança do Egito e à segurança e unidade de seu povo e perder a oportunidade para aqueles que o atacam. ==
{{Portal3|Biografias|Egito|Política}}
{{Controle de autoridade}}


==  Palestina: O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que seu país não interfere com o que está acontecendo no Egito, ele disse em uma conferência de imprensa conjunta na quarta-feira com o seu homólogo libanês, general Michel Sleiman, em Beirute que seu país não é uma equipe em qualquer disputa está localizado aqui ou ali. Ele destacou que "a situação no Egito é difícil e complexa", e expressou a esperança de alcançar segurança, segurança e estabilidade no Egito. [45] ==
[[Categoria:Presidentes do Egito]]
[[Categoria:Presidentes do Egito]]
[[Categoria:Engenheiros do Egito]]
[[Categoria:Engenheiros do Egito]]

Revisão das 03h39min de 18 de junho de 2019

Mohamed Morsi
محمد مرسى عيسى العياط
Mohamed Morsi
5Presidente do Egito
Período 30 de junho de 2012
a 3 de julho de 2013
Vice-presidente Mahmoud Mekki
Antecessor(a) Hosni Mubarak
Sucessor(a) Adly Mansour
Presidente do Partido da Liberdade e da Justiça
Período 30 de abril de 2011
a 24 de junho de 2012
Sucessor(a) Essam el-Erian
Membro da Assembleia do Povo do Egito
Período 1 de dezembro de 2000
a 12 de dezembro de 2005
Antecessor(a) Hosni Mubarak
Sucessor(a) Mahmoud Abaza (interino)
Dados pessoais
Nascimento 8 de agosto de 1951
El-Adwah, Reino do Egito
Morte 17 de junho de 2019 (67 anos)
Alma mater Universidade do Cairo
Universidade do Sul da Califórnia
Cônjuge Naglaa Mahmoud (c. 1979)
Filhos(as) 5
Partido independente (2012-atualidade)
Partido da Liberdade e da Justiça (2011-2012)
Religião Islamismo
Profissão engenheiro

Mohamed Mohamed Morsi Issa al-Ayyat (em árabe: محمد مرسى عيسى العياط) (El-Adwah, Província de Xarqia, 8 de agosto de 1951 - Cairo, 17 de junho de 2019) foi um político do Egito, eleito em 2012 como o 5º presidente da história do seu país.

Entre 30 de abril de 2011 e junho de 2012 foi presidente do Partido da Liberdade e da Justiça, partido político fundado pela Irmandade Muçulmana após a Revolução Egípcia de 2011.[1]

Foi o primeiro presidente civil e primeiro ativista islâmico eleito democraticamente em seu país.[2] Depois de pouco mais de um ano no poder, foi deposto por um golpe militar.[3][4][5]

Em 21 de abril de 2015, Mohamed Morsi foi condenado a 20 anos de prisão por estar implicado na detenção e tortura de manifestantes durante o mandato.[6]

Em 17 de junho de 2019, a televisão estatal egípcia anunciou que Morsi havia desmaiado durante uma audiência em acusações de espionagem e mais tarde morreu, supostamente de um ataque cardíaco.[7][8][9]

Vida pessoal e profissional

Morsi estudou engenharia na Universidade do Cairo e doutorou-se na mesma área nos Estados Unidos, na University of Southern California. Ainda nos Estados Unidos ele atuou durante alguns anos como professor auxiliar, e lá também nasceram dois de seus cinco filhos, que portanto têm nacionalidade americana. Em seguida, Morsi iniciou a carreira de professor no Egito, na Universidade de Zagazig,[10] dirigindo o Departamento de ciências dos materiais.

Carreira política

Entre 2000 e 2005 exerceu mandato parlamentar, tendo sido eleito por meio de uma candidatura formalmente independente, mas apoiada pela Irmandade Muçulmana. Durante o mandato, destacou-se como brilhante orador. Em 2005, não conseguiu a reeleição e alegou que o processo tinha sido fraudado.[10]

Presidência do Egito

Ver artigo principal: Revolução Egípcia de 2011

Com a fundação do Partido da Liberdade e da Justiça, Morsi foi escolhido pela Irmandade Muçulmana para ser o primeiro líder do novo partido.[11] No primeiro turno das eleições presidenciais do Egito ele foi o candidato mais votado (aproximadamente 24%), competindo em um segundo turno contra o candidato independente Ahmed Shafiq, nos dias 16 e 17 de junho 2012.[12]

Foi anunciado em 24 de junho de 2012 como o vencedor do 2º turno das eleições presidenciais do Egito, obtendo 13.230.131 votos (51,73% do total), apoiado pela Irmandade Muçulmana ante 12.374.380 votos do rival (48,27%) Ahmed Shafiq. Assumiu no dia 30 de junho como o primeiro presidente eleito do país após a revolução.[13] Deixou de fazer parte da Irmandade Muçulmana, declarando a sua intenção de ser o presidente de todos os egípcios, mencionando explicitamente a minoria cristã (Coptas).

Em 12 de Agosto de 2012 demitiu várias altas patentes militares, a começar pelo seu líder Mohamed Hussein Tantawi, substituindo-os por militares da sua confiança. Ao mesmo tempo revogou algumas disposições de estatuto constitucional, ditadas imediatamente antes da sua eleição pelo Conselho Supremo das Forças Armadas com a intenção de limitar as competências presidenciais, salvaguardando as do Conselho. As medidas presidenciais de 12 de Agosto foram considerados como actos de afirmação do poder civil face ao poder militar.[14] O seu governo a nível das relações exteriores foi marcado por um rompimento com o Estado sírio.[15] e pelo apoio a rebeldes líbios.[16]

No início de novembro de 2012 tiveram início as primeiras grandes manifestações anti-Morsi, que tinham como alvo o projeto de constituição que estava sendo elaborado por uma assembleia constituinte dominada por grupos islamitas. Frente aos protestos, Morsi publicou um decreto que concedia a si mesmo amplos poderes, o que intensificou os protestos. Para reduzir as tensões, após dias de grandes manifestações, Morsi concordou em reduzir seus poderes.

No final do mês, a assembleia constituinte apresentou a versão final da nova constituição, o que gerou uma nova onda de protestos de liberais, secularistas e cristãos coptas. Em resposta, Morsi publicou um decreto determinando que as Forças Armadas protegessem as instituições nacionais e os locais de votação para garantir a realização do referendo sobre a nova constituição, que foi realizado no dia 15 de dezembro, e resultou na aprovação do novo texto constitucional.

Semanas após a aprovação da nova constituição, tiveram início violentos confrontos entre opositores e apoiantes de Morsi, em cidades próximas ao Canal de Suez, que deixaram mais de 50 mortos, que foram contidos por meio do emprego de força militar. Em 29 de janeiro de 2013, o general Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, na época chefe das forças armadas, advertiu que a crise política pode "levar a um colapso do Estado".

No final de abril, o movimento Tamarod (Revolta) deu início a uma coleta de assinaturas contra o governo de Morsi, que pedia novas eleições presidenciais.

No dia 29 de junho, na véspera da data de um ano do início de seu mandato, Morsi fez um discurso com um tom conciliador, no qual admitiu que "cometeu muitos erros" e que eles "precisavam ser corrigidos". No dia seguinte, milhares de manifestantes tomaram as ruas em todo o Egito.

No dia 1º de julho, os militares deram um ultimato para que Morsi atendesse às demandas do público dentro de 48 horas. Em resposta, Morsi afirmou que ele era o líder legítimo do Egito, e que qualquer esforço para tirá-lo à força poderia mergulhar o país no caos. Textualmente disse:

" A legitimidade é a única maneira de proteger nosso país e evitar derramamento de sangue, para passar para uma nova fase.

Na noite do dia 3 de julho, o exército suspendeu a Constituição e anunciou a formação de um governo interino tecnocrata, em resposta, Morsi denunciou o anúncio como um "golpe", e foi levado pelo exército para um local desconhecido.[10]

Deposição, julgamento e condenação

Ver artigo principal: Golpe de Estado no Egito em 2013

Em julho de 2013, as Forças Armadas do Egito, lideradas pelo general Abdel Fattah el-Sisi, anunciaram a deposição de Morsi do cargo de presidente do país.[3][4][5] Encarcerado pelos militares, foi acusado de incitar a violência no país, espionar para organizações estrangeiras (como o Hamas e o Hezbollah) e de cometer atos de traição contra as leis da nação.[17][18] Morsi negou as acusações e afirmou ser um perseguido político.[19]

Seus partidários se opuseram à sua derrubada organizando um acampamento de protesto que durou semanas, até que, em 14 de agosto de 2013, o exército reprimiu os protestos e destruiu o acampamento, numa ação que resultou em mais de mil mortes.[10][20] Um ano após o golpe que removeu Morsi do poder, o general Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, um dos responsáveis por tê-lo deposto, foi eleito o novo presidente do Egito.[21]

Em 21 de abril de 2015, o tribunal condenou Morsi e outros 12 réus a prisão por tortura de manifestantes e de incitação à violência. Todos os 15 réus foram absolvidos das acusações de assassinato. O juiz proferiu uma sentença de 20 anos para Morsi e os outros que foram condenados.[22] Morsi ainda enfrentará julgamentos separados por espionagem, terrorismo[23][24] e fuga da prisão.[25]

Um tribunal egípcio condenou Morsi à morte em 16 de maio de 2015 por uma fuga em massa de uma prisão em 2011. As sentenças de morte no país precisam ser levadas para análise do Grande Mufti, a mais alta autoridade religiosa do país e existe a possibilidade de recurso na Justiça, mesmo que o líder religioso mantenha a decisão.[26]

Um tribunal egípcio condenou em 18 de junho de 2016 Mohamed Morsi a uma nova pena de prisão perpétua num caso de espionagem em benefício do Qatar.[27]

Um tribunal de recurso egípcio anulou em 15 de novembro de 2016 a condenação à pena de morte do ex-presidente Morsi e ordenou um novo julgamento num tribunal criminal.[28]

Morte

Em 17 de junho de 2019, a televisão estatal egípcia anunciou que Morsi havia desmaiado durante uma audiência em acusações de espionagem, após 20 minutos do início da sessão, foi encaminhado a um hospital e mais tarde morreu, supostamente de um ataque cardíaco.[7][8][9][29]

Ver também

Referências

  1. «O islamita e o ex-Mubarak na 2.ª volta das presidenciais». Diário de Notícias (DN Online). 28 de maio de 2012. Consultado em 14 de junho de 2012. Arquivado do original em 8 de abril de 2014 
  2. Egito tem o seu primeiro presidente islamita[ligação inativa] DN Online, 24 de Junho 2012
  3. a b Exército egípcio anuncia deposição de Mursi e criação de governo interino - Opera Mundi, 03 de julho de 2013
  4. a b Dois anos após Primavera Árabe, golpe militar derruba Morsi no Egito - O Estado de S. Paulo, 03 de julho de 2013
  5. a b Golpe militar no Egipto: Morsi deposto e Constituição suspensa - O Público, 03 de julho de 2013
  6. «Mohamed Morsi condenado a 20 anos de prisão» 
  7. a b «Former Egyptian president Morsi dies during court hearing». The Jerusalem Post. 17 de junho de 2019. Consultado em 17 de junho de 2019 
  8. a b «Egypt's ousted president Mohammed Morsi dies in court». BBC News. 17 de junho de 2019. Consultado em 17 de junho de 2019 
  9. a b «Egypt's former president Mohamed Morsi dies: state media». Al Jazeera. 17 de junho de 2019. Consultado em 17 de junho de 2019 
  10. a b c d Profile: Egypt's Mohammed Morsi, em inglês, acesso em 02 de setembro de 2014.
  11. «Entrevista com Mohamed Morsi» (em árabe). Al Jazeera. 29 de janeiro de 2012. Consultado em 15 de junho de 2012 
  12. «Junta Militar egípcia confirma realização de eleições na data prevista». Estadão Online. 14 de junho de 2012. Consultado em 15 de junho de 2012 
  13. «Egito aponta vitória de islamita Mohammed Mursi». Folha de S.Paulo. 24 de junho de 2012. Consultado em 24 de junho de 2012 
  14. Público (Lisboa), 13-8-2012
  15. «Egyptian president Morsi severs ties with Syria». ABC News. Consultado em 3 de setembro de 2013 
  16. Egypt Said to Arm Libya Rebels
  17. «Morsi Charges (Arabic)» 
  18. Egypt: Pending Charges against Mohammed Morsi
  19. Rose, Aaron (19 de maio de 2014). «Morsi prison break trial resumes» 
  20. Metro UK. «Egypt crisis: Hundreds killed in violent Cairo clashes». Metro.co.uk. Consultado em 10 de junho de 2014 
  21. «Landslide victory for Al-Sisi, inauguration slated for Sunday». Daily News Egypt. Consultado em 10 de junho de 2014 
  22. Chappell, Bill (21 de abril de 2015). «Egypt's Former President Morsi Sentenced To 20 Years In Prison». National Public Radio. Consultado em 22 de abril de 2015 
  23. Morsi role at Syria rally seen as tipping point for Egypt army
  24. Egypt arming Libya rebels, Wall Street Journal reports
  25. «Egypt's former president Mohamed Morsi sentenced to 20 years in prison». The Guardian. 21 de abril de 2015. Consultado em 22 de abril de 2015 
  26. BBC Brasil, ed. (16 de maio de 2015). «Ex-presidente Mohammed Morsi é condenado à morte no Egito». Consultado em 16 de maio de 2015 
  27. «Ex-presidente egípcio Morsi condenado a mais uma pena de prisão perpétua» 
  28. «Tribunal de recurso egípcio anula condenação à morte de antigo Presidente Morsi» 
  29. «Ex-presidente do Egito passa mal e morre durante audiência em tribunal». Folha de S. Paulo. Consultado em 17 de junho de 2019 

Ligações externas

Precedido por
Hosni Mubarak

Presidente do Egito

30 de junho de 2012
até 3 de julho de 2013
Sucedido por
Adly Mansour