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Afrocentrismo: diferenças entre revisões

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Revisão das 19h33min de 27 de fevereiro de 2008

O afrocentrismo, neologismo formado pelas palavras África e centro, empregado com o sentido de indicar convergência para a África ou temáticas pró-africanas, constitui-se em um movimento político, com fundamento pseudo-histórico.

A principal finalidade do afrocentrismo é a de divulgar e incentivar o nacionalismo e o orgulho étnico entre os afro-americanos como uma arma de efeito psicológico contra o racismo universal.

Integrado por afro-descendentes da região do Caribe, especialmente os rastafaris da Jamaica, sustenta que os afro-americanos deveriam retornar ao continente de origem de seus antepassados, para viver livres da influência da cultura ocidental, judaico-cristã, de seus antigos opressores.

A maior parte desses conceitos encontra-se expressa na obra de George G. M. James, "Stolen Legacy" ("Legado roubado"), publicada em 1954. Nela o autor afirma, entre outros pontos, que a filosofia grega e os cultos dos Mistérios, quer na Grécia, quer em Roma, foram furtados do Egito; que os antigos gregos não possuiam habilidade inata para desenvolver a filosofia; e que os egípcios, de quem os gregos furtaram a filosofia, eram africanos negros. Muitas dessas idéias foram tiradas de um autor mais antigo, Marcus Garvey (1887-1940), que compreendia que o sucesso dos brancos era devido ao sistema de ensino das crianças brancas, que defendia serem elas superiores. Desse modo, para que os negros também tivessem sucesso, difundia que eles também tinham que ensinar aos próprios filhos que eles eram superiores.

James também recorreu a fontes maçônicas, como a obra do Reverendo Charles H. Vail, "The Ancient Mysteries and Modern Masonry" (Os antigos Mistérios e a moderna Maçonaria), publicada em 1909. Por sua vez, as fontes maçônicas foram influenciadas por idéias equivocadas sobre os Mistérios e os rituais de iniciação egípcios, expressos numa obra de ficção do século XVIII, do professor de grego, o Abade Jean Terrason, denominada "Sethos, a History or Biography, based on Unpublished Memoirs of Ancient Egypt" ("Sethos, uma história ou biografia, baseada em memórias não publicadas do Egito Antigo"), de 1731. Embora este último não tivesse acesso a fontes egípcias, vindo a falecer muito antes da decifração dos hieróglifos egípcios, por dever de ofício conhecia bem os autores gregos e latinos, aos quais recorreu para idealizar antigos rituais egípcios.

A pseudo-história de James serve como base para outras pseudo-histórias afrocêntricas, tais como "Africa, Mother of Western Civilization" ("África, mãe da Civilização Ocidental"), de Yosef A. A. Ben-Jochannnan, um de seus alunos, e "Civilization or Barbarism" ("Civilização ou barbarismo"), de Cheikh Anta Diop, do Senegal.

Contemporâneamente, entre os mais ativos nomes na sustentação do encontram-se o Professor Molefi Kete Asante, da Temple University, o Professor Leonard Jeffries, da Universidade Municipal de New York e Martin Bernal, autor da obra "Black Athena". O afrocentrismo é ensinado em várias universidades estadunidenses, e é base currícular para o Ensino Fundamental em duas escolas do estado de Milwaukee.

Exames genéticos já comprovaram que Núbios e Egípcios possuem cargas genéticas diferentes e que além dos egípcios serem englobados como caucasóides pela análise genética e pela arte egípcia da parte original e mais antiga do império antes de ele se expandir para o sul e assimilar os Núbios na forma de escravos, que acabaram assimilando a cultura dos escravizadores e fundando Dinastias baseadas na cultura dos colonizadores.

Mesmo os grupos ditos negróides puros pelos afrocentristas apresentam genes caucasóides, negróides e até mesmo mongolóides; estes povos são chamados afro-asiáticos e englobam dos Somalis aos Etíopes.

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