Ferrovia Centro-Atlântica S.A.
Ferrovia Centro-Atlântica - FCA | |
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Ferrovia Centro-Atlântica.png | |
Empresa de capital aberto | |
Cotação | BM&F Bovespa: VSPT3, VSPT4 |
Atividade | Logística |
Gênero | Sociedade anônima |
Fundação | 1996 (28 anos), como FCA. |
Sede | Belo Horizonte, Minas Gerais |
Área(s) servida(s) | São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Espírito Santo, Distrito Federal, Sergipe, Minas Gerais |
Proprietário(s) | VLI |
Pessoas-chave | Marcello Spinelli (presidente atual) |
Empregados | 3.200[1] (2008) |
Produtos | Transporta variados segmentos como commodities agrícolas, insumos e fertilizantes, combustíveis, siderúrgico, automotivo e autopeças, químico, petroquímico e mineração |
Empresa-mãe | VLI |
Website oficial | www |
A Ferrovia Centro Atlântica, mais conhecida como FCA, é uma empresa privada do grupo VALE, criada no dia 1 de setembro de 1996 assumindo a malha privatizada da RFFSA composta das seguintes superintendências regionais: SR-2 com sede em Belo Horizonte; SR-8 com sede em Campos dos Goytacazes; e SR7, com sede em Salvador. Através de negociação com a Ferroban assumiu parte da Fepasa.
Histórico
Oriunda da antiga Rede Ferroviária Federal RFFSA, a FCA foi criada a partir do Programa Nacional de Desestatização. Desde 2003 a FCA faz parte do Grupo Vale. Em 2008, a FCA lançou sua nova logomarca.
Cronologia
- 1992
- A RFFSA é incluída no Programa Nacional de Desestatização
- 1996
- Surge a FCA, com a operação do trecho correspondente à antiga Malha Centro-Leste Brasileira (7.080 km de trilhos em bitola métrica e mista[2]): SR2 (Belo Horizonte), SR7(Salvador) e SR8(Campos).
- 1999
- Alteração no grupo de controle da FCA. A Companhia Vale do Rio Doce (VALE) adquire um percentual do controle acionário da empresa. A Companhia Siderúrgica Nacional também é acionista[2].
- 2003
- VALE assume 99,99% do controle acionário da FCA.
- 2008
- Lançamento de sua nova logomarca.
- 2011
- Criação da VLI (Valor da Logística Integrada), reunindo todos os ativos de logística da Vale.
- 2013
- A ANTT autoriza a FCA a devolver à União cerca de 4.200 quilômetros de ferrovias. Com isso, a FCA deixou de atuar na Bahia e em Sergipe, além de ter desativado muito trechos em Minas Gerais e Rio de Janeiro, um pequeno ramal entre Minas e São Paulo.[3] Com tais trechos devolvidos, o governo da Bahia solicitou a transformação deles para o uso de transporte de passageiros de Salvador a Camaçari (pensando nos trabalhadores do Polo Industrial de Camaçari) e a Cachoeira, o que necessitaria de investimento de R$ 1,4 bilhão, para depois ser concedido.[4]
- 2014
- Em abril 2014 a Vale concluiu a venda de 20% e 15,9% da VLI para, respectivamente, Mitsui e FI-FGTS.[5] Em agosto foi a vez da Brookfield Asset Management arrematar 26,5% da VLI, tirando a Vale do controle da mesma.[6] Deste ponto em diante a empresa passou a criar cultura própria e seu próprio sistema de governança.
Projetos
Projeto Noroeste de Minas Gerais
A FCA desenvolveu um projeto que vai permitir a criação de um corredor de exportação entre o Terminal de Pirapora e o Terminal de Produtos Diversos no Complexo Portuário de Tubarão, em Vitória Já a partir de 2009, essa nova alternativa de escoamento de grãos tornará a cadeia produtiva mais barata e eficiente.
O novo corredor permitirá maior competitividade e aumento da produção local de soja, milho, álcool e açúcar e do consumo de insumos como fertilizantes, defensivos e sementes, gerando mais renda e investimento para a Novo Corredor para exportação:
- Localização privilegiada.
- Novo terminal de transbordo e armazenagem em Pirapora.
- Transporte ferroviário ágil e eficiente.
- Moderno terminal portuário, com capacidade para navios de grande porte (cape-size).
- Plano do Governo de Minas Gerais para recuperação e pavimentação de rodovias.
- Logística eficiente permitindo que a produção seja mais competitiva.
Projeto Litorânea Sul
O outro grande projeto é o da construção da Variante Ferroviária Litorânea Sul (VFLS), que prevê uma nova ferrovia entre Cariacica e Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, com 165 quilômetros de extensão e com um ramal que dá acesso ao polo industrial e de serviços de Anchieta. O novo trecho vai substituir o trecho ferroviário acidentado entre as duas cidades pelo interior capixaba.
Em 2007, a FCA aplicou recursos no projeto básico de engenharia e deu início ao processo de licenciamento ambiental. Em novembro, oito audiências públicas foram organizadas para que se conseguisse a anuência das populações das 11 cidades que serão cortadas pelo novo trecho ferroviário. Foi a primeira etapa de licenciamento ambiental da obra.
Responsabilidade social
O Cidadania nos Trilhos é o mais importante projeto de relacionamento externo da Logística. Tem como objetivo compartilhar com as comunidades próximas à linha férrea os cuidados necessários para uma convivência segura com o trem.
Em cada município a busca unir esforços com igrejas, órgãos públicos, ONG´s, fundações, associações e entidades de classe, oferecendo parceria em iniciativas já existentes ou construindo propostas em conjunto.
Com as instituições de ensino da Rede Pública, o foco está na construção de projetos pedagógicos cujos temas estejam relacionados à convivência segura com a ferrovia. Para a elaboração dos projetos são distribuídos materiais didáticos. Desde seu início, o Cidadania nos Trilhos formou 443 educadores e envolveu diretamente mais de 43 mil alunos.
O Programa Cidadania nos Trilhos foi premiado pela Aberje, em 2006, como o principal programa de relacionamento com comunidades do Brasil.
Patrimônio cultural
Desde 2001, a FCA é a empresa responsável pela manutenção e operação da Estrada de Ferro Oeste de Minas. Este complexo ocupa uma área de 35.000 m2, sendo o maior centro de preservação da memória histórica ferroviária nacional e um dos mais importantes do mundo.
Além disso, em maio de 2006, foi inaugurado o Trem da Vale, cuja operação é de responsabilidade da Ferrovia Centro-Atlântica.
Referências
- ↑ Dados do site oficial da FCA
- ↑ a b RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrosio - Introdução aos Sistemas de Transporte no Brasil e à Logística Internacional - Edições Aduaneiras Ltda - 2000 - São Paulo - Pg. 45 - ISBN 85-7129-239-6
- ↑ Ana Paula Pedrosa (27 de março de 2014). «FCA vai devolver à União ferrovias em pior estado». O Tempo. Consultado em 26 de janeiro de 2015
- ↑ Valor Econômico, versão exclusiva para assinantes (16 de agosto de 2013). «Trilhos de ferrovia da Vale podem virar VLT na Bahia». Consultado em 4 de Setembro de 2015
- ↑ [1]
- ↑ [2]