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Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Firjan
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Novo logotipo, desde julho de 2018.
Organização sem fins lucrativos
Fundação 15 de março de 1827 (197 anos)
Sede Centro e Tijuca, Rio de Janeiro
Área(s) servida(s) Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Presidente Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Significado da sigla Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Website oficial firjan.com.br

A Firjan[nota 1] é uma organização privada sem fins lucrativos, que representa a indústria fluminense nos âmbitos municipal, estadual e nacional. Conta com 101 sindicatos patronais filiados e representa os cerca de 25 mil estabelecimentos industriais instalados no estado do Rio, que empregam aproximadamente 580 mil trabalhadores (Dados de 2019). A Firjan conta com 4.590 trabalhadores, incluindo colaboradores e estagiários. Integram a instituição a Firjan SESI, Firjan SENAI, Firjan IEL e Firjan CIRJ, conjunto de entidades dedicadas à indústria.


Atuação[ii]

  • Defesa da indústria do estado do Rio, por meio de ações voltadas para melhoria da competitividade e do ambiente de negócios [iii], atração de investimentos, estímulo à inovação e outras iniciativas na área econômica/empresarial fluminense e em questões nacionais.
  • Publicações exclusivas[iv]: pesquisas e estudos econômicos, cadernos de inovação, manuais e cartilhas, revistas Carta da Indústria e Firjan Petróleo.
  • Defesa de interesses das indústrias, com pautas relativas à competitividade, a exemplo dos incentivos fiscais[v].
  • Encontro de negócios entre empresas âncora e fornecedores de produtos e serviços da região.
  • Reuniões, encontros e missões empresariais para troca de experiências, exposição de produtos e serviços.
  • Suporte e informação sobre linhas de crédito e programas de financiamento com orientação para captação de recursos[vi].
  • Suporte ao investidor com foco na atração, implantação, ampliação e retenção de investimentos do estado.
  • Apoio à atuação no mercado internacional com informações e serviços[vii].
  • Representação da indústria também internacionalmente.
Exemplos práticos
  • Programa Resiliência Produtiva[viii] – Lançado em março de 2020, engloba ações de enfrentamento à crise causada pela Covid-19, por meio de três vertentes:
    • Propostas e discussões junto aos governos federal, estadual e municipal, como estudos que apontam saídas para a crise econômica imposta pela pandemia, a exemplo do “Programa de retomada do crescimento do Estado do Rio de Janeiro em bases competitivas”[ix], entregue à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj); e o “Rio a todo gás” [x], com soluções para destravar investimentos em gás natural.
    • Mobilização das empresas para suprir demandas das redes públicas de saúde federal, estadual e municipal do Rio, em conexão com institutos de pesquisa e universidades. Nos primeiros cinco meses, por exemplo, foram mais de 4 milhões de itens de segurança hospitalar entregues para a saúde pública do Rio[xi]. Já o Programa Testes Covid-19, da Firjan SESI em parceria com a UFRJ, estimulou a testagem em massa dos trabalhadores das indústrias fluminenses[xii].
    • Oferta de conteúdo para empresas e trabalhadores, com informação e prevenção[xiii], a exemplo do Guia de Orientações para a Retomada Segura das Atividades Industriais[xiv].
  • Estudos das mais diversas matizes, como o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM)[xv], criado em 2008, que acompanha a evolução dos mais de 5 mil municípios do país, em três áreas: Emprego & renda, Educação e Saúde[xvi]; o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF)[xvii], que analisa as contas de cerca de 5.300 cidades brasileiras através de quatro indicadores: Autonomia, Gastos com Pessoal, Liquidez e Investimentos; e o Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil. Outros exemplos: Projeções para o PIB Brasil e PIB Rio[xviii]; a Sondagem Industrial do Rio de Janeiro[xix]; e o Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense (Icei-RJ)[xx].


Representatividade empresarial

Por meio de:

  • Conselhos empresariais [xxi] e fóruns setoriais[xxii]
  • Comissões Municipais e Intermunicipais Firjan/ Firjan CIRJ[xxiii]: Comissão intermunicipal da Firjan em Magé e Guapimirim; Comissão Municipal de Macaé; Conselho Municipal de Campos; e Conselho Municipal de Itaperuna
  • Representações Regionais[xxiv]:
    • Duque de Caxias e Região
    • Nova Iguaçu e Região
    • Centro-Sul Fluminense – Sede em Três Rios
    • Centro-Norte Fluminense – Sede em Nova Friburgo
    • Serrana – Sede em Petrópolis
    • Sul Fluminense – Sede em Volta Redonda
    • Norte Fluminense – Sede em Campos dos Goytacazes
    • Noroeste Fluminense – Sede em Itaperuna
    • Leste Fluminense – Sede em Niterói


Serviços e benefícios[xxv]

  • Acesso às Regionais Firjan, facilitando a interlocução em diversas regiões do estado e em Brasília, e aos Conselhos e Fóruns empresariais para tratar de temas estratégicos e estruturantes.
  • Assessorias técnicas nas áreas jurídica, meio ambiente, negócios internacionais e responsabilidade social.
  • Orientação, defesa e representação dos associados em diversas situações, junto ao poder público, nas esferas municipal, estadual e federal que impactam o encadeamento produtivo.
  • Ações para a melhoria do ambiente de negócios com foco em ações jurídicas de infraestrutura, logística, inovação e gestão.
  • Atuação com foco em assuntos relacionados às questões jurídicas, de infraestrutura, logística, inovação e gestão.
  • Acesso à estrutura, produtos e serviços das instituições da família Firjan: Firjan SESI, Firjan SENAI e Firjan IEL, além da Casa Firjan[xxvi] e dos Institutos SENAI de Inovação e Tecnologia[xxvii].


Memória[xxviii]

A Firjan foi fundada em 19 de outubro de 1827, como Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional (SAIN), instalada na casa de seu idealizador, na ladeira de Santa Thereza, 10. Mais tarde, foi transferida para uma sala onde funcionava o primeiro Museu Nacional, no Campo de Santana, na Praça da República. Eram 49 sócios efetivos e seis honorários, entre eles o próprio imperador d. Pedro I que, por meio de decreto, aprovou os estatutos da nova instituição, em outubro de 1825. Em julho de 1827, uma portaria instituiu a diretoria e o quadro de funcionários da SAIN.

Essa sociedade privada atuou por 50 anos como órgão consultivo do governo federal, especialmente nas questões econômicas do Império. Em 1850 – com a extinção da Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação –, a Sain também passou a ser órgão de concessão de fábricas e invenções, o que a própria considerava um obstáculo ao desenvolvimento industrial. Em 1904, a Sain se uniu ao Centro Industrial de Fiação e Tecelagem de Algodão, para constituir o Centro Industrial do Brasil (CIB), que defendeu fortemente a tarifa alfandegária.

Enquanto isso, o cenário brasileiro ia se modificando e as federações foram se transformando. Em 1931, um ano após Getúlio Vargas criar o Ministério do Trabalho, da Indústria e do Comércio, numa política industrial nacionalista, o Centro Industrial do Brasil (CIB) se transformou na Federação Industrial do Rio de Janeiro (Firj), para representar a classe do setor secundário fluminense. Menos de dois anos depois foi fundada a Confederação Industrial do Brasil (que herdou a sigla CIB) para, em 1938 , se transformar na Confederação Nacional da Indústria.

Em 1937 entrou em cena, ainda, a Federação dos Sindicatos Industriais do Distrito Federal (FSIDF), que em 1941 passou a se chamar FIRJ (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro).

Após a Segunda Guerra Mundial, Gaspar Dutra atribuiu à CNI a criação do Serviço Social da Indústria (SESI) – que buscava melhorar as condições dos operários em áreas como habitação, higiene e transporte, visando à inclusão social e à cidadania – e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

Em 1951, Vargas retoma o poder e torna a investir na indústria de base, transportes e energia. Após a morte de Vargas, Juscelino Kubitschek assume em 1956 e anuncia seu Plano de Metas, visando prioritariamente os setores de energia, transporte, indústria de base e alimentos.

De lá para cá, a Firj evoluiu e fortaleceu sua atuação: em 1958, mudou o nome para Federação das Indústrias do Distrito Federal (FIDF); em 1960 tornou-se Federação das Indústrias do Estado da Guanabara (FIEGA).

Em 1975, após a fusão dos estados da Guanabara e do Rio e também das entidades industriais dos dois estados – Federação das Indústrias do Estado da Guanabara (FIEGA) com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ) –, passou a se chamar Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), nome mantido até hoje. Em 1994, foi implantado o Sistema FIRJAN, reunindo a Firjan, o CIRJ e as entidades vinculadas SESI Rio, SENAI Rio e IEL Rio. Em setembro do mesmo ano, foi inaugurada a nova sede da FIRJAN, na avenida Graça Aranha, no Centro da cidade do Rio. Além da FIRJAN e do CIRJ, o prédio passou a abrigar as regionais do SENAI, o SESI e o IEL.

Em 1995, foi inaugurado o Centro Internacional de Negócios (CIN), como contribuição do CIRJ e do Sebrae/RJ, marcando a atuação da Firjan na promoção, apoio, fortalecimento e dinamização da inserção das empresas fluminenses no comércio exterior. Esse trabalho, iniciado nos anos 1990, decorria da estabilização econômica brasileira e do crescente processo de globalização. Na época, as empresas do país pouco tinham experimentado o mercado internacional. A necessidade de formar bases sólidas para as empresas fluminenses liderem com a abertura comercial levou à criação do CIN, oferecendo soluções completas em um único local de atendimento. Em 2016, o CIN passa a ser denominado Firjan Internacional, com o objetivo de aprofundar as relações bilaterais envolvendo as empresas do estado do Rio.

A partir de julho de 2018, houve reposicionamento da marca. O nome Firjan passou a ser a “marca mãe”, e o termo Sistema parou de ser utilizado, tendo sido substituído por Firjan e suas instituições.

Cronologia

1500 a 1815 – De Colônia a Reino: durante três séculos, o Brasil foi colônia de Portugal, abastecendo o reino com os seus produtos nativos, como o pau-brasil, o fumo, o algodão e o ouro, além de produtos, como o açúcar.

1816 a 1889 – Brasil agroexportador: o país da época da criação da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional (SAIN), antecessora da Firjan.

1889 a 1930 – Rumo à industrialização: o Brasil da Primeira República experimentou mudanças radicais. O momento era de transição: de monarquia para república; o fim da ordem escravocrata; a adoção do trabalho livre e assalariado; imigrantes adaptavam-se a um novo país, que passava por uma crescente urbanização. A SAIN também se transformava, passando a se chamar Centro Industrial do Brasil.

1930 a 1955 – As indústrias de base: O período entre 1930 e 1955 foi bastante conturbado no Brasil e no mundo, atingido pela recessão econômica e pela Segunda Guerra. O Brasil deixou de ser um país agrícola, ingressando na era industrial. Foram criadas a Federação dos Sindicatos Industriais do Distrito Federal (FSIDF), em 1937; e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ), em 1949, somando forças ao Centro Industrial do Rio de Janeiro (CIRJ), com esse nome desde 1941, mas tendo suas origens na antiga SAIN, de 1827. Surgiram também o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), e o Serviço Social da Indústria (SESI).

1956 a 1964 – Brasil Industrial: O país entrava em uma fase de muito entusiasmo, acentuado com a chegada de JK à presidência. O CIRJ e a Federação modernizaram-se com o país. Entretanto, em oito anos, o entusiasmo cederia espaço para a crise e, depois, para o golpe militar de 1964.

1965 a 1979 – O Brasil do milagre: Após um período de estagnação, o país experimentou uma fase de excepcional crescimento econômico, conhecido como o “milagre brasileiro”. A fusão do estado da Guanabara e do estado do Rio, bem como a fusão das entidades industriais dos dois estados, resultou no nascimento da Firjan.

1980 a 1994 – Da recessão à estabilidade: Tempos difíceis viriam com a década de 1980 para o Brasil, marcados pela crise econômica e altíssimo processo inflacionário. A volta da democracia trouxe algum alento para enfrentar aqueles anos de estagnação econômica, hiperinflação e desemprego. O Brasil ganhou uma nova Constituição. A Firjan /CIRJ lutou contra a recessão e inaugurou uma nova sede da indústria fluminense.

1995 a 2002 – Crescimento sustentável: No final do século XX, problemas como desigualdade social, desemprego, prejuízos ambientais e novas formas de abordagem em relação ao planeta entraram em pauta com força total. A responsabilidade social passou a fazer parte do cotidiano das empresas e da Firjan, que instalou um núcleo para tratar do tema.

2003 a 2017 – Economia criativa: Um mundo virtual começou a se impor no início do século XXI. Nessa era digital, inovação, criatividade e informação passaram a ter peso de ouro. Inovar passou a ser palavra de ordem. Após mais de 10 anos apoiando o setor, a economia criativa ganha reforço com a inauguração da Casa Firjan, um polo para eventos, cursos e debates.

Ver também

Notas e referências

Notas

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Referências

Notas

Ligações externas

  • Sítio oficial (em português)
  • Firjan (Linkedin) - https://www.linkedin.com/company/sistema-firjan/about/
  • Firjan (Facebook) - https://www.facebook.com/firjanoficial/
  • Firjan (Twitter) - https://twitter.com/firjan?ref_src=twsrc%5Egoogle%7Ctwcamp%5Eserp%7Ctwgr%5Eauthor