Entre os dias 2 e 30 de agosto, a Póvoa de Varzim acolhe o programa expositivo “Andor! Encontros, manifestações de rua e espaços vivos na Póvoa de Varzim”.
Esta iniciativa visa expor e ativar um arquivo recolhido em torno dos III Encontros Internacionais de Arte em Portugal (Póvoa de Varzim, 1976), recuperando o mesmo para o espaço público da cidade e articulando a sua memória com práticas artísticas contemporâneas.
Estes Encontros, organizados entre 1974 e 1977 pelo crítico de arte Egídio Álvaro e pelo galerista Jaime Isidoro, foram espaços de liberdade capazes de proporcionar o contacto entre artistas e público, de todos estratos sociais e culturais.
Neste sentido, serão instalados quatro andores em lugares chave da cidade: Diana Bar, calçada do Passeio Alegre, entre o Casino e o Grande Hotel e na rua pedonal do Cine-Teatro Garrett. Os artistas Albuquerque Mendes, Elisa Pône, Oficina Arara e Nuno Marques foram convidados pela organização a intervencionar estes andores.
No âmbito deste evento, nos dias 2, 3 e 4 de Agosto a Póvoa de Varzim irá contar com uma programação de performances, oficinas e filme no recinto da Feira do Livro e no Diana Bar, a saber: uma oficina de eco-poesia (com Margarida Mendes e Nuno Marques), uma oficina de serigrafia (com Oficina Arara) e a projeção de um documentário vídeo. As oficinas de 2 e 4 de agosto são de participação livre, mediante inscrição prévia para o email [email protected].
Estas intervenções culminam no dia 4 de Agosto com um cortejo popular que convoca a população da Póvoa de Varzim para a deslocação dos andores num cortejo desde o Cine-Teatro Garrett, passando pelo Passeio Alegre até ao adro do Diana-Bar. Aqui, os andores serão desmontados por todas as pessoas presentes que coletivamente irão montar a exposição documental e conversar sobre as memórias levantadas.
O programa expositivo “Andor! Encontros, manifestações de rua e espaços vivos na Póvoa de Varzim” conta com o apoio da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e realiza-se no contexto dos 50 anos do 25 de Abril e num período em que se multiplicam os alertas à “sobrevivência da democracia”, inscrevendo memórias visuais, escritas e plásticas como uma oportunidade para pensar o futuro.
