Lucro do Santander Totta dispara 64,2% para 547,7 milhões até junho

"Os resultados estão à vista", atira Pedro Castro e Almeida. O Santander Totta registou lucros de 547,7 milhões no primeiro semestre, mais 64,2% em termos homólogos.

O Santander Totta registou lucros de 547,7 milhões de euros nos seis primeiros meses do ano, disparando 64,2% em comparação com o mesmo período do ano passado.

O resultado foi suportado pela manutenção das taxas de juro em níveis elevados, que permitiu à instituição liderada por Pedro Castro e Almeida aumentar a margem financeira — diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — em 47% para 862,2 milhões de euros. Mas o presidente do banco salientou que o pico da rentabilidade do setor já ficou para trás.

Com as comissões a subirem 0,5% para 232,3 milhões, o produto bancário aumentou 34% para 1,11 mil milhões de euros. “É normal que a tendência nos próximos trimestres seja de algum desaceleramento devido à queda das taxas de juro”, explicou Manuel Preto, administrador financeiro do banco, na conferência de apresentação dos resultados.

“Os resultados estão à vista”, afirmou Pedro Castro e Almeida. “A atividade continua a crescer de uma forma sustentada, mesmo num contexto de taxas de juro mais baixas”, disse.

Os custos com pessoal aumentaram 0,8% para 257,5 milhões de euros, que possibilitou uma melhoria do rácio de eficiência de mais de sete pontos percentuais, baixando de 30,8% em junho de 2023 para 23,1% em junho de 2024.

O crédito aumentou, impulsionado sobretudo pelo segmento de empresas, que disparou 28,3% para 22,3 mil milhões de euros. No mercado de habitação registou um crescimento de apenas 1% para 22,7 mil milhões.

Os depósitos praticamente estabilizaram nos 36,7 mil milhões de euros.

“Sim, vou” continuar

Em fim de mandato, Pedro Castro e Almeida adiantou aos jornalistas que vai continuar a liderar os destinos do banco português. “Sim, vou”, foi assim que o CEO português respondeu à pergunta se iria renovar os ‘votos’ no cargo para o triénio 2025-2027. “A vida muda todas as semanas, a minha expectativa é que sim”, completou.

Há um ano, Castro e Almeida foi nomeado para liderar o negócio do Santander na Europa, abrangendo não só Portugal, mas também os mercados de Espanha, Reino Unido e Polónia.
“Tenho aprendido muito, são culturas diferentes, pessoas diferentes. São mercados com reguladores diferentes. Mas os comportamentos dos clientes são muito parecidos”, destacou o gestor português.

Dividendo igual ao do ano passado

Questionado sobre o dividendo que vai pagar à casa-mãe, por conta dos resultados de 2023, Manuel Preto revelou que “não será muito distante do valor pago no ano passado”, que foi de 500 milhões de euros.

Está agendada uma assembleia geral para o final de agosto para aprovar o dividendo.

(Notícia atualizada às 11h10)

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