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Justiça

De “arrogante” a “discreta”, as reações à quebra do silêncio da PGR

Os comentários, na SIC Notícias, às primeiras palavras de Lucília Gago sobre as críticas de quem tem sido alvo a Procuradoria-Geral da República

PSD, Bloco de Esquerda e PS acreditam que a procuradora-geral da República devia ter comunicado mais com o país. O Chega defende Lucília Gago e fala numa forma de trabalho mais discreta. Aprocuradora-geral quebrou o silêncio, esta segunda-feira, sobre as polémicas que têm envolvido a atuação do Ministério Público, falando numa “campanha orquestrada” por pessoas “com relevo na vida da nação” e criticando personalidades como o Presidente da República e a ministra da Justiça.

Na SIC Notícias, em análise às declarações de Lucília Gago, Duarte Pacheco, do PSD, criticou a postura da procuradora-geral e acusou-a de não querer prestar esclarecimentos, mas apenas responder a quem a criticou.

“A expressão que utilizava era de arrogância, de superioridade a tudo e a todos, pensando que é Deus na Terra, e, por isso, tinha uma mensagem muito clara, que não era explicar coisa nenhuma. Não era explicar as fugas de informação. Não era explicar as escutas que se prolongam uma vida inteira,... Era para responder a essas individualidades, porque se sentiu picada e quis reagir”, afirmou Duarte Pacheco.

Pelo Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo defendeu que a procuradora-geral “vai ficar na história do Ministério Público” pela falta de comunicação em seis anos de mandato.

"Eu lamento que uma procuradora-geral da República veja o dever de informação, o dever de transparência, como podendo ser confundido com o culto da personalidade”, atirou o líder parlamentar bloquista.

Vitalino Canas, do PS, afirmou que não pode criticar Lucília Gago, uma vez que ela se prepara agora para dar explicações à Assembleia da República, mas assume que estas poderiam ter sido dadas mais cedo.

“Acho que deveria ter vindo antes ao Parlamento e isso significa que há aqui uma errada perceção do momento político e do momento comunicacional perante o público”, referiu.

Filipe Melo, do Chega, considera que a postura assumida pela procuradora-geral da República é “de quem quer trabalhar e de uma forma mais discreta”.

“Nunca ouvi nunca ouvi ninguém, no passado, a dizer que [Lucília Gago] devia estar mais ou menos ativa. Ouvi algumas críticas a dizer que não saía do palácio. E agora vêm criticar porque a sra. procuradora dá uma entrevista?” questionou.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: [email protected]

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