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Caixa (instrumento musical)

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 Nota: Para outros significados, veja Caixa.
Caixa
Tipo
tambor
individual double-skin cylindrical drums, one skin used for playing (d)
type of musical instrument (d)
Utilização
Usuário(a)s
Uso
A bateria

1 Prato de condução | 2 surdo | 3 Tom-tom

4 Bumbo | 5 Caixa | 6 Chimbau

Outros componentes

Prato de ataque | Prato chinês |
Pandeirola | Bloco sonoro | Campana

Caixa, caixa-de-guerra (do original em inglês war snare)[1] ou caixeta clara é um instrumento musical percussivo bi-membranofone (duas peles distendidas) da família do tambor percutido, composto por: um corpo cilíndrico de pequena seção (caixa rasa de 10~15 cm); com duas peles de alta sensibilidade a batida,[1] fixadas por meio de aros metálicos, e; esteira de metal constituída por pequenas molas, em contato com a pele inferior, que vibra após a pele superior ser percutida, produzindo um som característico das marchas militares.[2]

Piccolo, tarol ou tarola (do original em inglês snare drum ou shallow snare drum: "tambor de caixa rasa")[1] é um instrumento bimembranofone da família da caixa, com afinação um pouco mais aguda e som mais nítido,[3][4] devido a ter um corpo com seção menor, e apresenta esteiras em ambas as peles.[3] Popularmente distingue-se o tarol da caixa pelo formato do corpo; onde o tarol tem geralmente uma distância menor das membranas, em torno dos 10 cm, e a caixa pode ter acima de 15 cm.

De uma maneira geral, e dependendo dos modelos, a esteira pode ser afastada da pele inferior mediante uma alavanca, permitindo também a execução de ritmos sem a presença do som repicado.

A caixa é um elemento essencial: na formação da bateria musical, na ala de bateria das agremiações carnavalescas (escolas de samba) e, na banda militar.

O instrumento normalmente é tocando com uso de baquetas (do italiano bacchetta ou bacchio), um objeto em forma de pequeno bastão, e com uma das extremidades arredondadas usada para percutir, fabricado principalmente de madeiras ou fibras. Existem padrões do músico baterista/percussionista segurarem as baquetas em suas mãos, chamados de grip ou pegada. Existem sete tipos de manuseio: traditional grip, matched, french, american, german, ancient, overhand; as fundamentais são a traditional e a matched.[5]

O militarismo foi um meio onde os tambores e sua linguagem se desenvolveram rapidamente, particularmente na Europa. Dentre os instrumentos de percussão, a caixa se destaca pela sua função, por ter uma sonoridade penetrante e bem audível é associada às diversas chamadas da tropa através de ritmos durante combate ou em exercícios militares.[6]

Historicamente, os tambores do tipo caixa, provavelmente descendem de um tambor medieval chamado Tabor, usado pela primeira vez na guerra.[3] É produzido com um laço único amarrado na parte inferior, com um som pouco mais alto que o tom médio.[3]

Por volta do século XV, o tamanho do instrumento aumentou adquirindo uma forma cilíndrica. Este tornou-se popular com as tropas de mercenários suíços, devido o uso dos tambores no exército turco-otomano.[3]

No século XVII, ocorreu uma mudança, iniciou-se o uso de parafusos para prender as peles, dando um som mais brilhante que o chocalho do laço. Sua forma manteve constante até o século XX, quando passou a ser feita de metal ou acrílico.[3]

Composição do instrumento

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Um tambor bimembranofone percutido formado por:[7]

  • Corpo cilíndrico de uma pequena seção, chamado caixa rasa com 10 cm a 15 cm de altura,feito em madeira, metal ou acrílico;
  • Duas peles normalmente sintéticas, uma "pele percutida" e uma "pele resposta", de alta sensibilidade a batida, fixadas e tensionadas por meio de aros metálicos nas extremidades do corpo cilíndrico;
  • Jogo de esteiras de metal formada por pequenas molas de arame, colocada em contato com a pele inferior, que vibra e dobra o som devido a ressonância produzida quando a pele superior é percutida, produzindo um som repicado, característico das marchas militares;
  • Dois aros metálicos que são fixados nas canoas e nas extremidades do corpo cilíndrico;
  • Parafusos que fixam os aros metálicos nas canoas (presas ao redor do corpo cilíndrico), que são responsáveis por afinação tensionando as peles.

Estilos musicais

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Uma caixa de samba

A caixa teve a sua origem na Europa do século XV, onde a sua utilização básica surgiu com a marcação do ritmo das marchas militares.

Atualmente seu uso se estendeu a praticamente todos os estilos musicais ocidentais, devido torna-se um instrumento percussivo fundamental, sendo elemento essencial na bateria, onde é usada geralmente na marcação dos contratempos ou na execução de células rítmicas, ou exercícios musicais mais complexos. Com uso frequente no rock, pop e no jazz, sendo também presença habitual nas seções de percussão das orquestras.

O uso de estilos afro-brasileiros tem suas raízes nos desfiles militares portugueses, desempenhando seu papel principal nas marchas, batucadas, e outros estilos do carnaval, apesar de ser também incluída em diversas outras formas de música.

As caixas integram a bateria de escolas de samba.

Músicos da Storyville Stompers Brass Band tocando caixas.

O percussionista executa a caixa com auxílio de duas baquetas, geralmente de madeira ou com pequenas escovas, designadas por vassourinhas.

Nas bandas de marchas ou desfiles, é hábito apoiar a caixa ao ombro ou à cintura do percussionista com um talabarte (alça). Quando utilizada na bateria, é montada sobre um pedestal, geralmente, em forma de tripé.

Maracatu
O músico pode produzir vários tipos de sons. Com as esteiras encostadas à pele inferior o som é repicado e brilhante, como neste exemplo:
Quando a esteira é solta pela alavanca, o som é brilhante (ressonante) mas sem a presença dos repiques (ainda sem exemplo disponível).
O músico pode bater no aro metálico que fixa a pele, produzindo um som seco e metálico:
É também possível utilizar um abafador que elimina totalmente a ressonância da pele inferior, tornando o som seco e curto.

O som produzido muda drasticamente quando a caixa é tocada com o auxílio de vassourinhas. Neste caso os sons são mais suaves e o músico pode também raspar a pele produzindo um som de fricção. Este tipo de execução é muito comum no jazz (ainda sem exemplo disponível).

Referências

  1. a b c «Brazilian Music, Instruments». Sol Samba (em inglês). Consultado em 18 de agosto de 2021 
  2. «Caixa». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2020 
  3. a b c d e f «Caixa de Guerra - Lu Explica». Magazine Luiza. Consultado em 19 de agosto de 2021 
  4. Os intrumentos de percussão de uma bateria de samba.
  5. derekmelo (28 de março de 2016). «Como escolher o Seu Tipo de pegada de Baquetas». Clube do Baterista. Consultado em 16 de março de 2022 
  6. Braga, Tarcísio (2011). «A caixa clara». A caixa clara na bateria: Estudo de caso de performances dos bateristas Zé Eduardo Nazário e Marcio Bahia (pdf) (Tese de mestrado). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais. p. 16. Consultado em 19 de agosto de 2021 
  7. Braga, Tarcísio (2011). «Construção e componentes característicos». A caixa clara na bateria: Estudo de caso de performances dos bateristas Zé Eduardo Nazário e Marcio Bahia (pdf) (Tese de mestrado). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais. p. 17. Consultado em 19 de agosto de 2021 
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