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Corvina

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 Nota: Se procura o asteroide, veja 1442 Corvina.

O termo corvina é a designação comum, em língua portuguesa e espanhola, a várias espécies de peixes incluídos na infraclasse dos teleósteos, dentro da ordem dos perciformes e pertencentes à família dos cienídeos, que vivem em água salgada, doce e salobra.

No Atlântico ocidental, o termo pode remeter, mais especificamente, à espécie Micropogonias furnieri, encontrada em diferentes ambientes, desde as Antilhas até a Argentina,[1] sendo abundante no litoral catarinense. Esses peixes podem atingir 2m de comprimento, têm o corpo alongado e comprimido, de tonalidade prateada a marrom, dorso mais escuro e ventre esbranquiçado, estrias escuras e oblíquas no dorso e flancos que se prolongam até a linha lateral sinuosa, pequenos barbilhões abaixo da mandíbula. Trata-se de espécie de grande valor comercial, sustentando uma indústria pesqueira de porte em todo o Atlântico ocidental, e é conhecida popularmente pelos nomes de cascudo, corvina-crioula, corvina-de-linha, corvina-de-rede, corvina-marisqueira, corvineta, cupá, cururuca, guatucupá, marisqueira, murucaia, tacupapirema, ticopá e ticupá.

As espécies mais conhecidas são Argyrosomus regius (chamada no Atlântico Nordeste e Centro-Este, corvina-legítima) [2] e Pogonias cromis, popularmente conhecida como miragaia

A corvina pode ser pescada em águas doces e, na região noroeste do estado de São Paulo, é encontrada nos rios Grande, Tietê e outros.

Como a maioria dos peixes ósseos, e muitos vertebrados, esta espécie de peixe possui otólitos perto dos ouvidos internos e que fazem parte do sistema de equilíbrio do peixe. Há três pares de otólitos localizados no ouvido interno, na base do crânio do peixe. Destes, apenas um par é mais facilmente encontrado em função do seu maior tamanho. Os otólitos permitem avaliar a idade do peixe, uma vez que são formados de carbonato de cálcio e proteínas que se depositam em camadas distinguíveis. O número dessas faixas está associado a ciclos de crescimento do peixe.[3] Segundo a tradição popular, essas "pedras" teriam poderes curativos. Na França do século XVI, chamavam-se "pedras de cólica" e eram usadas como uma espécie de amuleto para prevenir ou curar cólicas renais.[4]

As corvinas são muito apreciadas na gastronomia e na pesca esportiva. Atualmente existem projetos de aquicultura voltados para essas espécies, com a produção de ovos férteis por indução hormonal, seja por implantes, seja por injeção.[5]

Diferentes espécies popularmente denominadas corvina:

Referências


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