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Onde podemos depositar os resíduos das festas?

Reduzir e reciclar

Especialistas

Círculo formado por pinhas, laranjas, pau de canela e ramos em forma de setas
iStock

De barriga cheia, de espírito festivo pela reunião familiar e pelas prendas, resta arrumar tudo. E agora, para onde vai o papel de embrulho que desfizemos para chegar à prenda ansiada? Esta é fácil: é papel, vai para o ecoponto azul. Mas e se o papel de embrulho tiver brilho ou plástico? Sabe tudo sobre o assunto? Então e para onde vão os laçarotes das prendas e outros resíduos que produzimos antes e depois do Natal? A DECO PROTeste juntou-se à Sociedade Ponto Verde para esclarecer estas dúvidas e tentar que esta época seja mais sustentável.

A resposta está no material

Não se assuste com o resultado das festas em casa: este caos pode ser facilmente organizado. Cada resíduo terá o seu destino certo. Confira:

E a árvore de Natal?

Centremo-nos no altar do Natal, a árvore. Uma artificial, de plástico, por não ser uma embalagem, não deverá ir para o ecoponto. Deve conservá-la por muitos anos, para compensar a pegada que custou: terá vindo de qualquer parte do mundo, o que implica pegada ambiental decorrente do fabrico e do transporte; usa plástico e metal, materiais que resultam de recursos de origem fóssil, e assim por diante...

Mas o pinheiro natural também terá custos para o planeta. É necessário um novo a cada ano, o que implica o abate de uma árvore. Apesar de o impacto desta árvore ser muito inferior ao da congénere artificial, ao comprar, certifique-se de que a sua origem é sustentável e que não provém de práticas de desflorestação. Não compre árvores originárias de fora de Portugal e dê preferência às que foram cortadas para manter o terreno limpo e prevenir incêndios. Se tiver um terreno grande, compre uma árvore em vaso e depois da época natalícia plante a árvore no terreno. Em último caso, entregue-a num ecocentro.

Outra alternativa é o Pinheiro Bombeiro, iniciativa que decorre em regra todos os anos, permite que o consumidor compre a sua árvore de Natal (parte do valor reverte para os bombeiros) e que, depois do fim da época natalícia, devolva, para que seja transformada em biomassa, ou seja, para que seja produzida energia. Esta será a alternativa mais sustentável.

Mas voltemos às embalagens e resíduos afins. É importante também desfazer mitos, que persistem, apesar das inúmeras campanhas e informação a este respeito.

A queda dos mitos sobre a reciclagem

Comecemos por um hábito de muitos consumidores: não é necessário lavar as embalagens de vidro ou plástico antes de as colocar no ecoponto. Se ainda tiverem produto no interior, basta escorrê-las bem. O mesmo não acontece com as embalagens de cartão sujas: devem seguir para o lixo indiferenciado.

Se não estiverem sujas, vão para o ecoponto azul, mas devem – tal como as de plástico, cujo destino é o amarelo – ser espalmadas antes. Assim será possível reduzir o volume da embalagem, o que vai fazer com que exista mais espaço disponível no ecoponto para receber outras embalagens.

E o que fazer às tampas de garrafas ou frascos? A regra é simples: se a tampa ou carica for muito pequena (menos de 5 cm), deve ser depositada no ecoponto com a embalagem, independentemente do material. Se o diâmetro for superior, deve ir para o amarelo. Porquê? Quando as tampas são muito pequenas, vão perder-se no processo de triagem e serão depositadas em aterro ou incineradas, perdendo-se material que poderia ser reciclado. Mas atenção: se houver loiça partida, esta não pode ser colocada no ecoponto verde, terá de seguir para o lixo indiferenciado.

É fácil memorizar estas regras e viver um Natal e um ano novo com conforto, iguarias, prendas e brindes, sem nunca esquecer o que pode ser feito pelo ambiente.

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