Análise

Como aplicar a poupança mensal?

Há 4 anos - 18 de novembro de 2019
Ajudamo-lo a escolher o produto certo para aplicar a poupança de 10 ou 20 euros que coloca de parte todos os meses.
galinha a engordar com poupança

A multiplicação das suas poupanças não passa pelos depósitos a prazo, que pouco ou nada rendem.

Os rendimentos das famílias são baixos, a carga fiscal é pesada e os investimentos, sobretudo os sem risco, rendem pouco. Três bons argumentos para não se poupar, nem aplicar a poupança em nenhum produto. E os números assim o demonstram: o país tem a mais reduzida taxa de poupança das últimas duas décadas (5,9% no segundo trimestre de 2019, segundo o INE). 

Apesar da conjuntura desfavorável, negligenciar a poupança não faz bem à saúde da sua carteira nem à da economia. Se fizer um esforço mensal de 50, 20 ou até de 10 euros e aplicar a poupança no produto certo, ao fim de alguns anos, pode ter em mãos uma boa almofada financeira.

Para ter uma ideia, se poupar 50 euros por mês e não aplicar a poupança, de todo, em 10 anos, terá juntado 6 mil euros. Se investir num dos produtos que recomendamos, mediante as condições atuais, esse montante pode chegar a perto de 9 mil euros. 

Para começar, além de definir o montante a pôr de lado todos os meses, pense no objetivo da poupança: quer poupar para a compra de um carro, para os estudos do seu filho ou para preparar a reforma? No que toca a prazos, os longos são, obviamente, mais vantajosos, não apenas porque permitem juntar dinheiro durante mais tempo, mas também porque dão maior margem para assumir riscos e investir em produtos com um potencial de valorização superior. 

Aplicar a poupança em produtos do Estado (e sem risco) 

A multiplicação das suas poupanças não passa certamente pelos desoladores depósitos a prazo, ainda assim úteis para a criação do fundo de emergência. Este deve ter um valor equivalente a seis salários, facilmente mobilizável numa situação imprevista. 

Dado este passo, os títulos de dívida pública são uma possível alternativa para aplicar a poupança se o que pretende é investir em produtos de capital garantido.

Para quem quer juntar aos poucos, os Certificados de Aforro, com um prazo máximo de 10 anos e reforços mínimos de 100 euros (não necessariamente mensais), são uma boa opção. Apesar da baixa taxa líquida de 0,4%, este produto beneficia de duas vantagens: depende da Euribor a 3 meses, o que significa que, se esta subir, a taxa de juro imediatamente beneficia dessa subida, e tem um prémio de permanência de 0,5% brutos, do segundo ao quinto ano, e de 1%, do sexto ao décimo ano. 

Isso significa que, com reforços mensais de 100 euros, fazendo as contas à rentabilidade atual, ao fim de 10 anos terá amealhado 12 559 euros, mais meio milhar do que teria se tivesse deixado esse dinheiro num depósito a render praticamente zero. 

Os Certificados de Aforro subscrevem-se nos CTT, com um montante mínimo de 100 euros. Mesmo que resgate o capital antes do final do prazo, o reembolso total é garantido pelo Estado, exceto nos primeiros três meses após a subscrição.

PPR sem risco, para a reforma e não só 

Mas o esforço mensal pode ser mais suave. Com apenas 20 euros por mês, pode subscrever o Lusitania Poupança Reforma PPR, a nossa Escolha Acertada para os planos de poupança-reforma sem risco, que garante um mínimo de 1,5% para este ano e acumulou um rendimento médio de 3,9%, entre 2016 e 2018. Mediante estas condições, ao fim de 10 anos, terá transformado 2400 euros em quase 3 mil. 

E, desengane-se, se pensa que esta é uma solução exclusiva para os que já veem a reforma no horizonte. Pode usar o PPR como qualquer outro instrumento de poupança, com liberdade para resgatar o dinheiro aplicado quando entender, desde que não faça deduções fiscais das entregas no IRS, que dão direito a 20% de benefício fiscal. 

Tenha, no entanto, atenção às comissões de resgate antecipado, ainda que, no caso do Lusitania PPR, os nossos subscritores estejam isentos dessa despesa. Se o que pretende é mesmo poupar para a reforma, e estiver a menos de 10 anos de lá chegar, o PPR que recomendamos, sob a forma de seguro, continua a ser uma boa solução. 

Além do rendimento base, os subscritores da PROTESTE INVESTE beneficiam ainda de um prémio de fidelização anual de 0,25% aplicado ao saldo médio anual, nos primeiros cinco anos do contrato, e os restantes subscritores da DECO PROTESTE, de 0,1 por cento. A comissão de gestão, cobrada mensalmente, é de 1,2 por cento. 

PPR com mais risco e melhor rendimento 

Ainda na senda dos PPR, se não é totalmente avesso ao risco e está na casa dos 30 ou dos 40 anos, há soluções mais rentáveis para juntar para a reforma, a partir de 50 euros por mês. 

É o caso do Alves Ribeiro PPR, do Banco Invest, que ganhou 6,7% ao ano, entre 2014 e 2018. Uma parte do fundo investe em ações, pelo que o rendimento será influenciado pelas bolsas, podendo haver anos de perdas, como foi o caso de 2018 (-3,9 por cento). 

Daí que seja um produto mais adequado para o longo prazo, de modo a ficar mais protegido das oscilações dos mercados. Os subscritores da PROTESTE INVESTE beneficiam da parceria que temos com o Banco Invest, estando isentos do pagamento de comissões de subscrição e de resgate. Recebem ainda uma bonificação anual de 0,4%, que acresce à rentabilidade do fundo. 

Para subscrever, precisa de 1000 euros, se for subscritor, ou de 5000, nos restantes casos. Se isso for um senão, a próxima solução que lhe apresentamos pode agradar-lhe mais, ainda que assim não beneficie da vantagem maior dos PPR: as deduções fiscais.

Mas antes disso, vamos a contas: mantendo-se o rendimento dos últimos cinco anos (o que, tratando-se de um produto com risco, não é garantido), com uma poupança mensal de 50 euros poderia chegar aos 8467 euros, ao fim de 10 anos. Essa soma ascenderia a mais de 24 mil euros, se aplicasse o mesmo montante mensal durante 20 anos. 

Tal como no caso anterior, pode subscrever este PPR e utilizá-lo, por exemplo, para pagar a universidade do seu filho daqui a alguns anos. Basta que as entregas não sejam declaradas no IRS para obtenção do benefício fiscal. 

Investir nos mercados a preço de saldo

Dez euros. É o suficiente para começar a fazer uma poupança com o fundo de investimento que replica os conselhos da PROTESTE INVESTE – o Optimize Selecção Base – que, nos últimos três anos, ganhou, em média, 3,9% brutos ao ano. 

No conjunto dos últimos 10 anos, o desempenho da carteira que replica a nossa carteira base (50% de ações e 50% de obrigações) foi ainda mais positivo, com uma média de 7,5% ao ano. Ao abrigo da parceria que temos com a Optimize, os nossos subscritores beneficiam de um prémio anual de 0,4% e a DECO PROTESTE recebe, por ano, o equivalente a 0,2% do valor das carteiras, para cobrir parte dos custos da atividade de acompanhamento dos mercados. 

Cálculos feitos, aplicando uma dezena de euros por mês neste produto, ao longo de 10 anos, e caso a rentabilidade da última década se mantenha, o total amealhado rondará os 1766 euros (em vez dos 1200 que acumularia se guardasse esse dinheiro no mealheiro). Se subir a fasquia para os 50 euros mensais, a poupança dá um salto para os 8829 euros. Voltamos a frisar que o investimento nos mercados financeiros deve ser sempre feito numa ótica de longo prazo, para que a possibilidade de ocorrerem perdas seja reduzida ao máximo.

Texto de Sílvia Nogal Dias e Filipa Rendo
Dossiê técnico: António Ribeiro

 

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