Bolsas em alta ligeira
Há um mês - 24 de junho de 2024As diversas reuniões dos bancos centrais durante a semana passada não trouxeram surpresas ao nível da política monetária, mas foram bem recebidas pelos investidores.
Na Suíça, o banco nacional baixou, mais uma vez, as suas taxas diretoras em 0,25% graças a uma inflação que está sob controlo. Por sua vez, o Banco da Inglaterra manteve os juros inalterados antes das eleições gerais no país.
Graças à estabilização das taxas de juro de longo prazo e às cotações atrativas de algumas empresas, o Stoxx Europe 600 subiu 0,8%, apesar da fraqueza dos dados económicos na Europa ter penalizado os índices no final da semana. A bolsa de Paris recuperou 1,7% mas a de Zurique caiu 0,3%.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 (+0,6%) e o Nasdaq (inalterado) registaram novos recordes durante a semana. No atual cenário de otimismo, a fraqueza das vendas a retalho em maio é um sinal da desaceleração da economia americana.
Antes da correção para a tomada de mais-valias, a Nvidia (-4%) tornou-se durante a semana a maior cotada do mundo, com um valor de 3.335 mil milhões de dólares, à frente da Microsoft (+1,6%) e da Apple (-2,4%). O entusiasmo pelo título continua inabalável devido à inteligência artificial. Ainda assim, o setor de semicondutores recuou 1,9% na semana. As tecnológicas americanas, em geral perderam 0,6%. Em contraciclo, a Autodesk subiu 7,3%.
Na Europa, vários setores fecharam em alta, com destaque para o financeiro (+1,9%), que recuperou de uma semana anterior difícil, e para a distribuição (+1,5%).
Lisboa regressa aos ganhos
Após a correção das últimas semanas, a bolsa nacional regressou aos ganhos e subiu 0,5%, elevando para 2,7% a valorização acumulada desde o início do ano.
A liderar os ganhos estiveram a Mota-Engil (+6,7%) e o BCP (+4,2%), que tem um peso elevado no PSI, e que beneficiou do bom momento do setor bancário e da perspetiva de melhoria da sua remuneração acionista.
Igualmente em alta esteve, novamente, o setor da pasta e do papel, com a Navigator e a Altri a subirem 3,3 e 2,5%, respetivamente.
Em sentido contrário, a Novabase (-7,1%) voltou a liderar as perdas. O facto de a ação já não dar direito ao recebimento do elevado dividendo e a venda da Neotalent no final de 2023 retiraram interesse ao título.
A par da Jerónimo Martins, que recuou 2,5%, o grupo EDP foi um dos principais responsáveis pela modesta valorização da praça lisboeta, já que a prevista queda das taxas de juro continua incerta. A EDP desceu 1,9% e a EDP Renováveis perdeu 0,3%.
Números da semana
135,58 dólares
Novo máximo histórico de cotação fixado pela Nvidia no dia 18 de junho, que tornou a empresa de semicondutores a maior capitalização bolsista a nível global. A euforia em torno da inteligência artificial está na base desta subida (+164,3% em 2024, em euros).5,25%
Apesar da queda da inflação, tal como se esperava, o Banco de Inglaterra manteve inalterada a sua principal taxa de juro diretora nos 5,25%. Aguarda a confirmação de que as pressões inflacionistas estejam controladas para começar a baixar os juros.
Top subidas
Gilead Sciences +8,6%
Accenture +7,8%
Corning +7,5%
Autodesk +7,3%
Mota-Engil +6,7%
Top descidas
Novabase -7,1%
Radius Recycling -5,9%
Carrefour -4,4%
Nvidia -4,0%
Bayer -3,9%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | +0,8% |
EUA S&P 500 | +0,6% |
EUA Nasdaq | +0,0% |
Lisboa PSI | +0,5% |
Frankfurt DAX | +0,9% |
Londres FTSE 100 | +1,1% |
Tóquio NIKKEI 225 | -0,6% |
Variação das cotações entre 14/06/24 a 21/06/24, em moeda local.
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