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Rui Ribeiro

Rui
Ribeiro


Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.

Semana de indefinição nas bolsas

Há um mês - 1 de julho de 2024
Rui Ribeiro

Rui
Ribeiro


Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.

Na Europa, a maioria dos índices fechou em queda. Quanto às bolsas americanas, o S&P 500 caiu 0,1% e o Nasdaq subiu 0,2%.

As bolsas fecharam sem tendência definida na semana passada embora, na Europa, a maioria dos índices tenha fechado em queda. O Stoxx Europe 600 recuou 0,7% e Paris perdeu 2% na véspera das eleições legislativas em França.

Apesar de a inflação americana ter saído em linha com as expectativas, os investidores não quiseram assumir riscos, como mostra a realização de mais-valias na Nvidia (-2,4%).
Apple (+1,5%) e Tesla (+8,1%) beneficiaram de conselhos positivos de investimento, ao passo que a Amazon (+2,2%) atingiu, pela primeira vez, os 2 biliões de dólares. Nos semicondutores (-2,1%), a Micron Technology (-5,7%) divulgou previsões de resultados dececionantes. Assim, o S&P 500 caiu 0,1% e o Nasdaq subiu 0,2%.

O setor energético ganhou 1,2%, após a subida do preço do petróleo (+0,6%). A perspetiva de descida das taxas de juro, nos EUA, alimentou as esperanças de uma procura mais forte. A Exxon valorizou 3,9% e a ENI subiu 3%.

Por cá, o índice PSI perdeu 1,4% numa semana em que houve poucas novidades.

Os setores energético e da distribuição foram os principais responsáveis pela queda da bolsa nacional. A EDP Renováveis e a EDP perderam 4,9 e 2,8%, respetivamente, e a REN desceu 1,7%. Por sua vez, a Jerónimo Martins e a Sonae desvalorizaram 4,6 e 2,3%.

Pela positiva, a Novabase (+5,8%) liderou os ganhos, após aumentar o capital em 38 milhões de euros para remunerar os acionistas que escolheram a remuneração em espécie. Já a Galp (+4,4%) beneficiou da recuperação do preço do petróleo.

Semestre positivo com exceção de Paris

As bolsas fecharam o primeiro semestre em alta, com exceção de Paris (-0,9%), que foi bastante penalizada nas últimas semanas pela instabilidade política em França.
Como tem sido hábito, as bolsas americanas destacaram-se claramente das demais, com o Nasdaq a ganhar 21,8% no semestre e o S&P 500 a subir 18%, apesar da indefinição em relação à descida das taxas de juro. A robustez da economia e o boom da inteligência artificial, liderado pelas cotadas americanas, justificam este desempenho acima da média. 

Na Europa, os ganhos foram mais modestos, apesar do BCE já ter feito o seu primeiro corte de taxas, ao contrário do seu homólogo americano. O Stoxx Europe 600 valorizou 6,8% no semestre, com destaque para a subida de Frankfurt (+8,9%).

Por sua vez, a bolsa de Lisboa subiu uns ligeiros 1,3% no semestre, muito penalizada pelo grupo EDP, afetado pelo mau momento do setor das energias renováveis e pelas altas taxas de juro, e pela Jerónimo Martins.

Números da semana

-8,9%

A Nvidia perdeu 8,9% desde o seu máximo histórico do dia 18 de junho. Após uma subida de 173,8% desde o início de 2024, os investidores optaram por realizar mais-valias antes da divulgação dos resultados semestrais.   

1,9 biliões

O défice orçamental federal dos EUA deverá atingir os 1,9 biliões de dólares, de acordo com o Gabinete Orçamental do Congresso, acima dos 1,5 biliões de dólares estimados há quatro meses. O défice será equivalente a 7% do PIB, em 2024. O país recorrerá a investidores internacionais para financiar o défice.

Top subidas

Tesla +8,1%
Novabase +5,8%
Radius Recycling +4,7%
Galp Energia +4,4%
Ericsson B +4,4%

Top descidas

Euroapi -15,9%
Airbus -13,7%
H&M B -13,7%
Endesa -7,2%
Trigano -7,0%
 

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 -0,7% 
EUA S&P 500 -0,1% 
EUA Nasdaq +0,2% 
Lisboa PSI -1,4% 
Frankfurt DAX +0,4% 
Londres FTSE 100 -0,9% 
Tóquio NIKKEI 225 +2,6% 

 

Variação das cotações entre 21/06/24 a 28/06/24, em moeda local.

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