Análise
António Ribeiro

António
Ribeiro


Especialista em produtos de poupança.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra.

Os melhores PPR para a sua reforma em 2023

Há um ano - 20 de julho de 2023
António Ribeiro

António
Ribeiro


Especialista em produtos de poupança.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra.

Este ano há exceções no resgate dos PPR. Explicamos porque deve recorrer a elas apenas em emergências e indicamos quais foram os PPR mais rentáveis em 2022.
mealheiro reforma

Os PPR permitem criar uma poupança de longo prazo com entregas de pequeno montante.

João Tomé ficou apreensivo ao ler o resumo mensal do seu fundo PPR. Há muitos meses que o valor não parava de descer. Foi ao banco, decidido a resgatá-lo antes que a rentabilidade que acumulara nos últimos anos se esvanecesse na totalidade. Pretendia aproveitar as exceções aprovadas pelo Governo que permitiam, até ao final do ano, o reembolso antecipado sem penalização fiscal. 

Era não só possível resgatar os PPR subscritos até 30 de setembro de 2022, sem especificar o fim, mas também amortizar o crédito à habitação, ou pagar a prestação do empréstimo, crédito para construção e beneficiação ou entregas a cooperativas em soluções de habitação própria e permanente.

Certamente, já lhe passou a mesma ideia pela cabeça. O desempenho da generalidade dos fundos PPR, em 2022, desiludiu por culpa dos mercados financeiros. A rentabilidade dos seguros PPR também não foi brilhante. É motivo para ir a correr pedir o reembolso? Não. 

Há cinco argumentos de peso para manter esta aplicação de longo prazo, cujo objetivo principal é servir de complemento à reforma. Mas, antes de passar a eles, façamos um balanço de 2022 em termos de rentabilidade.

Como se portaram os PPR em 2022? No ano passado, a subida das taxas de juro, o contexto de guerra na Ucrânia e a consequente pressão inflacionista prejudicaram os mercados financeiros. Por investirem em ações, os fundos PPR foram, inevitavelmente, os mais afetados. 

Como pode ver no quadro, no final do artigo, qualquer uma das três classes, em que dividimos habitualmente os fundos PPR, perdeu: os que aplicam mais de 50% em ações registaram a maior queda (-13,8%); os que aplicam mais de 25% e até 50% em ações perderam, em média, 11,6%; e até os fundos mais defensivos, com uma política de investimentos mais parecida com a dos seguros PPR, caíram 8,9%, em média. 

Quanto aos seguros PPR, também não saíram incólumes. Com base nos dados recolhidos pela PROTESTE INVESTE (a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões ainda não divulgou os dados de 2022), os de capital garantido ganharam, em média, 1,2 por cento. Se incluirmos os seguros PPR sem garantia de capital, o rendimento médio foi de -5,2 por cento. Esta performance negativa deveu-se às perdas no mercado de obrigações, onde investem maioritariamente, e também no de ações, onde o investimento é mais marginal.

Em resumo, 2022 não foi um ano nada favorável. Mesmo com resultados tão pouco animadores, vamos agora às razões pelas quais não deve resgatar.

1. Se resgatar agora, efetiva as perdas 

Os planos de poupança-reforma são aplicações de longo prazo e, claro, há sempre períodos menos bons, como o do ano passado, mas são compensados pelos ganhos dos anos de valorização das bolsas. Se tem um PPR sob a forma de fundo e o resgatar nesta fase, pode efetivar a perda. Isto é, o valor das unidades de participação pode ser inferior ao que era na data em que subscreveu o fundo. Em teoria, num ano de crise e desvalorizações, deveria até reforçar e aplicar mais, já que as unidades de participação dos fundos têm uma cotação mais baixa. A tendência é para valorizarem.

2. Mercados começam a recuperar 

Depois de dez anos de um desempenho excecional, as bolsas estão a passar por uma fase com muita volatilidade. Mesmo assim, o pior da crise energética foi superado na Europa, e da Ásia sopram ventos favoráveis. A China reabriu a economia após anos de confinamento e de política de covid-zero. Por isso, o primeiro semestre deste ano já foi bem mais animador para os fundos PPR, que registaram um ganho médio de 3,1 por cento. Os mais agressivos lideram as valorizações (em média, 5,1 por cento). A prova é que, no primeiro semestre deste ano, as nossas Escolhas Acertadas conseguiram recuperar: o BBVA Estratégia Investimento PPR subiu 7,3%; o Alves Ribeiro PPR/OICVM 4,3%; e o GNB PPR/OICVM 1,2 por cento. 

3. Amortizar o crédito à habitação não baixa assim tanto a prestação 

Desde o final de junho, é possível pedir o resgate antecipado do PPR para amortizar adiantadamente o empréstimo de habitação própria e permanente, bem como os contratos de crédito à construção ou beneficiação de imóveis com a mesma finalidade. O reembolso tem, contudo, o limite anual de 12 vezes o IAS (5765,16 euros), o que significa que não terá um impacto muito relevante na sua prestação mensal ao banco. Por exemplo, se tiver um empréstimo de 200 mil euros, com um spread de 1,5% e taxa Euribor a 6 meses, a sua prestação mensal baixará 44 euros. A menos que o seu orçamento familiar esteja, neste momento, muito apertado, não compensa hipotecar o seu complemento de reforma. Vai sentir um alívio mensal, mas vai fazer-lhe falta daqui a uns anos. 

4. Reformas vão minguar significativamente 

Não é à toa que dizemos que o plano de poupança lhe vai fazer falta quando chegar à idade da reforma. Quem se reformar neste momento ainda recebe 74% do último salário. Contudo, de acordo com o último relatório Ageing Report, da Comissão Europeia, esta taxa de substituição baixará drasticamente devido, não apenas ao aumento da esperança de vida, mas também por causa do número cada vez mais reduzido de pessoas ativas por pensionista. Assim, entre 2030 e 2050, o valor das reformas pagas pelo Estado deverá cair para cerca de metade. Ou seja, daqui a quase três décadas, receberá apenas 43,5% do último salário. Assim, se tem entre 20 e 40 anos, é imperativo iniciar uma poupança de longo prazo o mais cedo possível, de preferência quando inicia a vida ativa.

5. Benefícios fiscais relevantes 

Os PPR têm vantagens fiscais que os tornam muito apetecíveis. Primeiro, permitem deduzir, todos os anos, à coleta de IRS, 20% do valor aplicado, com um limite máximo de 400 euros, para quem tem até 35 anos, 350 euros se tiver entre 35 e 50 anos, e 300 euros acima de 50 anos. Correspondem a aplicações de 2000, 1750 e 1500 euros, respetivamente. A soma das deduções à coleta, incluindo o benefício fiscal estabelecido para os PPR, não pode, contudo, exceder determinados limites estabelecidos em função do escalão de rendimento coletável. Esse limite inclui a soma das deduções à coleta relativa a despesas de saúde e com seguros de saúde, despesas de educação e formação, encargos com imóveis ou lares, importâncias respeitantes a pensões de alimentos ou exigência de fatura.

O benefício fiscal mais significativo dos PPR é a taxa de imposto aplicada “à saída”. Isto é, a tributação sobre o rendimento é calculada apenas no momento do resgate e beneficia de uma taxa reduzida, que varia entre 8% e 21,5%, consoante o prazo da aplicação e se resgata de acordo com a legislação ou fora das condições. Por exemplo, se mantiver o seu investimento por menos de cinco anos é tributado a 21,5%; mas, após este período, beneficia de uma taxa de IRS de apenas 8% em vez dos 28% aplicados a outros produtos de poupança. Mesmo resgatados fora das condições definidas por lei, os PPR têm uma taxa de imposto mais favorável se não declarar as entregas no IRS. Caso contrário, terá de devolver os benefícios fiscais acrescidos de uma penalização de 10% por cada ano decorrido. 

Não está contente com o rendimento do PPR? Transfira-o 

Há dezenas de PPR disponíveis para todos os gostos: uns sob a forma de seguro, com garantia de capital, mais defensivos e adequados a quem não pretende correr risco. Outros sob a forma de fundo de investimento ou de pensões, por regra, sem garantia de capital. Como investem em ações, a componente de risco varia de acordo com o peso, maior ou menor, na carteira de investimento. Por estarem sujeitos às flutuações dos mercados, são recomendados a quem está ainda longe da reforma e aceita algum risco como forma de obter um rendimento superior no longo prazo.

Os portugueses, tradicionalmente conservadores, preferem os planos de poupança sob a forma de seguro, que representam quase 80% do mercado dos PPR. Por desconhecimento, muitas vezes optam por uma solução desajustada da idade, o que gera perdas de milhares de euros a longo prazo. Por exemplo, é frequente uma pessoa de 30 ou 40 anos de idade subscrever um PPR sob a forma de seguro porque foi recomendado pelo gestor de conta do banco. Na prática, está a aplicar num produto que acompanha as taxas de juro do mercado e, por isso, não poderá render muito. Dessa forma está a desperdiçar um dos maiores trunfos: o tempo.

A longo prazo, porque se trata de uma poupança de décadas, é mais rentável, nessas idades, optar por um PPR sob a forma de fundo, aproveitando a valorização dos mercados. Existem muitos fundos PPR, com diferentes políticas de investimento, pelo que facilmente encontra um produto adequado ao risco que está disposto a correr, seja mais conservador seja mais agressivo.

Pode comparar o desempenho do seu PPR com as recomendações da PROTESTE INVESTE, em Ganhe Mais no PPR. Se não estiver satisfeito com o rendimento do seu produto, pode transferi-lo para uma das nossas quatro Escolhas Acertadas, sem perder o rendimento acumulado.

Apenas os PPR de capital garantido podem ter de pagar uma comissão até 0,5 por cento. Portanto, se está a menos de 10 anos da reforma, ou quer ter sempre o capital garantido, o conselho recai sobre o Lusitania Poupança Reforma PPR. Em 2022, rendeu 2,25%, e, nos últimos três e cinco anos, conseguiu uma rentabilidade anual de 2,3% e 2,7%, respetivamente. Não sendo um rendimento surpreendente, é o melhor do mercado nesta categoria de produtos.

No caso de subscrever ao abrigo da nossa parceria com a Lusitania Vida, está isento das comissões de subscrição e de resgate. Por ser subscritor da PROTESTE INVESTE receberá um prémio anual de 0,10% nos primeiros cinco anos do contrato.

Este seguro PPR da Lusitania Vida não está, contudo, a aceitar transferências. Sugerimos que pare de fazer entregas no seu PPR atual e inicie um novo, subscrevendo o Lusitania Poupança Reforma PPR. Assim que for possível, efetue a transferência do seu antigo PPR.

Nos fundos PPR, recomendamos, na categoria mais defensiva, o GNB PPR/ OICVM, que perdeu 9,8% em 2022, mas ganhou 1,5% ao ano, nos últimos cinco. Na categoria intermédia, os que aplicam mais de 25% e até 50% em ações, o Alves Ribeiro PPR/OICVM sofreu um rombo de 11,1% em 2022, mas mantém uma rentabilidade positiva de 1% ao ano nos últimos cinco. Por fim, para os que gostam de arriscar mais, o BBVA Estratégia Investimento PPR, que perdeu 7,6% no ano passado, é o mais rentável a cinco anos (2,7% ao ano).

Qualquer dúvida, contacte o nosso centro de apoio através do 21 841 87 89, entre as 9 e as 18 horas.

 

  Fundos PPR

Nome do fundo Local de subscrição Comissões (máximas) Rentabilidade anualizada (%) (1)
Subscrição Gestão + depósito Resgate 1.º sem. 2023 2022 3 anos 5 anos
PODEM APLICAR ATÉ 25% EM AÇÕES
GNB PPR/OICVM (EA) Novo Banco, Best, ActivoBank, Invest 0,0% 1,175% 0,0% 1,2% -9,8 -1,1 1,5
Caixa PPR Rendimento Mais CGD 0,0% 0,8% 0,5% 0,8% -3,0 -1,2 0,0
PPR Vintage Sustentável (ex-PPR Vintage)(2) GNB, Best Bank 2,5% 2,7% 1,5% 1,1% -8,1 -1,8 -0,1
Optimize Capital Reforma PPR/OICVM Moderado(3) Optimize, Best 0,0% 1,35% 0,0% 2,9% -11,0 -2,5 -0,6
PPR SGF Poupança Conservadora SGF 3,0% 1,6% 2,0% 0,5% -5,9 -0,8 -0,7
Bankinter Rendimento PPR/OICVM - Classe A Bankinter 0,0% 1,0% 0,0% 1,7% -3,5 -1,3 -0,9
PPR Praemium S Millennium bcp, CTT, Ageas Pensões 2,0% 1,8% 1,0% 0,9% -4,7 -2,0 -1,4
PPR 5 Estrelas Montepio, Futuro 0,0% 1,85% 2,0% 3,3% -10,6 -2,5 -1,4
BBVA Estratégia Capital PPR BBVA 2,0% 2,0% 2,0% 0,0% -4,2 -2,0 -1,5
Bankinter 25 PPR/OICVM Bankinter 0,0% 1,5% 0,0% 3,0% -12,4 -2,8 -1,5
PPR SGF Poupança Garantida (2) SGF 1,0% 1,6% 3,0% 1,0% -6,0 -2,1 -1,7
PPR Garantia de Futuro (2) Montepio, Futuro 0,0% 1,40% 2,0% 1,7% -7,0 -2,6 -1,7
BPI Vida PPR Banco BPI 2,0% 1,5% 0,0% 1,0% -10,1 -3,1 -2,0
BPI Reforma Investimento PPR/OICVM Banco BPI 0,0% 1,5% 0,0% 1,9% -14,7 -4,1 -2,1
Bankinter Obrigações PPR/OICVM - Classe A Bankinter 0,0% 1,4% 0,0% 2,3% -10,8 -3,9 -2,4
PPR BIG Taxa Plus Banco BiG 0,0% 1,0% 2,0% 6,0% -14,1 -4,6 -2,6
Santander Poupança Prudente FPR Santander Totta 0,0% 1,3% 0,0% 1,5% -14,0 -5,1 -2,7
BPI Reforma Obrigações PPR/OICVM Banco BPI 0,0% 1,0% 0,0% 1,9% -14,1 -5,3 -3,4
Médias por categoria: 1,7% -8,9% -2,7% -1,4%
PODEM APLICAR ENTRE 25% E 50% EM AÇÕES
Alves Ribeiro PPR/OICVM (3) (EA) Banco Invest 0,0% 1,5% 1,0% 4,3% -11,1 -1,7 1,0
CVI PPR BBVA 5,0% 4,0% 5,0% 3,3% -9,6 -1,8 -0,3
PPR SGF Poupança Equilibrada SGF 3,0% 1,9% 2,0% 0,1% -6,7 -0,5 -0,5
Santander Poupança Valorização FPR Santander 0,0% 1,63% 0,0% 1,6% -10,8 -2,1 -0,7
PPR BIG Acções Alpha Banco BiG 0,0% 1,0% 2,0% 2,3% -11,8 -2,7 -0,7
Bankinter 50 PPR/OICVM Bankinter 0,0% 1,75% 0,0% 4,5% -14,2 -1,8 -0,8
PPR Praemium V Ações Ocidental, Millennium bcp, CTT 2,0% 2,04% 1,0% 5,6% -13,5 -3,0 -1,1
PPR Europa Millennium bcp, Ocidental 3,0% 1,9% 2,0% 4,3% -11,9 -3,0 -1,2
Optimize Capital Reforma PPR/OICVM Equilibrado (3) Optimize, Best 0,0% 1,925% 0,0% 4,7% -13,9 -3,2 -1,3
PPR Geração Activa Montepio, Futuro 0,0% 1,85% 2,0% 4,8% -11,1 -2,1 -1,4
IMGA Poupança PPR/OICVM - Categoria A Millennium, ActivoBank, BIC, Credito Agrícola 0,0% 1,1% 0,0% 2,4% -15,1 -3,1 -1,6
Vanguarda PPR Millennium bcp, Ageas 3,0% 1,9% 2,0% 3,6% -11,6 -3,3 -1,7
PPR BNU Vanguarda CDG 2,0% 1,8% 0,7% 3,6% -12,5 -3,6 -1,8
BBVA Estratégia Acumulação PPR BBVA 2,0% 2,0% 2,0% 0,5% -14,6 -4,8 -3,2
Médias por categoria: 2,6% -11,6% -2,4% -1,2%
PODEM APLICAR MAIS DE 50% EM AÇÕES
BBVA Estratégia Investimento PPR (EA) BBVA 2,0% 2,0% 2,0% 7,3% -7,6 1,7 2,7
PPR SGF Poupança Dinâmica SGF 2,0% 2,2% 1,0% 1,3% -6,8 2,7 2,0
PPR SGF Stoik SGF 0,0% 1,1% 1,0% 7,2% -17,3 -0,4 1,1
PPR SGF Poupança Ativa SGF 3,0% 2,2% 2,0% 0,2% -6,7 0,7 0,5
Bankinter 75 PPR/OICVM - Classe A Bankinter 0,0% 2,0% 0,0% 6,0% -16,2 -0,6 0,1
Optimize Capital Reforma PPR/OICVM Ativo(3) Optimize, Best 0,0% 1,925% 0,0% 7,9% -15,8 -1,7 -0,3
IMGA Investimento PPR/OICVM - Categoria A Millennium, ActivoBank, BIC 0,0% 1,5% 0,0% 3,4% -14,5 -1,6 -0,6
BPI Reforma Valorização PPR/OICVM Banco BPI 0,0% 2,0% 0,0% 4,8% -17,5 -3,3 -1,4
Médias por categoria: 5,1% -13,8% -0,2% 0,5%
Médias de todos os fundos PPR (das 3 categorias): 3,1% -11,3% -2,0% -1,0%
(1) Até 30 de dezembro de 2022. (2) Fundo com capital garantido. (3) Pode subscrever este produto com condições especiais. Consulte as nossas parcerias. Escolha Acertada (EA)

  Seguros PPR

Nome do PPR Local de subscrição Montante mínimo (euros) Mínimo nas entregas mensais (euros) Comissões máximas Capital garantido? Taxa mínima em 2023 Rentabilidade anual bruta (%)
Subscrição/entrega Gestão Resgate antecipado Transferência 2022 3 anos 5 anos
Lusitania Poupança Reforma PPR DECO (EA) Lusitania Vida 240 (4) 20 0% 1,2% 1% 0,5% Sim 1,6% (5) 2,25% 2,3% 2,7%
Lusitania Poupança Reforma PPR Lusitania Vida e mediadores 240 (4) 20 2% 1,2% 1% 0,5% Sim 1,5% 2,25% 2,3% 2,7%
Prévoir PPR PP v2018 (TT 0%) Prévoir Vie 25 25 2% 0,5% 2% 0,5% Sim 0% 1,65% 1,2% 1,4%
Prévoir PPR PU v2018 (TT 0%) Prévoir Vie 300 300 2% 0,5% 2% 0,5% Sim 0% 1,65% 1,2% 1,4%
Viva PPR XXI Best, Una Seguros 250 75 1% 1% 0% 0,5% Sim 0,5% 0,5% 0,7% 0,8%
PPR Aforro Seguro Novobanco (Gamalife) 25 25 0% 1,5% 3,0% 1% Sim 0% 0,8% 0,3% 0,3%
BPI Garantia PPR Banco BPI 1 1 0% 0% 1% 0,5% sim 0,5% 0,1% 0,1% 0,1%
PPR Dinâmico 45/55 Novobanco (Gamalife) 25 25 0% 1,25% 1,5% 0% Não n.a. -15,0% -2,0% -0,7%
PPR Dinâmico 16/44 Novobanco (Gamalife) 25 25 0% 1,5% 1,5% 0% Não n.a. -16,1% -2,1% -0,8%
PPR Dinâmico 55+ Novobanco (Gamalife) 25 25 0% 1% 1,5% 0% Não n.a. -10,7% -2,6% -1,3%
PPR Proteção Global Premium Novobanco (Gamalife) 25 25 0% 1,5% 1,5% 0% Não n.a. -11,6% -3,7% -1,7%
PPR Poupança Ativa Novobanco (Gamalife) 25 25 0% 1,5% 1,5% 0% Não n.a. -11,6% -3,7% -1,7%
BPI Destino PPR 2050 Banco BPI 1 1 0% 1,5% 1% 0% não n.a. -12,1% 1,9% (6)
BPI Destino PPR 2040 Banco BPI 1 1 0% 1,5% 1% 0% não n.a. -11,5% 1,8% (6)
BPI Destino PPR 2030 Banco BPI 1 1 0% 1,5% 1% 0% não n.a. -10,8% 1,2% (6)
BPI Destino PPR 2025 Banco BPI 1 1 0% 1,5% 1% 0% não n.a. -10,0% 0,4% (6)
Super PPR 55+ Novobanco (Gamalife) 1000 n.a. 0% 0% 2,7% 0,5% Sim 1,3% 1,3% (6) (6)
PPR Super Rendimento Série 5 Real Vida Seguros 500 25 0% 0% 1% 0,5% Sim 0,5% 0,5% (6) (6)
PPR Evoluir(rede seguradora) (3) Fidelidade 100 25 0% 1,5% (1) 0,5% 0,5% (2) Sim (2) 2% -3,0% (6) (6)
PPR Evoluir(canal bancário) (3) Caixa Geral de Depósitos 100 25 0% 1,5% (1) 0,5% 0,5% (2) Sim (2) 2% -3,3% (6) (6)
PPR Futuro Garantido Mapfre 1500 (4) 25 0,25% 1% 1% 0% Sim 2% n.a. (6) (6)
(1) Apenas para a opção Ativo. (2) Apenas na opção Proteção. (3) Para um cliente com 60% investido da opção Proteção e 40% no Ativo. (4) Montante mínimo para entrega única. (5) 1,5% acrescido do prémio de fidelização (0,1% ou 0,05%) (6) Sem histórico suficiente (EA) Escolha Acertada.

A falta de transparência dos seguros

De forma a obter informação sobre os seguros PPR em comercialização, a PROTESTE INVESTE contactou 31 seguradoras. Contudo, apenas 18 responderam. Destas, só seis admitiram comercializar estes produtos. Quanto aos bancos, entidades que também comercializam seguros PPR, conseguimos mais duas respostas positivas.

Cada vez mais, as seguradoras ocultam os seus produtos, não apenas nos seus sites – onde a informação disponível é escassa –, mas também recusando responder ao nosso inquérito.

Por exemplo, o Bankinter Vida admitiu: “Temos o produto em questão, mas por motivos de política interna não participamos no estudo.” É cada vez mais importante a Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões fomentar a transparência das seguradoras e dos seus produtos, em nome da concorrência, do bom funcionamento do mercado e das escolhas do consumidor.

Não se pode promover a literacia financeira se não existir informação clara dos produtos.

Seguros e fundos PPR são supervisionados por entidades distintas. Optar por uns ou por outros é aplicar o dinheiro com regras diferentes no que diz respeito à transparência e ao rendimento: os PPR sob a forma de seguro são mais opacos, mais caros e têm menor rendibilidade. Ao contrário, a informação sobre o rendimento, as comissões, e outros detalhes, é abundante e clara nos fundos PPR.

 

 

 

 

 

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