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António Ribeiro

António
Ribeiro


Especialista em produtos de poupança.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra.

Governo aumenta limite de emissões dos Certificados de Aforro e do Tesouro

Há um ano - 24 de maio de 2023
António Ribeiro

António
Ribeiro


Especialista em produtos de poupança.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra.

O limite de emissões dos Certificados de Aforro e do Tesouro passa de 7 para 16,5 mil milhões de euros.
certificados aforro sobem

Os Certificados de Aforro rendem, atualmente, 3,5% brutos.

Um despacho do Ministro das Finanças, publicado este mês, aumenta o limite de emissões dos Certificados de Aforro e do Tesouro, de 7 para 16,5 mil milhões de euros, em detrimento de outros produtos de dívida publica.

Nos primeiros meses deste ano, a subscrição de Certificados de Aforro pelos portugueses excedeu amplamente as previsões que estavam subjacentes à elaboração da Resolução do Conselho de Ministros do início do ano.

Tendo em conta que já foram aplicados em Certificados de Aforro cerca de 9 mil milhões de euros, nos primeiros três meses, e a previsão é de que se continue a assistir a essa procura, devido às baixas taxas de juro dos depósitos e nível elevado da Euribor, as subscrições de Certificados de Aforro serão bem superiores às previstas no início do presente ano. Por isso, o Ministério das Finanças alterou o limite anteriormente aprovado para a emissão destes instrumentos de dívida pública.

O mesmo Despacho refere ainda que, devido ao aumento das emissões de dívida realizadas através de Certificados de Aforro e do Tesouro, é possível reduzir o financiamento realizado através de outras fontes, nomeadamente Obrigações do Tesouro e de Bilhetes do Tesouro. 

Assim, segundo o Despacho n.º 5457/2023, no respeito pelo limite máximo de endividamento líquido global direto fixado no artigo 110.º e pelos artigos 113.º a 117.º do Orçamento do Estado para 2023, aprovado pela Lei n.º 24-D/2022, de 30 de dezembro, e ao abrigo do n.º 10 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 1-A/2023, de 3 de janeiro, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 2, de 3 de janeiro de 2023:

1) O limite de 25 mil milhões de euros relativo à emissão de obrigações do Tesouro é reduzido para 19,5 mil milhões de euros.

2) O limite de 12,5 mil milhões relativo à emissão de dívida pública fundada sob a forma de Bilhetes do Tesouro é reduzido para 8,5 mil milhões de euros

3) O limite de 7 mil milhões de euros relativo à emissão de Certificados de Aforro e de Certificados do Tesouro é aumentado para 16,5 mil milhões de euros.

No entanto, não está ainda afastada a possibilidade de alteração das regras dos Certificados de Aforro, como a suspensão da série atual e criação de uma nova série com outras condições.  

Por isso, se tem poupanças ou dinheiro no banco a render praticamente nada, subscreva Certificados de Aforro, que atualmente rendem 3,5% brutos e esse rendimento não deverá alterar nos próximos meses, já que não se esperam para breve descidas da Euribor.

 

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