O que fazer em caso de fraude com cartão de crédito e de débito
Conheça as principais formas de burla através de cartão de crédito e de débito. Saiba como se pode proteger e o que fazer numa situação de fraude.
Ter em atenção a segurança online e adotar alguns cuidados ao utilizar o cartão é meio caminho andado para evitar burlas com cartões de crédito ou de débito.
Tipos de fraudes com cartões
Existem vários tipos de fraudes bancárias. A fraude com cartão bancário é uma delas, e nem sempre é praticada online. Revelamos alguns dos métodos para este crime.
Telefonemas fraudulentos
Por vezes, há entidades que se fazem passar por instituições bancárias e que telefonam com supostas situações urgentes. Nestes casos, apresentam-lhe um problema fictício e pedem dados do seu cartão de crédito com o argumento de que irão resolvê-lo.
Clonagem de cartões
Os burlões colocam um aparelho no ATM, que copia a informação do seu cartão de crédito.
Roubo de correspondência
As cartas que chegam à sua morada com o cartão de crédito, com o código ou outras informações podem ser roubadas pelos burlões.
Phishing
Através de mensagens fraudulentas, via SMS ou em sites, consegue-se informação sensível dos consumidores.
Pharming
Ao fazer pesquisas na internet, o consumidor é redirecionado para uma página de internet semelhante à que procura, mas falsa. O objetivo dos burlões é conseguir informações confidenciais, como os dados do cartão de crédito.
Spyware
Sem que o utilizador se aperceba, sem autorização, é instalado um software que recolhe informação sensível.
8 dicas para evitar fraudes
Quando estiver para receber um novo cartão, fique atento ao prazo indicado pelo banco. Se não chegar na data prevista, avise a entidade emissora. Assine-o, pois esta é uma das principais formas de identificar o titular legítimo, e destrua-o quando atingir o limite da validade. Há outras dicas úteis que pode seguir.
- Memorize o código pessoal (PIN), evite guardá-lo na carteira e nunca o divulgue a terceiros. Se precisar de anotar o código, não o faça junto ao cartão ou no telemóvel, pois são os primeiros locais que os burlões procuram. Anote-o de forma dissimulada: por exemplo, como se fosse um número de telefone ou uma data de aniversário.
- Num pagamento, não perca o cartão de vista e certifique-se de que é passado num único equipamento, para não ser clonado. Se lhe pedirem para repetir a operação, faça-o apenas se o terminal apresentar uma mensagem em como a anterior foi anulada. Exija um comprovativo da compra.
- No multibanco, certifique-se de que mais ninguém vê o PIN. Se notar que a máquina tem um aspeto diferente do habitual ou está vandalizada, não a utilize, pois pode ter sido “adaptada”. Caso o cartão fique retido na ATM, contacte de imediato o emissor.
- Ao utilizar o pagamento contactless, redobre a segurança. Confirme se o ecrã do TPA tem o símbolo contactless e se o valor que aparece no ecrã é o que tem de pagar. Se não aparecer uma mensagem de erro ou de pagamento anulado, não repita a operação. Confirme que o pagamento foi autorizado e mantenha o cartão consigo. No final, peça um comprovativo.
- Seja prudente nos pagamentos através da net, fazendo compras só em estabelecimentos credíveis. Uma página segura apresenta uma chave ou um cadeado no canto inferior direito do ecrã e o respetivo endereço começa por “https”. Imprima e guarde uma confirmação da encomenda. Evite divulgar os dados do cartão por telefone ou correio eletrónico. Os pagamentos através do MB Way e a criação de cartões MB Net, que gera um cartão virtual com um valor máximo, também são seguros.
- Ignore mensagens de correio eletrónico, supostamente do emissor do cartão, pedindo-lhe para aceder a um determinado link. Este tipo de técnica permite a terceiros aceder a dados confidenciais e levantar dinheiro da conta. Nunca divulgue os dados do cartão ou de acesso a algum serviço online de gestão da conta do cartão.
- Se receber uma mensagem com um código do banco, leia-a com atenção. Nesta está indicada a sua finalidade, qual a operação que está a ser realizada e que será autorizada com o referido código. Se não tiver solicitado o código nem estiver a realizar a operação descrita, não o digite nem o forneça a ninguém. Contacte de imediato o banco e solicite o cancelamento do cartão ou do acesso aos canais digitais.
- Nunca aceda ao site do banco através de links enviados por e-mail, SMS ou outra forma. Opte sempre por digitar o endereço do site do banco na barra do browser.
O que fazer caso seja vítima de fraude?
Os pagamentos eletrónicos estão regulados pelo Regime de Serviços de Pagamento. Se o cliente tiver cumprido os deveres de confidencialidade e segurança dos seus dados, ao comunicar a operação não autorizada ao banco, deverá ser reembolsado. O cliente tem um período de 13 meses, a contar desde a data do débito, para comunicar ao banco as operações de pagamento não autorizadas.
Recai sobre o banco o risco das falhas e do deficiente funcionamento do sistema. E terá de ser o banco a provar que a operação de pagamento não autorizada nada teve que ver com avaria técnica ou com outra deficiência do sistema. Só o banco pode assegurar que o complexo sistema informático utilizado funciona bem e garante a confidencialidade dos dados do utilizador.
Em caso de perda, extravio ou roubo do cartão, contacte de imediato a entidade emissora (Unicre: 21 315 98 56), a SIBS, Sociedade Interbancária de Serviços (808 201 251 ou 217 918 780) ou o próprio banco. Para facilitar a notificação, tenha sempre à mão o número do seu cartão e da conta associada, bem como o nome da entidade emissora.
Após o cancelamento do cartão, todos os movimentos eletrónicos são da responsabilidade do emissor. Se ocorrerem antes da comunicação do furto, roubo ou extravio ao cartão, o cliente só é responsável até um máximo de 50 euros. Exceções: se tiver existido negligência ou dolo na utilização. Alguns cartões têm seguro que cobre aquele valor. Não se esqueça ainda de avisar as autoridades e peça uma prova da participação.
Se gostou deste conteúdo, apoie a nossa missão
Somos a maior organização de consumidores portuguesa, na defesa dos seus direitos desde 1991. Acreditamos que Saber é Poder.A nossa independência só é possível através da sustentabilidade económica da atividade que desenvolvemos. Para mantermos esta estrutura a funcionar e levarmos até si um serviço de qualidade, precisamos do seu apoio.
Conheça a nossa oferta e faça parte da comunidade de Simpatizantes. Basta registar-se gratuitamente no site. Se preferir, pode subscrever a qualquer momento.
Ter em atenção a segurança online e adotar alguns cuidados ao utilizar o cartão é meio caminho andado para evitar burlas com cartões de crédito ou de débito.
Tipos de fraudes com cartões
Existem vários tipos de fraudes bancárias. A fraude com cartão bancário é uma delas, e nem sempre é praticada online. Revelamos alguns dos métodos para este crime.
Telefonemas fraudulentos
Por vezes, há entidades que se fazem passar por instituições bancárias e que telefonam com supostas situações urgentes. Nestes casos, apresentam-lhe um problema fictício e pedem dados do seu cartão de crédito com o argumento de que irão resolvê-lo.
Clonagem de cartões
Os burlões colocam um aparelho no ATM, que copia a informação do seu cartão de crédito.
Roubo de correspondência
As cartas que chegam à sua morada com o cartão de crédito, com o código ou outras informações podem ser roubadas pelos burlões.
Phishing
Através de mensagens fraudulentas, via SMS ou em sites, consegue-se informação sensível dos consumidores.
Pharming
Ao fazer pesquisas na internet, o consumidor é redirecionado para uma página de internet semelhante à que procura, mas falsa. O objetivo dos burlões é conseguir informações confidenciais, como os dados do cartão de crédito.
Spyware
Sem que o utilizador se aperceba, sem autorização, é instalado um software que recolhe informação sensível.
8 dicas para evitar fraudes
Quando estiver para receber um novo cartão, fique atento ao prazo indicado pelo banco. Se não chegar na data prevista, avise a entidade emissora. Assine-o, pois esta é uma das principais formas de identificar o titular legítimo, e destrua-o quando atingir o limite da validade. Há outras dicas úteis que pode seguir.
- Memorize o código pessoal (PIN), evite guardá-lo na carteira e nunca o divulgue a terceiros. Se precisar de anotar o código, não o faça junto ao cartão ou no telemóvel, pois são os primeiros locais que os burlões procuram. Anote-o de forma dissimulada: por exemplo, como se fosse um número de telefone ou uma data de aniversário.
- Num pagamento, não perca o cartão de vista e certifique-se de que é passado num único equipamento, para não ser clonado. Se lhe pedirem para repetir a operação, faça-o apenas se o terminal apresentar uma mensagem em como a anterior foi anulada. Exija um comprovativo da compra.
- No multibanco, certifique-se de que mais ninguém vê o PIN. Se notar que a máquina tem um aspeto diferente do habitual ou está vandalizada, não a utilize, pois pode ter sido “adaptada”. Caso o cartão fique retido na ATM, contacte de imediato o emissor.
- Ao utilizar o pagamento contactless, redobre a segurança. Confirme se o ecrã do TPA tem o símbolo contactless e se o valor que aparece no ecrã é o que tem de pagar. Se não aparecer uma mensagem de erro ou de pagamento anulado, não repita a operação. Confirme que o pagamento foi autorizado e mantenha o cartão consigo. No final, peça um comprovativo.
- Seja prudente nos pagamentos através da net, fazendo compras só em estabelecimentos credíveis. Uma página segura apresenta uma chave ou um cadeado no canto inferior direito do ecrã e o respetivo endereço começa por “https”. Imprima e guarde uma confirmação da encomenda. Evite divulgar os dados do cartão por telefone ou correio eletrónico. Os pagamentos através do MB Way e a criação de cartões MB Net, que gera um cartão virtual com um valor máximo, também são seguros.
- Ignore mensagens de correio eletrónico, supostamente do emissor do cartão, pedindo-lhe para aceder a um determinado link. Este tipo de técnica permite a terceiros aceder a dados confidenciais e levantar dinheiro da conta. Nunca divulgue os dados do cartão ou de acesso a algum serviço online de gestão da conta do cartão.
- Se receber uma mensagem com um código do banco, leia-a com atenção. Nesta está indicada a sua finalidade, qual a operação que está a ser realizada e que será autorizada com o referido código. Se não tiver solicitado o código nem estiver a realizar a operação descrita, não o digite nem o forneça a ninguém. Contacte de imediato o banco e solicite o cancelamento do cartão ou do acesso aos canais digitais.
- Nunca aceda ao site do banco através de links enviados por e-mail, SMS ou outra forma. Opte sempre por digitar o endereço do site do banco na barra do browser.
O que fazer caso seja vítima de fraude?
Os pagamentos eletrónicos estão regulados pelo Regime de Serviços de Pagamento. Se o cliente tiver cumprido os deveres de confidencialidade e segurança dos seus dados, ao comunicar a operação não autorizada ao banco, deverá ser reembolsado. O cliente tem um período de 13 meses, a contar desde a data do débito, para comunicar ao banco as operações de pagamento não autorizadas.
Recai sobre o banco o risco das falhas e do deficiente funcionamento do sistema. E terá de ser o banco a provar que a operação de pagamento não autorizada nada teve que ver com avaria técnica ou com outra deficiência do sistema. Só o banco pode assegurar que o complexo sistema informático utilizado funciona bem e garante a confidencialidade dos dados do utilizador.
Em caso de perda, extravio ou roubo do cartão, contacte de imediato a entidade emissora (Unicre: 21 315 98 56), a SIBS, Sociedade Interbancária de Serviços (808 201 251 ou 217 918 780) ou o próprio banco. Para facilitar a notificação, tenha sempre à mão o número do seu cartão e da conta associada, bem como o nome da entidade emissora.
Após o cancelamento do cartão, todos os movimentos eletrónicos são da responsabilidade do emissor. Se ocorrerem antes da comunicação do furto, roubo ou extravio ao cartão, o cliente só é responsável até um máximo de 50 euros. Exceções: se tiver existido negligência ou dolo na utilização. Alguns cartões têm seguro que cobre aquele valor. Não se esqueça ainda de avisar as autoridades e peça uma prova da participação.