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Televisores "baratos" nem sempre compensam

Os televisores mais baratos de qualidade aceitável não compensam face às Escolhas Acertadas da DECO PROteste na mesma diagonal. Nem no desempenho, 10 a quase 20 pontos inferior, nem mesmo no preço, se for bem pesquisado.

17 junho 2024
Compra de televisores em loja

iStock

Obrigar a qualidade a fazer dieta para caber nas vestes do orçamento é uma tortura que não tem de ser levada às últimas consequências – pelo menos, ao decidir a compra de um televisor. As Escolhas Acertadas mais baratas, em cada diagonal de imagem, custam desde 300 euros e garantem prestações convincentes naquilo que interessa: a imagem e o som. Têm uma imbatível relação entre qualidade e preço.

Modelos de gamas mais sofisticadas envolvem uma despesa muito superior, para ganhos de qualidade que não se justificam para a generalidade dos consumidores. E o contrário? Também para quem pretende um televisor o mais barato possível, sem grandes exigências de qualidade, não há melhores opções do que estas Escolhas Acertadas. Tire todas as dúvidas com o comparador de televisores da DECO PROteste.

Televisores de entrada de gama podem sair mais caros

Um braço-de-ferro entre o modelo mais acessível de qualidade apenas aceitável e a Escolha Acertada mais barata, que tem bom desempenho, faz sempre pender a vitória para a segunda opção, em cada diagonal. Veja os resultados completos desta comparação. Exceção? A categoria das 32 polegadas, em que nenhum dos aparelhos testados atingiu boa Qualidade Global. Assim, se deseja um ecrã mais pequeno, para ver televisão e ainda ligar ao computador portátil, em substituição de um monitor externo, a melhor opção é o modelo de qualidade aceitável.

Se não precisa de um dois-em-um entre televisor e segundo monitor, e puder ampliar o orçamento, irá mais bem servido com a Escolha Acertada mais barata das 43 polegadas, uma diagonal já grande para a conexão ao portátil. Com preço desde 300 euros, pode ficar mais em conta do que o modelo de qualidade média mais barato do segmento entre 40 e 43 polegadas. Entre ambos, distam uns largos 14 pontos na Qualidade Global, com vantagem para a Escolha Acertada. O comparador da DECO PROteste redireciona para a loja com o preço mais vantajoso. Basta um clique.

Mesmo no segmento das 46 a 51 polegadas, o único em que o preço mais baixo da Escolha Acertada supera o valor mais alto do televisor de qualidade média, a diferença pouco acima de 11 euros é mais do que compensada pelos 18% de Qualidade Global extra. Neste acréscimo percentual, cabem imagem convincente, dotada de cores naturais e equilibradas, e som nítido, agradável e encorpado.

É esta análise, mais fina, que terá de fazer ao confrontar modelos, para que o barato não lhe saia caro. E não precisa de ser especialista, pois o comparador da DECO PROteste existe para isso mesmo. Pode filtrar os resultados por preço, qualidade da imagem ou do som, diagonal – entre outras possibilidades.

A qualidade que terá de sacrificar

O preço pode ser um argumento para optar por um televisor de entrada de gama. Mas nem sempre é realmente vantajoso. Certa é a quebra de qualidade. Ao nível do ecrã, por exemplo, será difícil encontrar as tecnologias OLED, Quantum-Dot ou NanoCell, habitualmente presentes em modelos sofisticados, e que garantem contrastes e cores mais apurados. O mais frequente é a presença da tecnologia LCD LED, muito amadurecida, e que é a opção natural para quem valoriza uma boa relação entre qualidade e preço. No entanto, um ecrã LCD LED não atinge os níveis de contraste e de precisão de cores dos que incorporam as demais tecnologias mencionadas.

O que já é comum, mesmo entre modelos mais simples, é a resolução 4K, com a tecnologia HDR, que se propõe melhorar os contrastes. Quase todos os televisores com diagonal de 40 ou mais polegadas estão nestas condições – o que não significa que atinjam boas prestações nos testes que permitem aferir a qualidade da imagem. É que nem sempre estas tecnologias estão bem implementadas.

Tão-pouco deve ter grande esperança de encontrar taxas de atualização elevadas nos televisores mais rudimentares. Há modelos sofisticados que atualizam a imagem de acordo com uma taxa de 120 quadros (frames) por segundo, o que lhes confere maior fluidez, uma vantagem sobretudo importante para quem joga numa consola de última geração. Nos equipamentos de entrada de gama, as taxas de atualização andam, regra geral, pelos 60 quadros por segundo, uma marca mais do que suficiente para visualizar conteúdos de vídeo, mas muito curta para jogos.

Outras tecnologias interessantes para gamers estão também expectavelmente ausentes destes televisores mais simples. São os casos do Variable Refresh Rate (VRR), do AMD Freesync ou mesmo da NVIDIA G-Sync, que harmonizam a taxa de fluidez das placas gráficas da consola e do televisor, evitando quebras na imagem.

Quantas polegadas me cabem em casa?

O preço e a qualidade são muito importantes, mas, sozinhos, não determinam a escolha. Se o espaço em casa for apertado, não será possível respeitar as distâncias ótimas de visualização. Os maiores painéis testados, com 65 polegadas, medem 1,65 metros na diagonal, e exigem 3,4 a 4,2 metros livres até ao sofá. O comparador da DECO PROteste tem ainda uma ferramenta que faz os cálculos para cada diagonal.

Não cumprir estes preceitos é possível? Sim, mas há consequências. Dores corporais resultantes de má postura e desconforto ocular são os impactos para o utilizador. Mas a imagem também pode ressentir-se: eventuais imperfeições ficarão mais percetíveis. Um problema ainda mais agudo em painéis de qualidade modesta.

 

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