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Protetores solares de marcas de supermercado tão bons ou melhores do que outros
A DECO PROteste testou loções e sprays com fator de proteção solar 30, 50 e 50+ e são todos eficazes. As marcas de cadeias de supermercado custam um terço do preço face aos de farmácia ou perfumarias e conferem a mesma proteção solar.
- Especialista
- Susana Santos e Susana Costa Nunes
- Herausgeber
- Cécile Rodrigues , Filipa Rendo e Filipa Nunes
14 maio 2024
A conclusão resulta do teste a 41 protetores solares para o corpo. Há quatro nomeados com fator de proteção solar (FPS) 30, o mínimo recomendado pela Direção-Geral da Saúde, em spray ou loção. Para crianças e adultos com a pele mais clara, também se destacam quatro produtos com FPS de 50 ou 50+. Descubra-os no comparador.
OS MELHORES PROTETORES SOLARES
Protetores eficazes contra radiações
Todos os protetores solares testados cumprem o fator de proteção anunciado FPS 30 e FPS 50 e 50+, no caso dos produtos infantis. Também incluem proteção contra os raios UVA, cujo fator deve corresponder a, pelo menos, um terço do valor de FPS. Todos cumprem, no mínimo, com esse valor.
O FPS visa proteger a pele da radiação solar do tipo UVB, na origem de queimaduras solares, e UVA, responsável pelo envelhecimento da pele, e que se manifesta por danos, como rugas, manchas escuras e outro tipo de pigmentação. Ambos contribuem para lesões e, mais grave, para vários tipos de cancro cutâneo.
O impacto ambiental continua a ser um aspeto a melhorar por todos os fabricantes. Os melhores neste critério não passaram da mediania. Entre os principais problemas está o desperdício. Na maioria dos casos, não se consegue aproveitar o produto até ao fim. Com o Corine de Farme Spray Protetor Hidratação+ SPF30, o pior neste critério, quase um terço do produto fica retido no fundo da embalagem, o equivalente a um desperdício de 4 euros.
A DECO PROteste também detetou substâncias com impacto negativo no ambiente, como octocrileno – um tipo de filtro solar, presente em três produtos com FPS 50+ – ou como o limoneno, uma fragrância alergénica.
Embora alguns protetores para crianças incluam perfumes, felizmente, não foram encontradas fragrâncias com elevado potencial alergénico. As versões infantis são também adequadas para adultos com a pele mais clara.
Em spray ou loção, qual é o melhor protetor?
Além dos testes laboratoriais, cada produto foi avaliado por 30 consumidores. Sem ver a marca, pronunciaram-se sobre aspetos como odor, textura, facilidade de aplicar, absorção e aspeto na pele. Todos foram do seu agrado. Em spray ou loção, tem total liberdade de escolha, pois as formulações são igualmente eficazes.
As loções são mais espessas e cremosas, enquanto os sprays são mais leves e transparentes na pele. Ambos são escudos eficazes contra as radiações e apreciados pelos consumidores. E são adequados para o corpo e o rosto. Caso prefira um protetor solar para a cara, a DECO PROteste também os testou e não recomenda sete produtos. Mas há um que é simultaneamente bom e barato.
Se optar por versões em spray, cuidado para não pulverizar na direção dos olhos. Como com os restantes protetores em loção, aplique o produto nas mãos e espalhe depois no rosto. Evite o contorno dos olhos, para que o produto não derrame quando for à água ou se transpirar. Embora não seja perigoso, causa irritação ocular. Numa situação deste tipo, passe os olhos por água e seque bem. Use óculos de sol para proteger os olhos.
Protetores de marcas de supermercado bons e mais baratos
Com as Escolhas Acertadas da DECO PROteste, pode poupar 13 a 16 euros face ao preço médio de todos os produtos analisados. Os protetores em spray e loção com FPS 30 testados custam, fazendo as contas por 200 mililitros (as embalagens têm capacidades diferentes), entre 5 e 30 euros. Já as versões para criança chegam a custar mais de 80 euros. Ou seja, há marcas seis a oito vezes mais caras e que não são forçosamente melhores.
Pode comprar os protetores solares no supermercado, mesmo para as crianças. Custam um terço do valor das marcas de farmácia e perfumarias, e são de boa e, por vezes, até de melhor qualidade.
Mas não basta comprar um bom protetor solar para se precaver. É preciso usá-lo e na dose certa, equivalente a sete colheres de chá no corpo e a uma colher cheia só para o rosto. E voltar a pôr a cada duas horas, e sempre depois dos mergulhos, mesmo que o produto diga ser à prova de água.
Habitue-se a ver o índice ultravioleta (IUV) todos os dias, no site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera ou em qualquer aplicação de meteorologia. Pode não notar logo, mas os efeitos nefastos das radiações poderão chegar alguns anos mais tarde. Este índice mede a intensidade da radiação ultravioleta do sol num local. Varia entre zero (à noite, quando não há luz solar) e o nível extremo de 11, em que a exposição solar deve ser evitada a todo o custo. Quanto mais elevado for o IUV, maior será o potencial de danos para a pele e para os olhos, e menor o tempo de exposição necessário para que estes ocorram.
Estima-se que 80% dos cancros de pele sejam originados pela exposição solar intensa, principalmente quando ocorrem escaldões. Episódios repetidos durante a infância e a adolescência aumentam o risco, pelo que a proteção deve começar desde a mais tenra idade.
Descubra um quiz para fazer com os mais novos, à sombra do guarda-sol. Uma forma lúdica de lhes ensinar os cuidados a ter com o sol.
O conteúdo deste artigo pode ser reproduzido para fins não-comerciais com o consentimento expresso da DECO PROTeste, com indicação da fonte e ligação para esta página. Ver Termos e Condições. |
Teste os seus conhecimentos sobre proteção solar e siga os conselhos para aproveitar ao máximo os benefícios do sol, sem pôr a pele em risco.
1. Os protetores solares de farmácia são caros, mas mais seguros e eficazes.
FALSO. Os testes da DECO PROteste provam que há protetores de cadeias de supermercado muito mais baratos de boa qualidade e até melhores do que alguns à venda em farmácias e perfumarias.2. As pessoas morenas ou com a pele bronzeada não precisam de proteção solar.
FALSO. Embora as pessoas de pele clara corram maior risco de queimaduras solares, por terem menos melanina, todos os tipos de pele, mesmo os tons negros, estão sujeitos aos efeitos da radiação UV, como manchas, rugas e, pior, lesões que podem degenerar em cancro de pele.3. Nos dias nublados ou mais frescos, não é preciso proteção solar.
FALSO. Mesmo que esteja um pouco enevoado, use t-shirt, abrigue-se sob um guarda-sol e aplique protetor solar nas zonas expostas. Uma parte dos raios solares consegue atravessar estas barreiras e é refletida pela areia, a água, a neve e até a relva. Bastam 10 a 15 minutos de exposição solar para poderem ocorrer alterações no ADN responsáveis por cancros de pele. É, por isso, tão importante que todos se protejam dos raios UV, em especial os jovens, que passam mais tempo no exterior com os amigos ou em atividades desportivas. Devem usar protetor solar e procurar sombras quando o índice UV é elevado.4. Quanto mais calor está, maior é o índice UV e o risco de queimaduras.
FALSO. O índice UV é mais elevado no verão e por volta da hora de almoço, altura em que, geralmente, está mais calor, é certo. Mas, em dias ventosos ou no cimo das montanhas, pode estar frio e o índice UV estar igualmente elevado. Consulte o boletim meteorológico, para conhecer o índice UV. Acima de 6, é elevado e já requer proteção. Evite exposições solares prolongadas, use protetor solar, chapéu e óculos de sol em atividades ao ar livre.5. A radiação solar pode causar doenças nos olhos.
VERDADEIRO. A exposição a níveis elevados de radiações solares está associada a fotoqueratite (queimadura solar da córnea) e há forte evidência de que a exposição regular e prolongada é um fator de risco para desenvolver catarata, pterígio e cancro da córnea e conjuntiva. Use óculos de sol na praia e no exterior.6. Os protetores solares impedem a absorção de vitamina D pela pele.
FALSO. Os comprimentos de onda UVB que fazem o corpo sintetizar vitamina D, essencial para a saúde dos ossos e dos dentes, são os mesmos que causam queimaduras solares e mutações no ADN das células na origem de cancro de pele. Mas, para a produção de vitamina D, só precisamos de 10 a 15 minutos de exposição solar por dia. Os protetores não são 100% estanques e permitem a absorção suficiente de luz solar para produzir vitamina D.7. Os protetores solares para crianças também são bons para adultos.
VERDADEIRO. As formulações solares infantis têm, por norma, um FPS elevado de 50 ou 50+ e estão, geralmente, isentas de fragrâncias alergénicas. São perfeitamente adequadas para toda a família, em particular para adultos com pele clara, sensível e propensa a alergias.8. Os protetores em loção são mais espessos e protegem melhor do que em spray.
FALSO. Conferem o mesmo nível de proteção, pelo que a escolha depende do gosto pessoal. Opte por um bom produto FPS 30 ou superior e aplique-o 15 a 30 minutos antes da exposição. Renove de 2 em 2 horas, mesmo com o céu nublado. Proteja também os lábios, as orelhas e o dorso das mãos, locais onde surgem mais lesões pré-malignas e malignas, segundo a Direção-Geral da Saúde.9. Os protetores solares são contraindicados para bebés até 6 meses.
VERDADEIRO. Até aos seis meses, a pele é muito sensível para usar protetor solar. Especialmente vulnerável aos efeitos nocivos dos raios UV, por ter pouca melanina (pigmento que dá cor à pele e que fornece alguma proteção solar), não deve expor o bebé ao sol. A partir dos seis meses, já pode, e deve, aplicar protetor solar para as saídas. Este cuidado é válido para todos os tipos de pele, mesmo para os tons mais escuros.10. Gelo, manteiga e pasta de dentes são soluções eficazes para escaldões.
FALSO. Atenção às inúmeras mezinhas aconselhadas para escaldões. Corre o risco de irritar e até queimar mais a pele e agravar a situação. Os escaldões são uma resposta inflamatória da pele causada pela radiação solar. Os efeitos nem sempre são imediatos. Podem surgir 3 a 5 horas após a exposição. A pele fica quente, vermelha e sensível ao toque.
Para aliviar os sintomas, tome um duche frio (mas não gelado) ou aplique compressas frias na zona afetada. Beba muitos líquidos para arrefecer e hidratar o corpo. Aplique um creme hidratante – não precisa de ser after sun – ou vaselina para manter a pele fria e húmida. Evite produtos com álcool ou perfume na composição. Se causar dor, pode tomar um analgésico, como paracetamol ou ibuprofeno. E não se exponha ao sol enquanto a pele não recuperar.
As queimaduras solares em bebés requerem consulta médica. Evitar escaldões na infância e na adolescência é importante, pois aumentam o risco de cancro de pele anos mais tarde.